Por que as ações da Pague Menos (PGMN3) chegam a cair mais de 10% na B3 mesmo com lucro maior no 4T24?
A rede de farmácias teve um lucro líquido de R$ 77,1 milhões no último trimestre de 2024, avanço de 22,8% em relação ao mesmo período de 2023
Os investidores que bateram os olhos de relance na bolsa brasileira nesta terça-feira (11) se depararam com uma situação desconcertante: a Pague Menos (PGMN3) opera no vermelho nesta sessão, apesar do crescimento de dois dígitos do lucro líquido.
A companhia anunciou na noite passada um lucro líquido de R$ 77,1 milhões no último trimestre de 2024, avanço de 22,8% em relação ao mesmo período de 2023.
Veja os destaques do balanço:
- Margem líquida: 2,1%, estável em relação ao trimestre anterior;
- Ebitda: R$ 164 milhões (+31,6% a/a);
- Receita líquida: R$ 3,3 bilhões (+16,9% a/a).
Segundo a empresa, o resultado ocorreu em função da combinação de crescimento de vendas, incremento da rentabilidade operacional e redução do resultado financeiro.
Mesmo com os avanços na lucratividade, a rede de farmácias protagoniza uma das maiores quedas da B3 hoje. Por volta das 13h50, os papéis PGMN3 caíam 8,06%, negociados a R$ 2,85.
O Santander pondera que o Pague Menos relatou um bom trimestre, com forte impulso de vendas e melhorias na lucratividade.
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Contudo, a rede de farmácias apresentou um lucro líquido ligeiramente abaixo do esperado devido a despesas financeiras maiores do que o projetado pelos analistas.
Além disso, apesar do crescimento anual do lucro, a margem líquida permanece abaixo da média histórica da companhia.
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O que mais desagradou os investidores no balanço da Pague Menos (PGMN3)?
Na avaliação do Itaú BBA, foi mais um trimestre de resultados operacionais fortes, mas com “algumas manchas”.
Por um lado, a Pague Menos apresentou um crescimento “impressionante” nas vendas, juntamente com a expansão da margem bruta; por outro, a empresa enfrentou pressão geral e administrativa das provisões de bônus para funcionários e aumento das despesas financeiras.
Os analistas também afirmam que a desalavancagem decepcionou, aquém das expectativas de mais melhora sequencial no trimestre.
“Seguimos comprometidos com a desalavancagem financeira e melhoria de eficiência operacional para seguir expandindo lucros”, disse a Pague Menos, em nota.
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Na avaliação da Genial Investimentos, a empresa entregou números fortes, mas a alavancagem financeira permanece uma “grande dor de cabeça” para a companhia neste ano, considerando que é a única ainda alavancada no setor.
Há ainda o alerta para a posição de caixa e estrutura de capital. A Genial pondera que, embora a aquisição da Extrafarma esteja paga, o nível de caixa preocupa.
“A companhia encerrou o trimestre com apenas R$ 150 milhões em caixa para uma dívida de curto prazo de R$ 370 milhões, o que torna praticamente inevitável uma rolagem de dívida ao longo de 2025”, comentam.
O problema, na visão dos analistas, é que o plano de expansão da companhia exigirá ainda mais capital e, com a Selic a 14,25%, um reajuste da CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) abaixo da inflação e um poder de compra mais fragilizado, a geração de caixa operacional pode não ser suficiente para cobrir o nível de investimento, enquanto os custos financeiros aumentam ao longo do ano.
O que fazer com as ações PGMN3?
Segundo a Genial, dado o atual cenário de assimetria de risco, os analistas mantiveram recomendação “manter”, equivalente a neutra, para a Pague Menos.
Os analistas Marcio Osako, do Bradesco BBI e José Cataldo, da Ágora Investimentos, mantiveram recomendação neutra para as ações PGMN3.
A visão de cautela dos economistas reflete a alta alavancagem da companhia e mais riscos em relação à potencial tributação dos benefícios do ICMS, dada sua menor margem líquida.
O Santander e o Itaú BBA também permanecem com recomendação neutra para a ação da Pague Menos.
*Com informações do Money Times e do Estadão Conteúdo.
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