Como Kamala Harris pode complicar a vida de Donald Trump na disputa pela Casa Branca
Ao desistir da reeleição, Joe Biden endossou candidatura de sua vice, Kamala Harris, à presidência dos Estados Unidos
Donald Trump acredita que será mais fácil derrotar Kamala Harris do que Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.
“Vai ser mais fácil ganhar da Harris do que seria do Biden”, disse Trump.
O comentário de Trump foi feito em entrevista à CNN depois de Biden renunciar à indicação do Partido Democrata para concorrer à Casa Branca.
A 100 dias das eleições, no entanto, analistas políticos norte-americanos recomendam cautela ao ex-presidente.
Isso porque vencer Kamala pode ser bem mais difícil do que Trump supõe, afirmam eles.
O fato é que, com Biden, o Partido Democrata dava sinais de caminhar rumo a uma derrota acachapante nas eleições de novembro.
Desistência de Biden dá uma chance aos democratas
Agora, ao renunciar à candidatura, Biden deu aos democratas “uma chance de lutar”, disse Ian Bremmer, presidente e fundador do Eurasia Group à CNBC.
Leia Também
Copa do Mundo 2026: onde assistir ao sorteio dos grupos e como funciona o regulamento
Kamala Harris ainda precisa conquistar a indicação formal dos democratas. A convenção nacional do partido está prevista para ocorrer entre os dias 19 e 22 de agosto em Chicago.
Ela tem o endosso de Biden, mas não é uma unanimidade entre os democratas. Portanto, é possível que outros candidatos apareçam até lá.
Na avaliação de Ian Bremmer, porém, “está muito claro que Kamala Harris é a franca favorita para ganhar a indicação”.
Steven Okun, fundador e CEO da APAC Advisors, acredita que a atual vice-presidente tem grandes chances de vencer Trump em novembro.
Segundo ele, porém, isso depende de os democratas saírem da convenção com uma posição unificada.
A corrida pela Casa Branca “recomeçou do zero”, disse Okun.
- LEIA TAMBÉM: Analista recomenda não esperar a queda do dólar para buscar lucros com empresas gringas; entenda o porquê
Mas como Kamala Harris pode atrapalhar Trump?
Kamala Harris dispõe de uma série de vantagens em relação a Joe Biden e também a Donald Trump, afirmam analistas políticos norte-americanos.
A começar pela idade. Presidente mais velho no momento da posse, Biden tem hoje 81 anos. Segundo presidente mais velho pelo mesmo critério, Trump tem 78.
Por sua vez, Kamala Harris tem 59 anos.
“O fato é que Biden e Trump estão velhos demais para concorrer e ainda servir por mais quatro anos. Esta é agora a principal vulnerabilidade para Trump”, disse Ian Bremmer.
De acordo com uma pesquisa recente, 85% dos norte-americanos achavam Biden velho demais para passar mais quatro anos na presidência. A mesma sondagem verificou que 60% dos norte-americanos têm a mesma opinião em relação a Trump.
Para Bremmer, há muito entusiasmo em relação a Kamala Harris. “Ela é mais jovem, mais vibrante, energizada”, afirma ele.
Além disso, ela costuma ter bom desempenho em debates.
Kamala Harris impulsiona arrecadação de campanha
A desistência de Joe Biden e seu endosso a Kamala Harris impulsionaram a arrecadação de campanha do Partido Democrata.
Grandes doadores de campanha começaram a se mobilizar imediatamente após o anúncio, segundo relatos divulgados pela imprensa americana.
Mas não foi só o chamado big money que se mobilizou em torno de Kamala.
Em apenas algumas horas, a plataforma ActBlue, que concentra doações ao Partido Democrata, informou ter recebido US$ 46,7 milhões no domingo.
Até a conclusão deste texto, a plataforma não havia atualizado os dados de arrecadação com os números desta segunda-feira.
As vulnerabilidades de Kamala Harris
É claro que Kamala Harris não tem apenas vantagens. Há algumas vulnerabilidades que podem pesar contra ela.
Em contraposição a Biden e a Trump, a atual vice-presidente norte-americana não é muito conhecida pelo carisma pessoal.
Além disso, no divisivo cenário social norte-americano, Ian Bremmer vê uma vulnerabilidade no fato de a eleição opor “uma mulher, filha de mãe indiana e pai jamaicano” a um homem branco e rico.
Para Charles Myers, fundador e CEO da Signum Global, essa suposta vulnerabilidade pode também ser um trunfo.
“Ela está mais bem posicionada do que Biden para se dirigir às mulheres, aos jovens e aos negros”, afirmou ele à CNBC.
Para ficar de olho
Allan Lichtman é um historiador norte-americano. Ele tem a fama de ter previsto corretamente todos os vencedores das eleições presidenciais nos EUA desde 1984.
Numa entrevista concedida à CNN antes da renúncia de Biden à candidatura, ele qualificou como “tola” e “autodestrutiva” a pressão para que ele desistisse da reeleição.
Consumada a desistência, ele admitiu que Kamala Harris encontra-se numa “posição forte para vencer as próximas eleições”.
De qualquer modo, ele prefere esperar para ver.
Lichtman disse que vai divulgar sua previsão para as eleições de novembro apenas depois da Convenção Nacional do Partido Democrata.
