Tesouro IPCA+ agora oferece retorno anual de 7% acima da inflação em todos os vencimentos com temor fiscal e alta do dólar
Nesta quarta-feira (18), as taxas operam em alta com a expectativa de conclusão pela Câmara e pelo Congresso das votações do pacote fiscal e leis orçamentárias

Em meio à alta dos juros futuros e do dólar, o Tesouro Direto IPCA+, título público atrelado à inflação, vê suas taxas dispararem, e agora todos os papéis estão pagando retornos reais acima de 7% ao ano.
Nesta quarta-feira (18), o título de maior rendimento, aquele com vencimento em 2029, registra rentabilidade anual de IPCA + 7,84%.
Além do Tesouro IPCA+, outros títulos indexados à inflação, como o Tesouro RendA+, voltado para quem busca uma renda extra para aposentadoria, e o Tesouro Educa+, focado em planejamento do futuro educacional, também registram rentabilidade anual acima de 7%.
O Tesouro Educa+ com vencimento em 2026, por exemplo, oferece uma rentabilidade de IPCA + 7,96%, enquanto o RendA+ 2030 oferece IPCA + 7,22%. Embora os títulos prefixados e indexados à inflação tenham se desvalorizado por conta da alta dos juros futuros, para quem os adquirir agora é possível contratar essas taxas gordas até o vencimento.
Há um risco no curto prazo, pois os juros futuros (e as taxas dos títulos) podem subir ainda mais, resultando em uma desvalorização adicional desses títulos. Isso ocorre devido ao atual cenário de forte aversão ao risco, especialmente por conta das questões fiscal e externa.
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O que impulsiona os DIs e as taxas do Tesouro Direto hoje?
Hoje, as taxas operam em alta com a expectativa de conclusão, pelo Congresso, das votações do pacote fiscal e das leis orçamentárias.
Ontem (17) a Câmara aprovou o primeiro dos três projetos do pacote fiscal e agora faltam outras duas propostas que devem ser votadas nesta quarta: a que impõe teto de 2,5% de valorização real do salário mínimo e endurece regras do BPC, além de PEC com medidas complementares. O Congresso ainda deve analisar a LDO.
A expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e pelos sinais do seu presidente, Jerome Powell, também deixa o mercado na defensiva.
O mercado prevê que o Federal Reserve realize mais uma redução de 0,25 p.p. na sua taxa de juros. Os investidores também observam possíveis sinais sobre mudança de rumo diante do novo governo de Donald Trump, que promete impor tarifas, inclusive ao Brasil.
Negociações dos prefixados e do IPCA+ paralisadas
Vale lembrar que os investidores brasileiros se viram impossibilitados de operar títulos públicos no Tesouro Direto pelo segundo dia consecutivo ontem, devido a novas paralisações no mercado.
Após uma dupla interrupção das operações na segunda-feira (16), os negócios com títulos prefixados e indexados ao IPCA voltaram a ser paralisados pelo “circuit breaker”.
No caso do Tesouro Direto, a pausa acontece quando a volatilidade dos juros atinge níveis extremos, deixando disponível para negociação apenas o Tesouro Selic, considerado o título mais conservador e menos suscetível a essas oscilações mais bruscas.
Taxas de juros recuam em meio à atuação do Tesouro em leilões
Na manhã desta quarta-feira, os juros futuros curtos operavam estáveis, e os demais em baixa, após os anúncios de leilões de compra e venda de NTN-F (títulos prefixados) pelo Tesouro Nacional.
O Tesouro informou, por meio de nota, o cancelamento do seu tradicional leilão de títulos públicos, que estava previsto para ocorrer nesta quinta-feira (19).
Outro leilão está programado para a próxima sexta-feira (20). As condições da oferta serão divulgadas pelo órgão no dia da realização.
"O objetivo da atuação é oferecer suporte ao mercado de títulos públicos, assegurando seu bom funcionamento e o de mercados correlatos", afirmou o Tesouro, por meio de nota.
É a primeira vez desde maio de 2020, durante a pandemia de covid-19, que o órgão cancela um leilão tradicional de títulos públicos. Antes, cancelamentos haviam ocorrido também em momentos como a greve nacional de caminhoneiros e o "Joesley Day"
À época, foi divulgada uma conversa na qual o então presidente Michel Temer (MDB) daria o aval para que o empresário Joesley Batista comprasse o silêncio do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB-RJ).
*Com informações do Estadão Conteúdo
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