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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

RECOMPRA DE AÇÕES

Ação da Cogna (COGN3) ficou barata: empresa quer tirar mais de 144 milhões de papéis de circulação após perder 61% do valor na bolsa

Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cogna a aprovar um programa de recompras robusto como esse — e isso pode beneficiar os acionistas; entenda

Camille Lima
Camille Lima
17 de janeiro de 2025
10:24
Logo da Cogna
Imagem: Divulgação/Flavio Fabene

Em um momento de forte pressão para o setor de educação na bolsa, a Cogna (COGN3) decidiu nesta sexta-feira (17) retirar milhões de papéis de circulação do mercado para aumentar a geração de valor para os acionistas. 

Para a empresa, o valor atual das ações “não reflete o real valor dos seus ativos combinado com a perspectiva de rentabilidade e geração de resultados futuros”.

A aprovação da criação de um novo programa de recompra de ações acontece após a empresa perder mais de 60% do valor das ações na B3 no acumulado de 12 meses.

O programa de recompra de ações da Cogna (COGN3)

A Cogna pretende adquirir até 144,2 milhões de papéis, equivalente a cerca de 7,87% do total de ações COGN3 atualmente em circulação no mercado, de pouco mais de 1,8 bilhão de papéis.

O programa terá início na próxima segunda-feira (20) e poderá ser estendido por 12 meses, até o dia 20 de janeiro de 2026.

Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Cogna (COGN3) a aprovar um programa de recompras como esse. Entre eles, estão:

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  • A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
  • A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
  • Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade  do mercado.

No caso da Cogna, o objetivo é essencialmente maximizar a geração de valor para os investidores ao levar as ações para um patamar considerado “justo”.

Vale lembrar que a recompra é justamente uma das maneiras que uma empresa pode escolher para dar retorno para o acionista, em uma espécie de “pagamento indireto de dividendos” aos investidores.

Afinal, caso a companhia opte por cancelar as ações recompradas, o acionista ganha por acabar com uma participação proporcionalmente na empresa maior após a operação — e consequentemente ter direito a uma fatia maior do lucro e dos proventos no futuro.

No entanto, a recompra de ações faz com que os papéis percam liquidez na bolsa, uma vez que menos ações são negociadas no mercado.

Isso porque, quando uma companhia recompra suas ações em programas como esse, os papéis deixam de circular na bolsa de valores e passam a ser mantidos em tesouraria, até que a empresa decida cancelar ou vender os ativos.

Atualmente, a Cogna soma pouco mais de 43,4 milhões de ações COGN3 mantidas em tesouraria.

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