Gringos sacam bilhões da B3 em julho, mas saldo anual segue forte. O que isso diz sobre o Ibovespa?
Investidores estrangeiros buscam oportunidades em setores específicos da Bolsa, e locais podem estar indo pelo mesmo caminho

O fluxo de capitais no Brasil tem se mostrado uma montanha-russa nos últimos tempos: o capital estrangeiro registra uma volatilidade notável e os investidores locais estão realocando seus recursos, migrando aos poucos da renda fixa para o Ibovespa.
Apesar de um saldo positivo de entrada de capital estrangeiro no ano, o mês de julho acende um alerta sobre a confiança no mercado brasileiro pelas consecutivas saídas.
Os investidores estrangeiros, que são responsáveis por 58% do total negociado na Bolsa brasileira, já retiraram R$ 4,13 bilhões no mês, segundo a parcial de julho da B3 até o dia 16. Essa retirada representa o pior desempenho mensal do capital externo em 2025 até o momento.
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A saída dos gringos geralmente pressiona o câmbio e reduz a liquidez das negociações. Entre os dias 7 e 15 de julho, o Ibovespa acumulou sete quedas consecutivas, refletindo essa aversão ao risco.
Apesar do forte resgate de julho, o saldo acumulado do ano para os estrangeiros na B3 ainda é positivo em R$ 26,3 bilhões. Esse resultado é sustentado principalmente por aportes significativos de R$ 10,6 bilhões em maio e R$ 5,4 bilhões em junho.
No que os estrangeiros estão investindo?
Segundo relatório do Bank of America (BofA), os fluxos estrangeiros em junho, embora moderados no geral, mostraram movimentos seletivos. Os gringos foram compradores líquidos nos seguintes setores:
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- Energia: R$ 2,52 bilhões
- Materiais: R$ 2,13 bilhões
- Utilitários: R$ 1,63 bilhão
Por outro lado, foram vendedores líquidos em ações de consumo básico (-R$ 1,38 bilhão) e indústria (-R$ 871 milhões).
A análise do BofA também mostra que a entrada de capital dos estrangeiros em 2025 está mais concentrada em ações no Ibovespa, com pouco movimento nas negociações de derivativos no mercado futuro.
Enquanto o saldo líquido do ano é positivo em R$ 27 bilhões em "dinheiro" (investimento direto em ações), em "futuros" (por meio de derivativos) é negativo em R$ 2 bilhões.
Fundos de ações estancam sangria: impulso para o Ibovespa vem aí?
O banco norte-americano também avaliou o fluxo dos investidores locais. O dado mais destacado é a desaceleração nas saídas de fundos de ações brasileiros.
Na segunda semana de julho, as saídas foram de apenas R$ 300 milhões, o menor patamar desde o final de novembro.
Em termos médios, o segundo trimestre de 2025 viu as saídas semanais reduzirem para R$ 1,2 bilhão, uma queda significativa em comparação com a média de R$ 2 bilhões por semana no primeiro trimestre de 2025.
Contudo, no acumulado do ano até 18 de julho, os fundos de ações locais ainda registram uma sangria de R$ 21,79 bilhões.
Em contraste, a renda fixa local tem sido um porto seguro, atraindo entradas robustas de R$ 36,09 bilhões no ano. Até mesmo os fundos multimercados, que registraram anos difíceis entre 2023 e 2024, também brilharam em 2025: R$ 79,09 bilhões de entrada no mesmo período.
Se a hora de recuperação dos multimercados chegou, o momento dos fundos de ações também devem chegar.
*Com informações do Money Times.
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