Walmart vai vender todas as ações da gigante chinesa JD.Com após 8 anos de investimentos; ações reagem em forte queda em Nova York e Hong Kong
A Walmart era a maior acionista individual da JD.Com, uma das gigantes chinesas do setor de comércio eletrônico da China
O Walmart está recalculando a rota e resolveu abrir mão de uma sociedade de oito anos na China. A varejista norte-americana decidiu vender toda a sua participação na gigante do comércio eletrônico chinês, a JD.Com, e tentar fortalecer suas próprias marcas no país.
Com uma parceria estratégica iniciada em junho de 2016, o Walmart tornou-se o maior acionista individual da gigante de e-commerce e chegou a deter quase 10% dos papéis da companhia chinesa, também conhecida como Jingdong.
Hoje, a empresa norte-americana confirmou a intenção de se desfazer de todas as suas ações da JD.Com.
A transação pode levantar até US$ 3,74 bilhões para o Walmart, que oferece os papéis no valor de US$ 24,85 a US$ 25,85, de acordo com a Reuters.
Os preços ofertados pela empresa representam um desconto de até 11,8% em relação ao preço de fechamento desta terça-feira (21), quando os ativos da Jingdong alcançaram o valor de US$ 28,19.
Em nota enviada ao canal norte-americano CNBC, o Walmart informou que a venda da participação permitirá que a empresa se concentre em sua própria operação no país (por meio da Walmart China e do Sam’s Club) e redirecione investimentos.
Leia Também
- LEIA TAMBÉM: SD Select entrevista analista e libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
JD.Com promove programa de recompra
Enquanto o Walmart despeja as ações no mercado, a gigante do e-commerce chinês afirmou nesta quarta-feira (21) que já empenhou US$ 390 milhões na recompra das próprias ações.
A iniciativa faz parte de um plano que prevê a aquisição de US$ 3 bilhões em ativos. O programa de recompras de ações foi aprovado ainda em março deste ano.
No entanto, o anúncio não foi o suficiente para apaziguar o humor dos acionistas. As ações listadas em Hong Kong da JD.Com fecharam em queda de 8,73% hoje. Já os papéis negociados em Nova York caíam a 5,30%, por volta das 13h30 (horário de Brasília).
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? Enzo Pacheco participa de entrevista no SD Select e libera uma carteira gratuita com 10 ações americanas para comprar agora. Clique aqui e acesse.
Período difícil na China corta o clima
A relação entre o Walmart e a JD.Com, considerada a maior companhia no setor de e-commerce chinês, começou quando a varejista norte-americana vendeu a própria loja de alimentos online, Yihaodian, em troca de 5% de participação na Jingdong.
O objetivo era estimular a colaboração entre as duas companhias, o que rendeu a presença do Walmart e sua rede de negócios exclusivos, o Sam's Club, nas plataformas de comércio eletrônico da JD.Com.
No entanto, o setor de eletrônicos da China vem enfrentando dificuldades. Isso porque a queda na demanda dos consumidores, em conjunto com o aumento da concorrência, tem incentivado uma guerra brutal contra os preços.
E não é só a JD.Com que vem sentindo os impactos. A rival Alibaba, da PDD Holdings, apresentou uma queda de 29% dos lucros líquidos no segundo trimestre deste ano.
Apesar da disputa por consumidores, a JD.Com apresentou resultados acima dos projetados por analistas. A empresa registrou lucro líquido no valor de 2,6 bilhões yuan chinês, um aumento de 92% na comparação com o mesmo período de 2023.
Porém, as preocupações com o mercado chinês ainda abalam a confiança dos investidores. As ações da Jingdong apresentaram uma queda de quase 22% apenas no último ano.
- AMD, McDonalds e outras 8 ações americanas para comprar agora: analista especializado em BDRs libera carteira com 10 papéis de alto potencial. Clique aqui e acesse gratuitamente.
O fim dos investimentos do Walmart na JD.Com
Enquanto a ex-parceira sofre no mercado chinês, o Walmart apresenta resultados animadores, impulsionados pelos seus resultados no setor de e-commerce.
Durante a temporada de balanços do segundo trimestre de 2024, a varejista norte-americana apresentou receita de US$ 169,3 bilhões, um aumento de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo a XP Investimentos, a companhia se beneficia da queda no padrão de consumo, que é causada devido a uma contração monetária e desaceleração da economia dos EUA.
O mesmo vem ocorrendo na China, o que abriu oportunidade para a Walmart tentar um voo solo.
- “O dólar perfeito nunca vai existir”, diz analista Enzo Pacheco ao SD Select. Veja por que você não deve esperar a moeda cair para buscar lucros
Isso porque a alta dos custos na região está aumentando a popularidade dos produtos da varejista dos EUA, que está investindo cada vez mais no desenvolvimento dos próprios negócios no território asiático.
No último trimestre, o Walmart registrou um aumento de 17,7% na receita anual dos negócios na China, no valor de US$ 4,6 bilhões.
Com a venda das ações da JD.Com, a varejista planeja dobrar os negócios de depósito exclusivos, como o Sam's Club, na região.
No entanto, a separação não será total. Em comunicado, o Walmart afirmou que está comprometido com um relacionamento comercial contínuo com a empresa chinesa.
Já a JD.Com disse em nota que está "cheia de confiança na futura cooperação entre os dois lados".
*Com informações do Yahoo!Finance, Financial Times, CNBC e Reuters
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026