Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
Os avanços da Cosan (CSAN3) na tarefa hercúlea de resolver os problemas na Raízen e reduzir o endividamento atraiu os holofotes nas últimas semanas, em meio à alta das ações. Porém, os esforços recentes ainda não foram suficientes para convencer a maioria dos tubarões da Faria Lima a confiar nas ações do conglomerado de Rubens Ometto.
Apesar de os debates sobre o valor da holding e sua capacidade de execução estarem mais em pauta entre os gestores em setembro, o mercado ainda permanece cauteloso em relação ao futuro da Cosan.
De acordo com uma pesquisa da Empiricus Research, que ouviu 29 gestores de fundos de ações, mais da metade (65,52%) dos entrevistados afirmou que está fora da tese de investimentos, sem qualquer plano de entrar nas ações CSAN3 no curto prazo.
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No entanto, alguns investidores ainda veem potencial. Cerca de 17% dos gestores já deram um voto de confiança e afirmaram que possuem posições na Cosan e estão comprometidos em mantê-las.
Enquanto isso, outros 17% afirmam que, embora ainda não tenham investido, estão começando a reconsiderar a possibilidade de apostar na empresa no futuro.
Por que o mercado ainda não se convence com a Cosan (COSAN3)?
Um dos grandes desafios da Cosan continua sendo o turnaround da Raízen, que ainda lida com dívidas elevadas e tenta se desfazer de ativos não estratégicos. Apesar dos avanços no processo de desalavancagem, como as recentes vendas de ativos, o ceticismo persiste, principalmente quando se fala em recuperação operacional nos próximos 12 meses.
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O maior ponto de dúvida no mercado, segundo os gestores, é a necessidade de mais uma intervenção na Raízen. Com a fragilidade financeira da subsidiária, muitos acreditam que, em 2026, o reforço de capital pela Cosan (CSAN3) será inevitável.
Cerca de 24% dos gestores consideram essa medida “muito provável”, enquanto 27% a veem como “provável” para os próximos 12 meses.
Além disso, cerca de 35% dos gestores da pesquisa disseram que "não possuem opinião" sobre o futuro da Cosan ou da Raízen — e, segundo a Empiricus, esse dado pode refletir dois cenários distintos.
O primeiro deles é que, como boa parte dos gestores não têm posição na Cosan (CSAN3) ou na Raízen (RAIZ4), eles possivelmente não acompanham as empresas de forma próxima para opinar sobre esses desdobramentos.
O segundo é que o processo de reestruturação das empresas ainda carrega alta imprevisibilidade.
“A trajetória da Cosan depende de variáveis externas e de decisões estratégicas pouco transparentes, o que dificulta a formação de uma convicção clara sobre os próximos passos da companhia”, avaliou a Empiricus.
Ainda há oportunidades na bolsa brasileira?
Embora a Cosan (CSAN3) tenha sido deixada de lado por boa parte dos gestores, os investidores da bolsa brasileira ainda enxergam um mar de oportunidades à vista no mercado de ações local.
A avaliação de que o mercado está "caro demais" não é compartilhada por nenhum dos gestores entrevistados. Pelo contrário, a percepção continua majoritariamente positiva, com expectativas favoráveis para os próximos seis meses.
Segundo o relatório, nenhum dos gestores entrevistados avalia que a bolsa brasileira poderia estar cara demais hoje — um temor que reaparece de tempos em tempos entre os investidores individuais depois de períodos de valorização intensa do Ibovespa.
Na realidade, a percepção dos tubarões do mercado sobre a bolsa continua majoritariamente positiva, com a maioria dos gestores de ações ainda vendo potencial de valorização no mercado brasileiro, com expectativas favoráveis para os próximos seis meses.
“Esse movimento pode refletir, mesmo após a valorização recente do mercado, a percepção de melhora nas companhias, reforçada por uma temporada de resultados sólida, com empresas entregando bons números e avanços estruturais”, avaliou a Empiricus.
Gestores ainda preferem a segurança de setores defensivos
No entanto, o apetite por setores mais voláteis não é o maior foco dos gestores hoje. Em vez disso, o mercado ainda aposta forte em empresas mais defensivas, com fluxos de caixa mais previsíveis, menos vulneráveis a choques macroeconômicos e com pouca exposição à dinâmica doméstica. É o tipo de investimento que pode trazer mais conforto, especialmente em tempos de incerteza.
Confira um mapa do sentimento dos gestores para os setores na bolsa brasileira em setembro:

Segundo o relatório da Empiricus, neste mês, os gestores mostram maior apetite pelos setores de Utilidades Públicas e Financeiro, que, historicamente, têm mostrado resiliência e estabilidade.
Além disso, setores ligados à mobilidade, como o de Aluguel de Veículos, Logística e Transportes, também começam a ganhar destaque, com os investidores aumentando a exposição a essas áreas na bolsa em setembro.
No lado dos setores como Infraestrutura, Shopping Centers e Construção Civil, a exposição continua sendo relevante, embora a intensidade do otimismo tenha diminuído um pouco.
Por outro lado, o setor de Educação sofreu um revés considerável. A percepção dos gestores sobre esse segmento piorou neste mês.
Além disso, setores como Alimentos e Bebidas, bem como Metais e Mineração, continuam sendo vistos com ceticismo pelos investidores institucionais.
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