O tempo vai fechar? A tempestade política que Trump pode causar nas eleições para presidente dos EUA
O mau tempo começou a se formar depois que dois estados norte-americanos desqualificaram o ex-presidente da tentativa de buscar a nomeação pelo Partido Republicano e vem mais por aí

A previsão do tempo indica que uma tempestade política avança na direção da maior economia do mundo e ela tem nome: Donald Trump. Depois das declarações polêmicas, dos ataques aos inimigos e até da prisão, o ex-presidente norte-americano promete levar o caos à justiça dos EUA.
Tudo porque o Colorado e o Maine desqualificaram Trump da tentativa de buscar a indicação presidencial republicana devido às ações do ex-presidente antes do ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio.
A decisão legal dos dois estados norte-americanos é sem precedentes e pode forçar a Suprema Corte dos EUA a definir o futuro do republicano.
Trump tira os esqueletos do armário
Trump é o favorito para a indicação presidencial republicana deste ano. A corrida à Casa Branca deve acontecer em 5 de novembro.
De olho nisso, os republicanos do Colorado estão pedindo aos juízes que revisem a decisão politicamente explosiva de 19 de dezembro que o desqualificou da votação primária sob uma disposição constitucional que proíbe qualquer pessoa que "se envolva em insurreição ou rebelião" de realizar reuniões públicas.
O caso, no entanto, levanta questões espinhosas para a democracia dos EUA.
Leia Também
Na ausência da intervenção da Suprema Corte — cuja maioria conservadora de 6-3 inclui três juízes nomeados por Trump — os estados poderiam aplicar os próprios padrões de elegibilidade para cargos públicos.
Colorado e Maine são estados de tendência democrata, e analistas políticos apartidários dos EUA preveem que essas regiões não votarão em um candidato presidencial republicano em novembro.
Mas também há esforços em andamento em outros estados — incluindo o altamente competitivo Michigan, que poderia moldar o resultado da eleição.
Um decisão histórica nos EUA
A decisão do tribunal do Colorado marcou a primeira vez na história que a Seção 3 da Décima Quarta Emenda da Constituição dos EUA — a chamada cláusula de desqualificação — foi usada para considerar um candidato presidencial inelegível.
A Seção 3 barra qualquer "autoridade dos EUA que tenha prestado juramento para apoiar a Constituição dos EUA" e depois "se envolvido em insurreição ou rebelião contra a mesma, ou prestado ajuda ou conforto aos seus inimigos. "
Os advogados de Trump argumentam que a cláusula constitucional em questão não se aplica aos presidentes dos EUA e que a questão da elegibilidade presidencial está reservada ao Congresso.
Os juízes da Suprema Corte não teriam que decidir se ele participou da insurreição ou não, mas sim se ele pode participar da corrida à indicação republicana.
ESPECIAL DE NATAL A DINHEIRISTA - ELE FOI TRAÍDO PELA NOIVA E AGORA ELA AINDA QUER FICAR COM TUDO
Entre a cruz e a espada nos EUA
Trump se gaba das suas três indicações para a Suprema Corte — que ajudaram a alcançar objetivos republicanos como o fim do direito nacional ao aborto e a ampliação dos direitos às armas.
Mas o ex-presidente também expressa raiva do tribunal por decisões de que não gostou, incluindo uma em 2022 que deu ao Congresso acesso às suas declarações fiscais.
“A Suprema Corte perdeu sua honra, prestígio e posição e tornou-se nada mais do que um órgão político”, disse Trump nas redes sociais na época. “Eles se recusaram até mesmo a olhar para a farsa eleitoral de 2020. Que vergonha!”
O tribunal rejeitou os casos movidos por Trump e seus aliados que contestavam aspectos das eleições de 2020 — que o ex-presidente dos EUA continua a alegar falsamente terem sido prejudicadas por fraude generalizada, incluindo uma tentativa do Texas de rejeitar os resultados da votação em quatro estados.
