Ibovespa sobe e atinge os 145 mil pontos pela primeira vez; dólar cai abaixo de R$ 5,30
O bom desempenho da bolsa brasileira é apoiado pela expectativa de que o Federal Reserve finalmente inicie o ciclo de corte nos juros dos EUA nesta quarta-feira (17)

O Ibovespa vem batendo um recorde atrás do outro nas últimas semanas. E quem apostou que as turbulências geopolíticas roubariam o fôlego do principal índice da B3 errou feio: a bolsa brasileira voltou a renovar máximas nesta quarta-feira (17), em meio à espera por mais uma Super Quarta — como o mercado local costuma chamar a data na qual as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos coincidem.
O Ibovespa atingiu pela primeira vez a marca dos 145 mil pontos. Por volta das 11h10, o índice operava em alta de 0,83%, aos 145.259,63 pontos. Enquanto nada parece parar a bolsa brasileira, o dólar opera em queda de 0,03%, aos R$ 5,294.
O bom humor no mercado é apoiado pela expectativa de que o Federal Reserve (Fed) finalmente inicie hoje o ciclo de corte nos juros por lá, abrindo espaço para cortes na Selic.
A aposta é que o banco central norte-americano anuncie um corte de 0,25 ponto percentual. Atualmente as taxas dos EUA estão na faixa dos 4,25% e 4,50% ao ano.
Já no cenário doméstico, a expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) mantenha a Selic em 15% ao ano — o maior patamar em quase duas décadas. No entanto, o início do afrouxamento monetário nos EUA abre espaço para que os juros caiam também por aqui, a partir do fim deste ano ou início do ano que vem.
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Como a expectativa de corte de juros nos EUA mexe com Ibovespa e dólar
No caso do dólar, não dá para esquecer que os juros nos EUA funcionam como uma espécie de aspirador de dinheiro no mundo, uma vez que balizam o rendimento dos Treasurys, os títulos da dívida do Tesouro norte-americano.
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Esses papéis são considerados os investimentos mais seguros do mundo, por isso seus juros servem como uma espécie de “piso” para os demais ativos globais.
A expectativa de taxas mais altas nos EUA atrai investidores estrangeiros, elevando a demanda por dólar. O efeito contrário acontece quando há expectativa de cortes pelo Fed: o diferencial de retorno entre os juros dos Treasurys e os dos títulos de dívida de outros países diminui e, com isso, a atratividade do dólar perde força.
Nesse cenário, moedas de países emergentes que ainda oferecem juros altos, como o real brasileiro, se tornam mais interessantes.
No caso das bolsas, juros mais baixos motivam os investidores a saírem dos ativos mais seguros, como os Treasurys, em busca dos ativos de risco, o que inclui as ações dos países emergentes, como o Brasil.
Os destaques do Ibovespa
Na ponta positiva do principal índice da B3, o destaque fica por conta do Magazine Luiza (MGLU3), que sobe 8,10%, a R$ 11,62. A varejista vem apresentando um forte desempenho neste ano e já acumula alta de mais de 78%.
As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) conquistam o posto de segunda maior alta do dia, com ganhos de 2,41%, a R$ 4,25. Confira os destaques da ponta positiva do Ibovespa:
Nome | TICKER | Cotação | Preço (R$) |
---|---|---|---|
Magazine Luiza ON | MGLU3 | 8,10% | R$ 11,62 |
Pão de Açúcar ON | PCAR3 | 2,41% | R$ 4,25 |
Raia Drogasil ON | RADL3 | 3,14% | R$ 18,04 |
Localiza ON | RENT3 | 3,30% | R$ 40,39 |
Cosan ON | CSAN3 | 1,68% | R$ 7,86 |
Já na ponta negativa, o destaque fica por conta de dois frigoríficos: a Marfrig (MRFG3), que opera em queda de 2,03%, a R$ 26,96, e a Minerva (BEEF3), que registra perdas de 1,68%, a negociada a R$ 6,44.
Já o terceiro pior desempenho do dia é da Embraer (EMBR3), que cai 1,40%, a R$ 74,79. A fabricante aérea apanha na bolsa em meio ao anúncio de greve de duração indeterminada pelos funcionários nesta manhã.
Nome | TICKER | Preço (R$) | Variação % |
---|---|---|---|
Marfrig ON | MRFG3 | 26,96 | -2,03% |
Minerva ON | BEEF3 | 6,44 | -1,68% |
Embraer ON | EMBR3 | 74,81 | -1,37% |
Motiva ON | MOTV3 | 14,6 | -0,95% |
Bolsas à espera do Fed: os índices ao redor do globo
Enquanto o Ibovespa renova máximas, as bolsas de Nova York andam de lado nesta manhã. Isso porque, embora as expectativas sejam de que o Fed corte os juros nos EUA, os investidores aguardam com apreensão o pronunciamento do presidente da autarquia, Jerome Powell.
O dirigente deve indicar os próximos passos do banco central norte-americano, que vem sofrendo pressões de Donald Trump para reduzir os níveis dos juros no país. Confira como operam os principais índices de Wall Street:
- Dow Jones: +0,70%
- Nasdaq: -0,09%
- S&P 500: -0,49%
Na Europa, o clima não é muito diferente. As principais bolsas na região operam sem uma direção única. Confira:
- DAX (Frankfurt): +0,04%
- CAC 40 (Paris): -0,41%
- FTSE 100 (Londres): +0,16%
- Euro Stoxx 600: -0,03%
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
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