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Guilherme Castro Sousa

TUDO OU NADA

Caos na Coreia do Sul: revogação de lei marcial pode não ser o suficiente para recuperar confiança no país 

Lei marcial abalou o país e uniu oposição e ex-aliados contra o presidente que embarcou em uma possível tentativa de golpe, segundo militares

Guilherme Castro Sousa
3 de dezembro de 2024
19:30 - atualizado às 19:14
Imagem: Wikimedia Commons

A Coreia do Sul viveu uma reviravolta nesta terça-feira (quarta no horário local), que ameaçou jogar a Ásia em uma crise. Durante a madrugada, o presidente Yoon Suk Yeol pegou todo mundo de surpresa ao decretar lei marcial — uma medida extrema que coloca os militares no comando, geralmente reservada para situações de emergência — mas que não durou muito tempo.

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O impacto foi imediato: protestos nas ruas, mercados em queda e um susto que reverberou por toda a Ásia. Mas o movimento saiu pela culatra. 

Em poucas horas, a Assembleia Nacional — com apoio até de membros do próprio partido de Yoon, o Partido do Poder do Povo — anulou o decreto. Encurralado, o presidente teve que voltar atrás, prometendo encerrar oficialmente a lei marcial e retirar as tropas mobilizadas.

Economia da Coreia da Sul se abala mas continua flutuando

No meio desse caos, a economia sentiu o baque. O won, moeda sul-coreana, caiu para o nível mais baixo em dois anos frente ao dólar. No entanto, assim que o parlamento barrou a medida, a moeda conseguiu uma recuperação rápida, subindo 1%.

Os ETFs e as ações de empresas sul-coreanas listadas nos Estados Unidos também foram arrastados pela turbulência. O MSCI South Korea ETF chegou a despencar 6,5% no intraday, mas reduziu as perdas para 1,8% no fechamento. 

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Empresas como Coupang e Posco Holdings viram suas ações caírem mais de 3% e 4%, respectivamente. Já KT Corp. e KB Financial tiveram recuos mais leves, entre 0,8% e 1,8%.

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A instabilidade não poderia vir em pior momento. A economia asiática já enfrenta desafios com a desaceleração da China, e a Coreia do Sul é peça-chave nesse tabuleiro. Um abalo político dessa magnitude só aumenta a desconfiança de investidores sobre a região.

Cartada final de um presidente falido

A popularidade de Yoon Suk Yeol despencou para menos de 20%, e isso pode ter sido o estopim para a polêmica declaração de lei marcial. 

Para Robinson Farinazzo, militar reformado da Marinha do Brasil, a medida foi um golpe — ou ao menos uma tentativa de golpe.

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“Isso foi um golpe, uma tentativa de golpe de estado. Ele usou uma brecha na Constituição, tentou um golpe. Parece que há conivência dos militares, mas a sociedade e as instituições da Coreia do Sul reagiram com presteza”, analisou Farinazzo.

Yoon justificou sua decisão com duras críticas à oposição, acusando-a de travar o governo com “ações imprudentes” como tentativas de impeachment e bloqueios legislativos. 

Nos últimos meses, o presidente e o Partido Democrata, que controla o parlamento, estavam em rota de colisão por causa do orçamento de 2025.

O movimento histórico da Coreia durou pouco

Foi um movimento histórico — e arriscado. A lei marcial não era decretada na Coreia do Sul desde 1979

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Sob a medida, Yoon proibiu atividades políticas e atos que “incitem desordem social”, além de mobilizar unidades militares para reforçar sua autoridade.

“Declaro lei marcial para proteger a República Livre da Coreia contra a ameaça das forças comunistas da Coreia do Norte, erradicar as desprezíveis forças anti estatais pró-Coreia do Norte que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo e proteger a ordem constitucional livre”, justificou Yoon.

Mas a decisão gerou um forte repúdio, inclusive entre seus aliados. Han Dong-hoon, presidente do Partido do Poder do Povo, e Oh Se-hoon, prefeito de Seul, manifestaram oposição à medida ainda na noite de terça-feira. 

Choo Kyung-ho, líder do partido no parlamento, revelou que ficou sabendo do decreto pela imprensa — um indicativo do isolamento político de Yoon.

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Por enquanto Yoon Suk se mantém presidente, mas a expectativa é que a oposição ganhe ainda mais força após o dia de hoje.

*Com informações da CNBC

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