Assembleia do GPA (PCAR3) ganha apoio de peso e ações sobem 25%: Casino e Iabrudi sinalizam que também querem mudanças no conselho
Juntos, os acionistas somam quase 30% de participação no grupo e são importantes para aprovar ou recusar as propostas feitas pelo fundo controlado por Tanure
A novela que tem Nelson Tanure e o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) como protagonistas se desenvolve com fortes sinais de conclusão com o empresário vitorioso. Após o pedido de assembleia geral extraordinária (AGE) feito pelo fundo controlado por Tanure — que é sócio minoritário —, dois nomes relevantes sinalizaram que apoiam a convocação.
Segundo fato relevante do GPA na noite anterior (1º), os acionistas Casino e Ronaldo Iabrudi manifestaram seu apoio à convocação da AGE e às propostas para destituir todo o atual conselho de administração para fixar uma nova chapa.
Na segunda-feira (31), após a convocação da assembleia, as ações do Pão de Açúcar subiram 13,60%. Nesta quarta-feira (02), os papéis PCAR3 quase dobram a aposta e sobem 25,08%, negociando a R$ 3,76 e liderando as altas do Ibovespa, por volta das 14h12 (horário de Brasília). No acumulado do ano, a valorização chega a 21,3% até a véspera.
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A assembleia foi solicitada no último dia 30, pelo Saint German FIM, fundo da Trustee DTVM, que é controlada por Tanure. Estima-se que, considerando toda a posição em derivativos e a participação de 5,7% nas ações do GPA, o fundo possui cerca de 10% da empresa.
Já o Casino detém, indiretamente, 22,5% da companhia, enquanto Iabrudi detém 5,47% dos papéis do grupo, segundo informações do Valor Econômico.
Em nota enviada ao Seu Dinheiro, Tanure declarou que os demais acionistas acolheram sua proposta e que espera contribuir para o Grupo Pão de Açúcar da mesma forma que tem feito com outras companhias.
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“Esperamos contribuir com o Grupo Pão de Açúcar da mesma forma que temos feito em outras companhias. A acolhida por parte dos demais acionistas foi das mais encorajadoras desde o primeiro momento e não temos dúvida de que há muito a realizar e a conquistar nos próximos anos”, diz a nota.
Tanure é conhecido por ter uma gestão ativa nas companhias nas quais é acionista.
Em seu rol de participações, figuram desde casos de sucesso empresarial como o turnaround na Prio (PRIO3), como também participações mais controversas, como a disputa societária na Gafisa (GFSA3) e uma suposta posição relevante na Ambipar (AMBP3).
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As propostas do fundo ligado a Tanure para o Pão de Açúcar (PCAR3)
Uma das propostas da Trustee é a destituição integral do atual corpo administrativo do Pão de Açúcar para a eleição de novos membros. A gestora ligada a Tanure também quer discutir a reestruturação do colegiado, fixando em nove cadeiras o número de conselheiros — mesmo total em vigor — para um novo mandato unificado de dois anos.
Hoje, o estatuto do Pão de Açúcar determina que o conselho seja composto por no mínimo três conselheiros e possa atingir, no máximo, 12 membros.
Para a eleição do conselho de administração, o fundo da Trustee também propõe que seja realizada pelo sistema de chapas. A proposta da gestora é a seguinte:
- Ronaldo Iabrudi dos Santos Pereira (Presidente)
- Cristophe José Hidalgo (Vice-Presidente)
- Marcelo Pimentel
- Helene Esther Bitton (membro independente)
- Rodrigo Tostes Solon de Pontes (membro independente)
- Pedro de Moraes Borba (membro independente)
- Líbano Miranda Barroso (membro independente)
- Eliana Ambrósio Chimenti (membro independente)
- Sebastián Dario Los (membro independente)
Nos termos da proposta, o novo conselho terá dois representantes indicados por Nelson Tanure: Pedro de Moraes Borba e Rodrigo Tostes Solon de Pontes.
Assim, apenas três membros atuais seriam mantidos no conselho da varejista. Um deles é o atual CEO do GPA, Marcelo Pimentel. Os outros dois são acionistas de referência do Pão de Açúcar.
A proposta prevê que Ronaldo Iabrudi seria indicado ao cargo de presidente do conselho (chairman). Enquanto isso, Cristophe Hidalgo ocuparia a posição de vice-presidente do colegiado.
"Nelson Tanure acredita que a maximização do valor e do retorno aos acionistas deve ser o objetivo central. E vislumbra imenso potencial nesta direção", disse a assessoria, em nota.
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