Ouro nas máximas históricas: tem espaço para mais? Goldman Sachs dá a resposta e diz até onde metal deve ir
“Nossos analistas veem uma alta potencial de cerca de 15% nos preços do ouro com o aumento das sanções norte-americanas, igual àquele visto desde 2021”, destaca o relatório
O ouro voltou a superar suas máximas históricas durante a madrugada no Brasil nesta segunda-feira (16). O metal precioso atingiu os US$ 2.617,35 e segue negociado próximo a este patamar de preço nas primeiras horas da manhã.
As atenções do mercado global estão voltadas para a atual situação econômica dos Estados Unidos — que, para alguns analistas, começa a dar sinais de recessão.
Mas o motivo para as preocupações mais recentes está na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que acontece na próxima quarta-feira (18).
A autoridade monetária pode cortar os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.) ou 0,50 p.p., conforme mostra o agregador do CME Group. Hoje pela manhã, a chance de um corte maior era de 59%, contra 41% de um menor, segundo o CME.
Em meio a incertezas em relação aos juros e à economia norte-americana, os investidores correm para ativos de risco, como o ouro.
Mas a pergunta que fica é: ainda há espaço para uma valorização ainda maior do metal, tendo em vista que ele já ronda as máximas históricas?
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Ouro a preço de ouro: vai subir mais
Não é de hoje que os analistas do Goldman Sachs têm bons olhos para o ouro. No começo de setembro, o banco norte-americano recomendou manter na carteira uma boa posição no metal.
Em um relatório publicado na última quinta-feira (12), o Goldman Sachs reafirmou essa posição e ainda enxerga que a alta dos preços deve continuar a subir até o início de 2025.
Assim, o banco prevê que os preços podem chegar até os US$ 2.700 até o início do próximo ano, impulsionado pelos cortes de juros do Fed e pelas compras de Bancos Centrais emergentes.
“O ouro é o ativo preferido de nossos estrategistas para o curto prazo e a commodity que mais esperam que suba no curto prazo, além de ser o hedge [proteção] preferido contra riscos geopolíticos e financeiros”, escrevem os analistas.
“Nossos analistas veem uma alta potencial de cerca de 15% nos preços do ouro com o aumento das sanções norte-americanas, igual àquele visto desde 2021”, destaca o relatório.
O que faz o ouro brilhar
São três elementos que as estrategistas da Goldman Sachs, Samantha Dart e Lina Thomas, destacam no relatório:
- Compras dos bancos centrais: Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, os BCs têm comprado ouro em ritmo acelerado. O Goldman espera que esse apetite continue em meio às preocupações com as sanções financeiras dos EUA contra outras nações e a crescente dívida soberana norte-americana;
- Cortes de juros do Fed: Taxas de juros mais altas tendem a tornar o ouro, que não oferece rendimento, menos atraente para os investidores. Assim os cortes de juros pelo Fed provavelmente trarão os investidores ocidentais de volta para esse mercado;
- Choques geopolíticos potenciais: Por fim, o ouro oferece um valor significativo como hedge (proteção) de portfólio no cenário que se apresenta.
Nem só ele: outras commodities para ficar de olho
Além do ouro, outras commodities estão no radar dos analistas do Goldman Sachs, ainda que não pelos melhores motivos. Isso porque a desaceleração da economia global pode reduzir a demanda por energia e metais industriais.
Por exemplo, o crescimento da demanda por petróleo da China vem caindo, em parte devido à mudança estrutural do combustível rodoviário — em parte para veículos elétricos, por exemplo.
Assim, a estimativa de preço do barril do Brent, utilizado como referência internacional, caiu de US$ 82,00 para US$ 76 em 2025.
Do mesmo modo, a próxima leva de oferta global de gás natural só deve chegar a partir de 2025, com os analistas enxergando uma perspectiva de energia mais barata entre 2025 e 2030. O refino de metais como o cobre também parece seguir a mesma tendência.
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