O fato é que a corrida pela Casa Branca, que parecia resolvida depois do atentado contra Trump, agora está novamente em aberto.
*Com informações da Reuters, da CNN e da CNBC.
Sucessão na presidência do Fed: Kevin Hassett afirma que ficaria “feliz em servir” na posição se Trump o escolher
O assessor econômico da Casa Branca fez a declaração neste domingo no programa “Fox and Friends”; a possibilidade de sua indicação já provocou reação nos mercados, que registraram alta nos EUA
Delegação ucraniana vai aos EUA para negociações de paz; horas antes Kiev recebe ataques russos
Enquanto a Ucrânia enfrenta bombardeios e apagões em Kiev, a delegação ucraniana busca avançar nas negociações com Washington para tentar encerrar a guerra com a Rússia
Miss Universo: Como funciona o negócio milionário que já foi de Trump — e agora causa revolta entre as misses
Entenda a engrenagem por trás do Miss Universo, concurso de beleza mais famoso do mundo que vem dando o que falar
Roubado por nazistas e quase destruído em um incêndio: a incrível história por trás do quadro de mais de R$ 1 bilhão
Tela de pintor austríaco Gustav Klimt se consagra como a segunda obra de arte mais cara já vendida em leilão; conheça a história por trás da tela
Montanhas e ruínas incas: o palco de Palmeiras x Flamengo na final da Copa Libertadores 2025
Entre montanhas e ruínas incas, o Monumental U recebe Palmeiras x Flamengo na Final da Copa Libertadores 2025, em um dos cenários mais impressionantes da América do Sul
Israel diz ter matado líder militar do Hezbollah em ataque a Beirute, no Líbano
Este foi o primeiro ataque israelense ao território do Líbano desde junho; Hezbollah fala em “escalada de ataques”
Final da Copa Sul-Americana 2025: veja horário e onde assistir a Atlético-MG x Lanús
Atlético-MG x Lanús decidem a Sul-Americana 2025 neste sábado, em Assunção; veja como chegam os finalistas e onde assistir
Ata do Fed revela que muitos dirigentes queriam manter juros inalterados até o fim do ano e alerta para risco nas ações de tecnologia
Dirigentes divergiram na última reunião sobre a necessidade de novos cortes nas taxas de juros, citando inflação elevada
O novo menor país da história a disputar uma Copa tem o tamanho de Curitiba e não tem nenhum jogador nascido em seu território
Com apenas 158 mil habitantes e 444 km², Curaçao se torna o menor país a disputar uma Copa — e o primeiro a chegar ao Mundial sem nenhum jogador nativo
O carro que definiu uma geração está de volta — e você não vai reconhecê-lo
O carro que dominou o país na passagem dos anos 1980 para os 1990 volta repaginado e pronto para disputar um novo mercado
Brasil x Tunísia: veja onde assistir ao amistoso e saiba o horário da partida
Confira onde e quando assistir ao amistoso entre Brasil x Tunísia, que faz parte da preparação da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026
Antes de Atlético-MG x Lanús, estádio da final da Copa Sul-Americana 2025 virou palco de uma guerra por um território que também é do Brasil
Antes de receber Atlético-MG x Lanús na final da Copa Sul-Americana 2025, o Defensores del Chaco foi cenário de guerra, confronto territorial e reconstrução histórica
Casa Branca vê baixo risco de derrota sobre tarifas na Suprema Corte, diz Bessent
A decisão, aguardada para as próximas semanas, pode afetar cerca de US$ 200 bilhões em receitas alfandegárias já cobradas
EUA quer concluir acordo sobre terras raras com a China até o Dia de Ação de Graças, diz secretário do Tesouro
No mês passado, os EUA concordaram em não impor tarifas de 100% sobre as importações chinesas até fechar um novo acordo
Menos Apple (AAPL34), mais Google (GOGL34): Berkshire Hathaway vira a mão em sua aposta nas big techs
Essa foi a última apresentação do portfólio antes do fim da gestão de 60 anos de Warren Buffett como diretor executivo
EUA recuam em tarifas: Trump assina isenção para café, carne e frutas tropicais
A medida visa conter a pressão dos preços dos alimentos nos EUA e deve ser positiva para as exportações brasileiras
Ao som de música tema de Rocky, badalado robô humanoide russo vai a ‘nocaute’ logo na estreia; assista ao tombo
A queda do robô AIDOL, da Rússia, durante uma apresentação em uma feira de tecnologia gerou repercussão. A empresa responsável explicou o incidente e compartilhou a recuperação do humanoide
Sinais? Nave? Mistério? O que realmente sabemos sobre o cometa 3I/Atlas
Enquanto estudos confirmam que o 3i/Atlas apresenta processos naturais, rumores sobre “sinais” e origem alienígena proliferam nas redes sociais
A maior paralisação da história dos EUA acabou, mas quem vai pagar essa conta bilionária?
O PIB norte-americano deve sofrer uma perda de pelo menos um ponto percentual no quarto trimestre de 2025, mas os efeitos do shutdown também batem nos juros e nos mercados
Revolução ou bolha? A verdade sobre a febre da inteligência artificial
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, e Enzo Pacheco, analista da Empiricus, falam no podcast Touros e Ursos sobre o risco de bolha e a avaliação das empresas ligadas à IA