A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
Depois de um salto de 30% em 2025, o Ibovespa deixou até os otimistas de boca aberta. Mas a pergunta agora é inevitável: a festa na bolsa está perto do fim — ou o rali ainda tem fôlego para continuar?
Se o parâmetro for o preço das ações, a resposta parece ser “sim”, segundo uma pesquisa realizada pela Empiricus com 29 gestoras de fundos de ações.
A maioria dos “tubarões” da Faria Lima e do Leblon ainda considera a bolsa brasileira barata — e sete deles a classificam como “muito barata”.
De modo geral, os gestores também mantêm uma visão otimista ou muito otimista para o mercado de ações nos próximos seis meses.
- VEJA TAMBÉM: Rumo à independência financeira: ferramenta gratuita do Seu Dinheiro calcula quanto investir para viver de renda; confira
Hora das small caps na bolsa?
Em meio à maré positiva da bolsa, o levantamento indica que os gestores aproveitaram o bom momento para ajustar as carteiras.
As empresas de maior porte — com valor de mercado acima de R$ 20 bilhões — ainda predominam, mas com uma redução de 50,1% para 46,1% dos portfólios.
Leia Também
Quem ganhou espaço foram as small caps, companhias avaliadas em até R$ 10 bilhões, que agora respondem por 34,1% das carteiras.
O movimento de recalibragem também se reflete no perfil das empresas escolhidas. O nível médio de alavancagem subiu de 1,6x para 1,8x, indicando uma leve mudança em direção a nomes mais arriscados.
“Apesar do aumento, os dados seguem apontando para companhias com balanços saudáveis e estrutura de capital moderada”, destaca a Empiricus em relatório.
Outro sinal de maior apetite por risco está no nível de caixa dos fundos, que recuou de 7,7% para 5,7% entre setembro e outubro.
Quanto menor o volume de recursos parados, maior a confiança dos gestores na bolsa — e, nesse caso, a redução também reflete a própria valorização das ações, que diminui a proporção do caixa em relação ao patrimônio dos fundos.
As preferências dos gestores
O otimismo, no entanto, não significa que os gestores estejam comprando qualquer coisa na B3.
Ao mapear a percepção sobre os diferentes setores, a pesquisa da Empiricus mostra piora nas expectativas para os segmentos de Aeroespacial, Papel e Celulose e Petróleo e Gás.
Por outro lado, houve melhora na visão para Aluguel de Veículos e Logística, Varejo e Utilidades Públicas.
O setor de Metais e Mineração deixou o campo negativo e agora está neutro, enquanto Bens de Capital e Educação, antes vistos de forma marginalmente negativa, passaram para o território positivo, segundo o levantamento.
E a "bolha" da IA?
A Empiricus aproveitou a pesquisa para saber a opinião dos gestores de fundos sobre um tema que se tornou recorrente no mercado: estamos diante de uma bolha prestes a estourar na inteligência artificial?
Quase metade dos entrevistados (44,8%) espera, sim, um aumento nos sinais de bolha nos próximos 12 a 24 meses, mas de forma marginal. Ou seja, os tubarões do mercado brasileiro veem maior risco de exageros localizados, mas não uma distorção generalizada de preços.
A possível bolha na inteligência artificial também foi tema da última edição do podcast Touros e Ursos. Assista a seguir:
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores
Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?
Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco
Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes
Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.
Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima
Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos
Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas
Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções
Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?
O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade
Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa
Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores
Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073
O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços
Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje
Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa
A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda
O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa
Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?
Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção
Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo
A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações
O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos
Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?
As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo
Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”
A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza
Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento
Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete
A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489
O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.
A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário
Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
