Ibovespa acima de 130 mil pela primeira vez em 3 meses: o que dá fôlego para a bolsa subir — e não é Nova York
Além de dados locais, o principal índice da bolsa brasileira recebeu uma forcinha externa; o dólar operou em queda no mercado à vista
Até bem pouco tempo atrás parecia uma tarefa hercúlea para o Ibovespa se manter nos 120 mil pontos. O peso das tarifas de Donald Trump e questões internas — como as fiscais — pensavam sobre as ações por aqui. Nesta segunda-feira (17), o que parecia improvável no curto prazo aconteceu: o principal índice da bolsa brasileira superou os 130 mil pontos pela primeira vez em três meses.
Durante a sessão, chegou à casa dos 131 mil pontos (131.313,48 pontos) na máxima do dia, mas perdeu um pouco do fôlego e fechou a sessão aos 130.833,96 pontos, uma alta de 1,46%. A força dos papéis ligados às commodities foi o que impulsionou o índice — e muito desse desempenho se deve à China.
Além de Pequim ter divulgado uma série de dados com resultados acima do esperado, anunciou um plano para aumentar o consumo interno e promover o crescimento da renda salarial.
De acordo com analistas, a marca dos 130 mil pontos é um objetivo relevante e, caso siga nessa tendência de alta, o Ibovespa poderá abrir caminho em direção aos 132.300 e aos 137.469 pontos — máxima do ano, segundo o Itaú BBA.
Enquanto o Ibovespa avançou, o dólar à vista caiu em relação ao real, testando mínima a R$ 5,664. A moeda norte-americana recuou 0,99%, cotada a R$ 5,6864.
China impulsiona o Ibovespa
A China tornou público no domingo (16) um plano de iniciativas especiais para aumentar o consumo, à medida que a segunda maior economia do mundo se move para impulsionar a demanda interna.
Leia Também
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
O plano, que tem como objetivo estimular a demanda interna em todas as áreas e aumentar o poder de compra por meio da redução dos encargos financeiros, inclui políticas de subsídio infantil, assistência financeira para estudantes e aumento da renda nas áreas rurais.
Além disso, o governo chinês também promoverá um ajuste do salário mínimo e pretende estabilizar o mercado de ações por meio de "medidas múltiplas", segundo o Escritório Geral do país.
Junto com os estímulos, dados econômicos animam os investidores. A China informou que as vendas de novas moradias, setor importante para a mineração, sinalizaram forte melhora, mesmo com queda de 0,4% em relação ao ano anterior.
Com isso, as ações da Vale (VALE3) sobem 1,12% mesmo com o minério em queda em Dalian (-1,14%) e em Cingapura (-1,95%).
LULA e ECONOMIA: Mais MEDIDAS POPULISTAS daqui para frente? O que ESPERAR?
Dados internos também estão na mira do Ibovespa
Embora a China seja a maior responsável pelo comportamento do Ibovespa nesta segunda-feira (17), os investidores também olham para dados internos.
O índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), mostrou que a economia brasileira cresceu 0,89% em janeiro, na comparação com dezembro, ficando acima das projeções de 0,70%.
O dado sai antes da decisão de política monetária do Banco Central. A expectativa é que o Comitê de Política Monetária (Copom) siga o forward guidance e eleve a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano, na quarta-feira (19). Por isso, a grande espera é pelo comunicado após a decisão.
Mais cedo, o Itaú reduziu a projeção para a Selic ao final do ciclo de alta, de 15,75% para 15,25% ao ano, ao fim do primeiro semestre de 2025.
"Dada a acomodação da taxa de câmbio em níveis mais apreciados, o BC deve optar por um ciclo um pouco menor", diz o banco em relatório.
- SAIBA MAIS: Imposto de Renda 2025 está chegando… o que saber antes de declarar e evitar a malha fina? Este guia gratuito explica o passo a passo
E as bolsas em Nova York?
Em Nova York, as bolsas operaram em alta. A exceção foi o Nasdaq, que operou no vermelho durante boa parte do dia, mas reverteu as perdas durante a tarde.
O S&P 500 tentou se manter fora do território de correção — que acontece quando o índice cai mais de 10% do pico recente — após quatro semanas de perdas em Wall Street exacerbadas pela implementação da política tarifária de Trump e pela queda da confiança do consumidor.
O índice de mercado amplo de Nova York subiu 0,65%, enquanto o Dow Jones avançou 0,85% e o Nasdaq teve alta de 0,31%.
O que ajudou o sentimento em Wall Street é o relatório de vendas no varejo de fevereiro, que aumentaram 0,2% no mês, abaixo da estimativa da Dow Jones de alta de 0,6%, de acordo com a leitura avançada do Departamento de Comércio. Excluindo automóveis, o aumento foi de 0,3%, o que estava em linha com as expectativas dos economistas.
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M. Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade