Fundo Verde: Stuhlberger segue zerado em ações do Brasil e não captura ganhos com bolsa dos EUA por “subestimar governo Trump”
Em carta mensal, gestora criticou movimentação do governo sobre o IOF e afirmou ter se surpreendido com recuo rápido do governo norte-americano em relação às tarifas de importação

Os ruídos provocados pela tentativa do governo federal de aumentar a arrecadação fiscal por meio do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi um sinal claro de que o Planalto “não entende adequadamente as consequências de várias de suas medidas”. A avaliação foi feita pelo Fundo Verde, de Luis Stuhlberger, em carta divulgada nesta terça-feira (10).
Embora veja mérito na troca do aumento do IOF pela reestruturação da tributação de investimentos por reduzir distorções, o Fundo Verde destaca em sua carta que a falta de articulação combinada à “mais completa ausência de sinal de controle sobre os gastos”, tornam o tema indigesto para os agentes do mercado financeiro.
- VEJA MAIS: Você está preparado para ajustar sua carteira este mês? Confira o novo episódio do “Onde Investir” do Seu Dinheiro
Em tom crítico, a gestora destaca que o governo, focado em seus objetivos eleitorais diante de uma crise de popularidade, tende a jogar a conta para a frente e sustentar a difícil realidade da situação fiscal.
Diante deste cenário, a posição de Luis Stuhlberger é manter-se zerado nas ações do Brasil. Para o renomado gestor, a animação “exacerbada” com os ativos brasileiros encontra limite na realidade fiscal do país.
No Brasil, o Fundo Verde aposta em juro real, em crédito privado de maior risco (high yield) e na alta do real em relação ao dólar.
Em maio, tirando as posições em real, foram os juros reais e o crédito privado que ajudaram no bom desempenho do multimercado. O Verde registrou 1,31% de valorização, frente 1,14% do CDI.
Leia Também
No acumulado do ano, o fundo também sai na frente: 6,12% para a gestão de Stuhlberger e 5,26% para o indicador de referência.
Stuhlberger subestima Trump
No cenário externo, a carta da gestora destaca a melhora no sentimento dos mercados, com a redução das tensões comerciais entre Estados Unidos e o mundo na esteira dos acordos com a China e o Reino Unido.
O Fundo Verde afirma que esse alívio permitiu que os ativos de risco tivessem uma excelente performance no mês e cita o desempenho do Nasdaq como referência, após alta de 9,04% em maio.
Entretanto, Stuhlberger faz uma mea culpa ao dizer que subestimou a probabilidade de o governo Trump ceder tão rápido. “Não conseguimos capturar essa recuperação do mercado acionário americano”, diz a carta.
“Ainda assim, tivemos ganhos em outras classes de ativos, como inflação dos EUA e criptoativos.”
Bolsa global, entretanto, continua sendo posição “levemente” vendida na Verde. A posição em inflação foi reduzida e o gestor iniciou uma posição aplicada em juro real, indicando que espera uma queda maior nas expectativas de juros do que o mercado tem precificado até o momento.
- VEJA TAMBÉM: Onde estão as maiores oportunidades de investimento da bolsa para o mês? Confira todas as indicações aqui
Em moedas, o yuan é uma aposta vendida em relação ao dólar, e o euro é uma aposta comprada. O ouro também é compra pelo Verde, assim como o crédito high yield global.
Mês do Fundo Verde
O Fundo Verde conseguiu obter retornos de 6,12% no acumulado do ano, levemente acima da média dos multimercados de gestão ativa no Brasil, medida pelo Índice de Hedge Funds Anbima (IHFA), que fechou maio com alta de 5,99%.
A rentabilidade também foi superior à do CDI (taxa de referência dessa classe de ativos), que encerrou o período em 5,26%.
Em evento da Verde Asset no fim de maio, Stuhlberger disse que os últimos anos foram difíceis para a indústria de fundos multimercado, principalmente por causa da bolsa brasileira, mas as perdas com essa alocação foram compensadas pela renda fixa, tanto local quanto internacional.
Neste ano, o fundo tem apostado em novos ativos para bater o CDI, como a alocação em criptomoedas. Já a gestora como um todo criou produtos de crédito privado, previdência e imobiliário.
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154