Fim da tabela regressiva: CDBs, Tesouro Direto e fundos devem passar a ser tributados por alíquota única de 17,5%; veja regras do novo imposto
Governo publicou Medida Provisória que visa a compensar a perda de arrecadação com o recuo do aumento do IOF. Texto muda premissas importantes dos impostos de investimentos e terá impacto no bolso dos investidores

O que foi previamente repercutido se confirmou: fundos de investimento e títulos de renda fixa que atualmente são tributados pela tabela regressiva passarão a ter uma alíquota única de imposto de 17,5%.
A mudança consta na Medida Provisória (MP) nº 1.303/25, publicada pelo governo federal na noite de quarta-feira (11), em edição extra do Diário Oficial da União.
- Vale destacar que todo o conteúdo da MP será revisto pelo Congresso Nacional e nada é definitivo. Os parlamentares têm um prazo de 120 dias para analisar e aprovar ou modificar o conteúdo.
Segundo o documento, a partir de 1º de janeiro de 2026, o modelo atual de tributação regressiva, que determinava um imposto de 22,5% para aplicações de até seis meses, regredindo a 15% para prazos acima de dois anos, não existirá mais.
A alíquota será única, de 17,5%, independentemente do período de aplicação do investimento — e esta alíquota valerá para todas as modalidades de investimento que não tenham incentivo fiscal.
Isso significa que, dentre os títulos de renda fixa, Certificados de Depósito Bancários (CDBs) e Recibos de Depósitos Bancários (RDB), títulos públicos (incluindo os negociados no Tesouro Direto) e debêntures comuns passarão a ter alíquota de 17,5%.
- VEJA MAIS: Você está preparado para ajustar sua carteira este mês? Confira o novo episódio do “Onde Investir” do Seu Dinheiro
Dentre os fundos de investimento, fundos de renda fixa, de ações, multimercados, cambiais e de direitos creditórios (FIDCs) também passarão a ser taxados com a alíquota única de 17,5%.
Leia Também
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
A caderneta de poupança se manterá isenta de imposto de renda.
Veja as mudanças propostas no imposto para investimentos:
Período de aplicação | Antes - alíquota de IR | Proposto na MP - alíquota de IR |
---|---|---|
Até 180 dias | 22,5% | 17,5% |
Entre 181 e 360 dias | 20% | 17,5% |
Entre 361 e 720 dias | 17,5% | 17,5% |
Acima de 721 dias | 15% | 17,5% |
De acordo com a MP 1.303/25, esse imposto incidirá sobre os rendimentos das aplicações financeiras em dois tipos de situação: no momento do pagamento de juros e amortização; quando houver resgate, liquidação ou alienação do investimento (venda, cessão, doação e transmissão por herança, por exemplo).
O recolhimento do imposto se mantém como responsabilidade da instituição financeira, não do investidor pessoa física.
Prejuízos agora poderão ser compensados
O texto também prevê que as perdas realizadas a partir de 1º de janeiro de 2026 poderão ser compensadas com os demais rendimentos de aplicações financeiras, desde que informados na Declaração de Ajuste Anual (DAA) do imposto de renda e comprováveis por meio de documentação idônea.
Essa era uma possibilidade já disponível para perdas com ações e outros ativos negociados em bolsa. A MP atualiza esse dispositivo ao abrir a compensação para fundos e títulos de renda fixa, permitindo a compensação entre os investimentos, desde que declarados na mesma ficha da DAA.
Isso significa que, aparentemente, será possível compensar prejuízos em fundos e títulos de renda fixa com lucros de ativos negociados em bolsa que também sejam tributados em 17,5%, e vice-versa. Ao menos esta foi a interpretação dos advogados tributaristas consultados pelo Seu Dinheiro.
Outra mudança é no estabelecimento de um prazo para que essa compensação de prejuízo seja feita. As perdas poderão ser compensadas em até cinco anos, prescrevendo após este prazo.
Caso o investidor amortize, resgate, liquide ou aliene o investimento e, em 30 dias, faça uma aplicação equivalente no mesmo produto, a compensação também fica vedada. A MP diz que o prejuízo será considerado como parte integrante do custo de aquisição da nova aplicação.
- LEIA TAMBÉM: Ferramenta te mostra uma projeção de quanto é necessário investir mensalmente na previdência privada. Simule aqui
Mudanças no imposto apenas em 2026
Caso as propostas sugeridas na MP 1.303/25 sejam aprovadas no Congresso Nacional, as mudanças passam a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.
Isso significa que, os rendimentos e ganhos de capital de aplicações financeiras sujeitos à alíquota única de 17,5% passam a ser tributados com a nova taxa somente a partir de 1º de janeiro de 2026 — inclusive para aplicações que já existiam em 31 de dezembro de 2025.
