Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo

A Cosan (CSAN3) passou pela temporada de balanços do segundo trimestre apresentando uma disparada de mais de 300% nos prejuízo líquido e um aumento da alavancagem. Ainda assim, as ações da empresa sobem forte nesta sexta-feira (15). Por volta das 13h45, os papéis subiam 2,96%, negociados a R$ 5,56.
Segundo a analista da Empiricus Research Larissa Quaresma, o resultado foi melhor do que o esperado, o que empolga os investidores. Além disso, a notícia de que a Cosan não vai participar de um possível aumento de capital da subsidiária Raízen também traz alívio para o mercado.
Segundo Quaresma, é possível argumentar que o pior ficou para trás em termos de alavancagem, o que sustenta o otimismo com os "diversos gatilhos de melhoria progressiva" da estrutura de capital da Cosan.
Em especial, a venda de ativos, que poderiam levantar R$ 6 bilhões em um horizonte de 12 meses, e o turnaround da Raízen, que inclui o operacional e a venda de entre R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões em ativos.
"Negociando a um desconto de holding próximo de 50% nas nossas estimativas, mantemos a recomendação de compra para a CSAN3, com paciência para colher os frutos da desalavancagem", disse a analista da Empiricus.
Na visão do Itaú BBA, a retomada de fôlego não é momentânea, e os investidores não estão errados em adicionar os papéis à carteira: o banco vê forte valorização na rota da Cosan ainda neste ano.
Leia Também
O banco indica um preço-alvo para as ações da holding de R$ 20. O montante representa uma alta de mais de 244% em relação ao fechamento da última sexta-feira (14), quando CSAN3 encerrou o dia cotada a R$ 5,81.
Para os analistas do banco, é hora de colocar CSAN3 no portfólio. Em relatório, o Itaú BBA tem avaliação outperform, que equivale à recomendação de compra.
- VEJA MAIS: Você pode receber um 'cardápio' semanal de títulos que podem render acima da Selic em 15%, disponibilizado como cortesia pelo Seu Dinheiro
Os pontos positivos para a Cosan na visão do Itaú BBA
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, déficit consolidado de R$ 1,2 bilhão no trimestre e da pressão causada pelo avanço da alavancagem, o Itaú BBA vê fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo.
A Compass, distribuidora de gás e energia, registrou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,28 bilhão, o que representa um aumento de 13% na comparação anual e de 20% em relação ao trimestre anterior.
Segundo os analistas, o resultado foi impulsionado pela melhora de desempenho no segmento de gás e energia, com maiores volumes na distribuição e expansão operacional da Edge, braço de comercialização da Compass.
A Moove também foi destaque positivo para a Cosan. A subsidiária registrou um Ebitda de R$ 505 milhões, bem acima da projeção do Itaú BBA, de R$ 103 milhões.
Segundo os analistas, o montante foi impactado pelo reconhecimento de R$ 491 milhões em perdas e pelas indenizações parcialmente confirmadas referentes ao incêndio ocorrido em fevereiro, que atingiu uma fábrica de óleo da Moove no Rio de Janeiro.
“O momento desse reconhecimento foi inesperado e exige um entendimento mais aprofundado”, afirmaram os analistas.
Porém, não foram apenas as subsidiárias que contaram com surpresas positivas no balanço deste trimestre. A Cosan também apresentou um Ebitda ajustado acima das expectativas do Itaú BBA. Enquanto o banco projetava R$ 4,6 bilhões, a empresa registrou R$ 4,8 bilhões.
- SAIBA MAIS: Quer investir com segurança e rentabilidade? Com o simulador do Seu Dinheiro, você recebe sugestões personalizadas com base no seu perfil; é gratuito
Os sinais de alerta emitidos
Se, por um lado, essas subsidiárias entregaram resultados consistentes, de outro, a Raízen (RAIZ4) — controlada pela Cosan — foi o destaque negativo.
Embora a companhia tenha reportado Ebitda ajustado de R$ 1,9 bilhão, superando as estimativas do Itaú BBA em 12%, a alavancagem da subsidiária atingiu 4,5x, o que representa um salto expressivo, crescendo mais que o dobro na comparação anual.
Além disso, a empresa apresentou um prejuízo líquido de R$ 1,84 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, ante um lucro de R$ 1,1 bilhão no mesmo período da safra anterior (2024/25).
O Itaú BBA destaca que a Raízen continua focada em otimizar o perfil de dívida e estrutura de capital, priorizando a redução do custo médio da dívida e a extensão do prazo médio ponderado.
Os analistas ainda ressaltaram que a holding avalia um possível aumento de capital para acelerar o processo de desalavancagem.
Durante teleconferência de resultados realizada nesta sexta-feira (15), executivos da Cosan confirmaram que não vai participar do aumento de capital e declararam que buscam um sócio estratégico para a Raízen. Além disso, informaram que consideram a venda de ativos.
No primeiro semestre de 2025, a companhia já vendeu a usina Leme e a MB, além de ter hibernado a Santa Elisa.
*Com informações do Money Times.
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu
Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu
A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa
Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?
Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões
Ambipar (AMBP3) tem pregão amargo após contratar BR Partners (BRBI11) para tentar sair da crise sem recuperação judicial
A contratação da assessoria vem na esteira de dias difíceis para a Ambipar, que precisou recorrer à Justiça para evitar cobranças de credores. O que fazer com as ações agora?
Americanas (AMER3) fecha acordo para venda da Uni.Co à BandUP! por R$ 152,9 milhões
Operação prevê pagamento inicial de R$ 20 milhões e parcelas anuais corrigidas pelo CDI