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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Jornalista formada pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), em 2025 foi eleita como uma das 50 jornalistas mais admiradas da imprensa de Economia, Negócios e Finanças do Brasil. Já passou pela redação do TradeMap.

PRÉVIA DO BALANÇO

Banco do Brasil (BBAS3) no fundo do poço? Com previsão de lucro pressionado e ROE de um dígito, saiba se vale comprar as ações antes da virada

A conta do agro chegou — e continuará a pressionar: por que o Banco do Brasil deve ser o azarão da temporada de balanços outra vez?

Camille Lima
Camille Lima
12 de novembro de 2025
7:11 - atualizado às 16:50
Banco do Brasil fachada | Dividendos bbas3
Fachada do Banco do Brasil - Imagem: Giovanni Nobile/Assessoria BB

O Banco do Brasil (BBAS3) chega à temporada de balanços do terceiro trimestre em meio a uma tempestade que há meses castiga sua carteira de crédito. A aposta do mercado é que a crise no agronegócio deve colocar o banco estatal diante de um dos resultados mais fracos em décadas.

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Enquanto os rivais privados têm conseguido preservar, ao menos, um mínimo de previsibilidade nos resultados, o Banco do Brasil parece estar predestinado a ser o “destaque negativo” da safra de resultados do setor bancário outra vez.

A divulgação dos números do terceiro trimestre de 2025 do BB está marcada para esta noite, após o fechamento do mercado, e a avaliação é que será mais um balanço duro.

O mercado prevê um lucro líquido de cerca de R$ 4,03 bilhões entre julho e setembro, de acordo com o consenso Bloomberg — o que representaria uma queda 57,6% em relação ao mesmo período do ano passado. 

A rentabilidade deve refletir esse impacto de forma ainda mais brutal: o ROE projetado é de apenas 8,6%, o pior nível em décadas.

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Vale lembrar que o último balanço do BB já havia sido pior do que o mercado temia — e analistas receiam que o terceiro trimestre de 2025 possa seguir na mesma linha.

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A Empiricus Research acredita que o trimestre será ainda mais fraco que o anterior, quando o banco já havia registrado um ROE em um dígito. Outras casas projetam rentabilidade um pouco maior, mas todas convergem na mesma direção: um trimestre fraco.

O Goldman Sachs, por exemplo, avalia que as provisões elevadas devem ser o principal limitador para os lucros do Banco do Brasil neste trimestre. Os analistas preveem que as despesas com provisões podem chegar a R$ 16,2 bilhões, pressionando o custo de risco e puxando os lucros para baixo.

O Itaú BBA prevê que o trimestre pode marcar o ponto mais baixo do ciclo de lucros do banco, antes de uma recuperação lenta a partir dos últimos três meses do ano. Ainda assim, os analistas acreditam que os desafios na rentabilidade devem durar até o segundo semestre de 2026.

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A XP Investimentos também projeta um trimestre mais fraco, com desaceleração nas carteiras corporativa e agro, enquanto o crédito para pessoa física (PF) deve apresentar um alívio, especialmente nas linhas com garantias mais robustas, como o crédito consignado privado.

Embora o desempenho da carteira de agronegócio seja o principal ponto de preocupação no balanço do Banco do Brasil, o problema, porém, não se restringe ao campo. Há sinais de deterioração também nas carteiras de pessoa física e pequenas e médias empresas (PMEs).

Um dos poucos pontos capazes de amenizar a frustração do mercado neste trimestre é a BB Seguridade (BBSE3), divisão de seguros e previdência, que deve entregar um resultado positivo — embora insuficiente para compensar o impacto do crédito, segundo analistas.

A turbulência do agronegócio

O epicentro dessa crise está no agronegócio, responsável por cerca de 35% da carteira total de crédito do Banco do Brasil. E o terceiro trimestre coincide justamente com o período mais sensível do ano, quando vencem aproximadamente 40% das operações de crédito da safra de grãos.

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Para a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, o trimestre deve ser pior justamente porque muitas operações agro vencem neste período e não foram pagas.

Além disso, dados do Banco Central indicam que o índice de inadimplência do agro ainda não parou de subir. 

O governo federal tentou oferecer um "respiro" ao agro com a Medida Provisória 1.314, que permite alongar dívidas rurais por até nove anos. No entanto, a ajuda está longe de resolver o problema. 

Para o JP Morgan, a lentidão na execução da MP gerou um "risco moral" entre os produtores, que adiaram pagamentos esperando condições melhores de refinanciamento. 

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Segundo o banco norte-americano, quanto maior a demora no refinanciamento, maior o risco de migração para o estágio 3 — quando o crédito é oficialmente considerado inadimplente e exige provisões ainda mais elevadas.

Vale a pena comprar BBAS3 antes da virada?

Diante do quadro adverso, o Banco do Brasil vem tentando reorganizar sua carteira: concessões mais seletivas, mais garantias e renegociações ativas com clientes. 

Mas analistas alertam que esse processo é lento — a “nova safra” de crédito mais conservadora só começa a ser paga em 2026.

A dúvida, portanto, é inevitável: vale antecipar o turnaround e comprar as ações BBAS3 agora?

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A resposta predominante no mercado ainda é de cautela. Das oito recomendações registradas na plataforma TradeMap, seis são neutras e apenas duas são de compra.

Para a Empiricus Research, ainda não chegou o momento de entrar no papel. Isso porque a valorização das ações dependerá de uma melhora consistente da rentabilidade ou de um novo ciclo de crédito mais forte — algo que, na visão dos analistas, deve demorar.

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