No caso de uma aplicação em multimercado, que o investidor já tenha na carteira, mas opte por vender em fevereiro de 2026, digamos, o ganho de capital obtido seria taxado em 17,5%, ainda que, pelo prazo, já estivesse na faixa de tributação de 15% da tabela regressiva.
O mesmo vale para os títulos de renda fixa e para as compensações de perdas.
Um CDB emitido neste ano — ou em anos passados —, com vencimento hipotético em julho de 2026, irá recolher imposto segundo a nova alíquota única, ainda que, pelo tempo de aplicação, já estivesse na faixa de 15% da tabela regressiva.
Enquanto isso, as perdas realizadas a partir de 1º de janeiro de 2026 nessas aplicações financeiras poderão ser compensadas com outros rendimentos de investimentos declarados na DAA.
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista
Fundo imobiliário Iridium Recebíveis (IRIM11) reduz dividendo ao menor nível em um ano; cotas caem
A queda no pagamento de proventos vem em meio a negociações para a fusão do FII ao Iridium Fundo de Investimento Imobiliário (IRIM11)
Ibovespa sobe 0,52% após renovar máxima intradia com IPCA e PPI no radar; dólar cai a R$ 5,4069
Deflação aqui e lá fora em agosto alimentaram a expectativa de juros menores ainda neste ano; confira os dados e o que mais mexeu com a bolsa e o câmbio nesta quarta-feira (10)
Ouro supera US$ 3.700 pela primeira vez e segue como o refúgio preferido em 2025
Ataque de Israel ao Catar e revisão dos dados de emprego nos EUA aumentaram a busca por proteção e levaram o metal precioso a renovar recorde histórico
Disputa judicial entre Rede D’Or e FIIs do BTG Pactual caminha para desfecho após mais de uma década
Além da renegociação das dívidas da empresa do setor de saúde, os acordos ainda propõem renovações de contratos — mas há algumas condições
Comprado em bolsa brasileira e vendido em dólar: a estratégia do fundo Verde também tem criptomoedas e ouro
Na carta de agosto, o fundo criado por Luis Stuhlberger chama atenção para o ciclo eleitoral no Brasil e para o corte de juros nos EUA — e conta como se posicionou diante desse cenário
Commodities e chance de juro menor dão suporte, mas julgamento de Bolsonaro limita ganhos e Ibovespa cai
O principal índice da bolsa brasileira chegou a renovar máximas intradia, mas perdeu força no início da tarde; dólar à vista subiu e ouro renovou recorde na esteira do ataque de Israel ao Catar
Fundo imobiliário GARE11 anuncia compra de dois imóveis por R$ 32,3 milhões; confira os detalhes da operação
O anúncio da compra dos imóveis vem na esteira da venda de outros dez ativos, reforçando a estratégia do fundo imobiliário
FII vs. FI-Infra: qual o melhor fundo para uma estratégia de renda com dividendos e isenção de imposto?
Apesar da popularidade dos FIIs, os fundos de infraestrutura oferecem incentivos fiscais extras e prometem disputar espaço nas carteiras de quem busca renda mensal isenta de IR
Rubens Ometto e Luiza Trajano bem na fita: Ações da Cosan (CSAN3), do Magalu (MGLU3) e da Raízen (RAIZ4) lideram altas da semana no Ibovespa
Se as ações da Cosan, do Magazine Luiz e da Raizen brilharam no Ibovespa, o mesmo não se pode dizer dos papéis da Brava, da Marfrig e da Azzas 2154
É recorde atrás de recorde: ouro sobe a US$ 3.653,30, renova máxima histórica e acumula ganho de 4% na semana e de 30% em 2025
O gatilho dos ganhos de hoje foi o dado mais fraco de emprego dos EUA, que impulsionou expectativas por cortes de juros pelo banco central norte-americano
Ibovespa renova máximas e dólar cai a R$ 5,4139 com perspectiva de juro menor nos EUA abrindo as portas para corte na Selic
O Departamento do Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (5), o principal relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que veio bem abaixo do esperado pelo mercado e dá a base que o Fed precisava para cortar a taxa, segundo analistas
Ibovespa volta a renovar máxima na esteira de Nova York e dólar acompanha; saiba o que mexe com os mercados
Por aqui, os investidores seguem de olho nas articulações do Congresso pela anistia, enquanto lá fora a chance de corte de juros pelo Fed é cada vez maior
Ouro bate recorde pelo segundo dia seguido e supera US$ 3.600. Hype ou porto seguro?
A prata segue a mesma trajetória de ganhos e renova o maior nível em 14 anos a US$ 42,29 a onça-troy; saiba se vale a pena entrar nessa ou ficar de fora