*Com informações da Reuters
Ozempic na mira de Trump? Presidente dos EUA diz que haverá tarifas para farmacêuticas — e aproveita para alfinetar Powell de novo
Durante evento para entregar investimentos, Trump disse entender muito mais de taxas de juros do que o presidente do Fed
China já sente o peso das tarifas de Trump: pedidos de exportação desaceleraram fortemente em abril
Empresas americanas estão cancelando pedidos à China e adiando planos de expansão enquanto observam o desenrolar da situação
Andy Warhol: 6 museus para ver as obras do mestre da Pop Art — incluindo uma exposição inédita no Brasil
Tão transgressor quanto popular, Warhol ganha mostra no Brasil em maio; aqui, contamos detalhes dela e indicamos onde mais conferir seus quadros, desenhos, fotografias e filmes
Ninguém vai poder ficar em cima do muro na guerra comercial de Trump — e isso inclui o Brasil; entenda por quê
Condições impostas por Trump praticamente inviabilizam a busca por um meio-termo entre EUA e China
Starbase: o novo plano de Elon Musk para transformar casa da SpaceX na primeira cidade corporativa do mundo
Moradores de enclave dominado pela SpaceX votam neste sábado (03) a criação oficial de Starbase, cidade idealizada pelo bilionário no sul do Texas
Justiça congela votação da Mobly (MBLY3) e dá fôlego à disputa com fundadores da Tok&Stok
Assembleia rejeita proposta que favoreceria a OPA da família Dubrule, mas juiz decide suspender os efeitos da votação; entenda o que está em jogo
Trump pressionou, Bezos recuou: Com um telefonema do presidente, Amazon deixa de expor tarifas na nota fiscal
Após conversa direta entre Donald Trump e Jeff Bezos e troca de farpas com a Casa Branca, Amazon desiste de exibir os custos de tarifas de importação dos EUA ao lado do preço total dos produtos
Conheça os 50 melhores bares da América do Norte
Seleção do The 50 Best Bars North America traz confirmações no pódio e reforço de tendências já apontadas na pré-lista divulgada há algumas semanas
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
Nova Ordem Mundial à vista? Os possíveis desfechos da guerra comercial de Trump, do caos total à supremacia da China
Michael Every, estrategista global do Rabobank, falou ao Seu Dinheiro sobre as perspectivas em torno da guerra comercial de Donald Trump
Donald Trump: um breve balanço do caos
Donald Trump acaba de completar 100 dias desde seu retorno à Casa Branca, mas a impressão é de que foi bem mais que isso
Trump: “Em 100 dias, minha presidência foi a que mais gerou consequências”
O Diário dos 100 dias chega ao fim nesta terça-feira (29) no melhor estilo Trump: com farpas, críticas, tarifas, elogios e um convite aos leitores do Seu Dinheiro
Ironia? Elon Musk foi quem sofreu a maior queda na fortuna nos primeiros 100 dias de Trump; veja os bilionários que mais saíram perdendo
Bilionários da tecnologia foram os mais afetados pelo caos nos mercados provocado pela guerra tarifária; Warren Buffett foi quem ficou mais rico
Trump pode acabar com o samba da Adidas? CEO adianta impacto de tarifas sobre produtos nos EUA
Alta de 13% nas receitas do primeiro trimestre foi anunciado com pragmatismo por CEO da Adidas, Bjørn Gulden, que apontou “dificuldades” e “incertezas” após tarifaço, que deve impactar etiqueta dos produtos no mercado americano
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Trump quer brincar de heterodoxia com Powell — e o Fed que se cuide
Criticar o Fed não vai trazer parceiros à mesa de negociação nem restaurar a credibilidade que Trump, peça por peça, vem corroendo. Se há um plano em andamento, até agora, a execução tem sido tudo, menos coordenada.
Tony Volpon: EUA, novo mercado emergente
Não tenham dúvidas: chegamos todos na beira do abismo neste mês de abril. Por pouco não caímos.
Trump vai jogar a toalha?
Um novo temor começa a se espalhar pela Europa e a Casa Branca dá sinais de que a conversa de corredor pode ter fundamento
S&P 500 é oportunidade: dois motivos para investir em ações americanas de grande capitalização, segundo o BofA
Donald Trump adicionou riscos à tese de investimento nos EUA, porém, o Bank Of America considera que as grandes empresas americanas são fortes para resistir e crescer, enquanto os títulos públicos devem ficar cada vez mais voláteis
Acabou para a China? A previsão que coloca a segunda maior economia do mundo em alerta
Xi Jinping resolveu adotar uma postura de esperar para ver os efeitos das trocas de tarifas lideradas pelos EUA, mas o risco dessa abordagem é real, segundo Gavekal Dragonomics