BC terá de elevar Selic a níveis “extremamente elevados” ou admitir dominância fiscal, diz SPX
Caso o governo não adote novas medidas fiscais, o ajuste virá pela inflação, que vai aumentar “até que o estoque de dívida perca relevância”, diz a SPX
Conhecida pela visão pessimista dos mercados, a SPX Capital traçou um panorama desolador — nas palavras da própria gestora — para a economia brasileira se o governo não lançar mão de novas medidas de ajuste fiscal.
Com R$ 40 bilhões em patrimônio, a gestora de Rogério Xavier avalia que, no cenário atual, o Banco Central terá “escolhas difíceis a fazer” depois da frustração com o pacote de redução de gastos que o governo anunciou em novembro.
“Na prática, o pacote gerou ainda mais preocupação, pois deixou claro que o governo tem pouca disposição para tomar medidas de austeridade”, escreveu a SPX, em carta aos investidores.
Desse modo, caso o governo não adote novas medidas fiscais, o ajuste virá pela inflação, que vai aumentar “até que o estoque de dívida perca relevância em termos reais em relação ao PIB”.
A gestora não traz projeções de inflação na carta, mas alerta que o aumento do nível de preços necessário para esse ajuste no caso brasileiro é ainda maior. Isso porque boa parte da dívida pública já possui correção pela inflação.
SPX e as duas opções do Banco Central
Para domar a inflação e reancorar as expectativas, o BC terá de aumentar os juros para níveis “extremamente elevados”, mesmo sabendo que a raiz do problema é fiscal, ainda de acordo com a SPX.
Leia Também
A opção seria deixar o ajuste vir pela inflação e ficar “atrás da curva” para evitar uma piora do déficit nominal. Nesse caso, o BC estaria “implicitamente admitindo dominância fiscal”, na visão da gestora de Rogério Xavier.
“Em suma, se nada for feito, a trajetória rumo ao novo equilíbrio passa por mais inflação e câmbio mais depreciado.”
A situação só não é pior porque o Brasil ainda conta com um nível de reservas internacionais que supera o estoque da dívida em dólar. Assim, a depreciação cambial não prejudica a situação fiscal do país, segundo a SPX.
Mudança de postura — ou de governo
Nesse cenário, a gestora de Rogério Xavier aponta duas possíveis saídas para o Brasil. A primeira é uma mudança de postura do governo, com a adoção de novas medidas para equilibrar a situação fiscal. A própria SPX, porém, avalia essa possibilidade como “improvável”.
A segunda alternativa que a gestora aponta é uma mudança de governo nas próximas eleições. “A depender da deterioração da economia nos próximos meses, o mercado pode antecipar a discussão eleitoral e começar a precificar uma maior probabilidade de um novo governo”, escreve a SPX.
Isso ocorreria principalmente no caso de uma uma piora nos índices de aprovação do presidente Lula. “De todo modo, o cenário eleitoral ainda está muito distante e demasiadamente incerto para ser considerado na gestão de risco no curto prazo, apesar de ser muito importante a médio prazo.”
Ainda assim, a gestora avalia que a bolsa brasileira já reflete um pessimismo generalizado. Desse modo, os gestores elevaram um pouco as posições recentemente, mas ainda abaixo do nível considerado neutro.
“Atualmente, nossas principais alocações estão nos setores de Utilities e Concessões, Bancos e Seguradoras, e Commodities – incluindo Óleo e Gás.”
ASSISTA TAMBÉM: COMO SOBREVIVER A 2025? As ameaças e o que pode SALVAR O ANO na economia I TOUROS E URSOS #206
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
