Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
“Primeiras Impressões” foi o primeiro título pensado pela escritora britânica Jane Austen para “Orgulho e Preconceito”. Ela mal tinha passado dos 20 anos quando concluiu a obra, em 1797, e teve tempo de sobra para mudar de ideia.
Publicado pela primeira vez em 1813, “Orgulho e Preconceito” tornou-se um clássico da literatura inglesa, foi traduzido para dezenas de idiomas, vendeu milhões de exemplares ao redor do mundo e rendeu grandes adaptações para o cinema e para o teatro.
Mudanças de títulos são comuns no mercado editorial. Segundo estudiosos da obra, a ideia original de Austen seria uma referência à maneira preconceituosa como as personagens julgam as outras pessoas com base na posição social e na aparência.
Se isso persiste ainda hoje, imagine no fim do século 18. O fato é que ninguém está imune às primeiras impressões e aos preconceitos. A questão está em como lidamos com eles.
Quem aparentemente anda sofrendo preconceito na bolsa é a ação da Tenda (TEND3). O papel até vem se recuperando neste início de ano, mas sua valorização é bem inferior à de seus pares no segmento imobiliário voltado à baixa renda.
Muitos gestores mantêm um pé atrás (alguns até os dois) com a construtora desde o fim de 2021, quando a empresa enfrentou explosão de custos e perda de produtividade.
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Mais recentemente, em uma aparente tentativa de recuperar a credibilidade abalada, a Tenda aumentou as provisões de modo a mitigar os impactos da inflação e do custo da mão de obra. Também não pegou bem.
Na tentativa de entender o que ocorre com a Tenda, a repórter Ana Paula Ragazzi conversou com gestores pessimistas e otimistas com o futuro da empresa.
Há quem considere que as sinalizações da companhia não estão sendo bem compreendidas pelo mercado. Também há quem admita preconceito puro e simples com a Tenda.
O resultado você confere na reportagem especial de hoje do Seu Dinheiro.
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Esquenta dos mercados
Depois de ter fechado a semana passada em alta, o Ibovespa volta do feriado diante de uma sangria em Wall Street.
As bolsas de valores de Nova York fecharam todas em queda superior a 2% na segunda-feira.
O motivo do tombo foi o temor dos investidores em relação à independência do banco central… dos Estados Unidos.
Quase como uma personagem de Jane Austen, Donald Trump parece cegado pelo orgulho e pela vaidade ao lidar com o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Trump quer que Powell baixe os juros na marra — talvez sem enxergar que suas próprias ações neste início de ano estão atrapalhando o trabalho da autoridade monetária norte-americana.
Vale lembrar que isso não é uma novidade. O preconceito de Trump em relação ao trabalho de Powell data ainda de seu primeiro mandato.
Quem traz os detalhes da treta entre Trump e Powell é a Carolina Gama.
Hoje pela manhã, os índices futuros de Wall Street ensaiavam alguma recuperação, com os investidores em busca de uma segunda impressão.
Na agenda do dia, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de audiência pública convocada pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
Outros destaques do Seu Dinheiro
ANTES DO CONCLAVE
Quem vai substituir o papa: nas bolsas de apostas, surgem os primeiros nomes — “cópia asiática” de Francisco está entre os favoritos. Também começa a surgir nas casas de apostas o nome que o futuro papa pode escolher.
AGENDA ECONÔMICA
É dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado. Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN).
MERCADO EM EXPANSÃO
Aporte milionário: BRF (BRFS3) firma parceria com sauditas de olho na sétima fábrica de processamento no Oriente Médio. A companhia fará um investimento de US$ 160 milhões na nova unidade que terá parceria com a Halal Products Development Company (HPDC).
CASA PRÓPRIA
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir. Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos.
IR 2025
Como declarar bitcoin e outras criptomoedas no imposto de renda 2025. Operações com criptoativos podem precisar ser informadas na declaração de imposto de renda, além de estarem sujeitas à tributação.
O PONTÍFICE DAS AMÉRICAS
Adeus ao papa Francisco: o que você precisa saber sobre o legado, a reação internacional e o que acontece agora. O Seu Dinheiro destacou os principais pontos da liderança do pontífice argentino nos 12 anos à frente da igreja católica e também resumiu as vitórias e polêmicas do período.
PAPO RETO
Acabou a brincadeira: China faz alerta contundente aos países que fizerem acordo com Trump. Enquanto isso, Pequim tenta usar a Coreia do Sul para triangular exportações e escapar dos efeitos das tarifas norte-americanas.
METAL MAIS QUE PRECIOSO
É recorde: preço o ouro ultrapassa US$ 3.400 e já acumula alta de 30% no ano. Os contratos futuros do ouro chegaram a atingir US$ 3.433,10 a onça na segunda-feira (21), um novo recorde, enquanto o dólar ia às mínimas em três anos.
CRIPTO HOJE
Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas. Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor.
CEDEU, MAS NEM TANTO
Putin não aguentou a pressão? Rússia diz que pode negociar a paz direto com a Ucrânia — mas mantém condições. Presidente russo sinaliza na direção do fim do conflito, mas não retira condições para o fim da guerra no leste da Europa.
DIÁRIO DOS 100 DIAS (DIAS 90 E 91)
Não teve easter egg, mas tem prazo: Trump espera acordo entre Rússia e Ucrânia nesta semana. Presidente norte-americano não forneceu detalhes, mas disse que os dois lados envolvidos na guerra no leste da Europa devem anunciar avanços em breve.
CONTAS DE PASSAGEM
O preço de um crime: fraudes no Pix disparam e prejuízo ultrapassa R$ 4,9 bilhões em um ano. Segundo o Banco Central, dados referem-se a solicitações de devoluções feitas por usuários e instituições após fraudes confirmadas, mas que não foram concluídas.
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