Vale (VALE3) perde quase R$ 7 bilhões em valor de mercado e relatório de produção vem aí — mineradora pode ter mais de um vilão no 2T24
A Vale apresenta após o fechamento do mercado desta terça-feira (16) os dados operacionais referentes do segundo trimestre e a conjuntura não está favorável para mineradora
As ações da Vale (VALE3) iniciaram o dia como a segunda maior queda do Ibovespa em um sinal de cautela do mercado antes do relatório de produção e vendas da mineradora referente ao segundo trimestre de 2024, que será divulgado nesta terça-feira (16) após o fechamento dos negócios.
O pé atrás se justifica: a mineradora perdeu R$ 6,76 bilhões em valor de mercado à medida em que a queda do minério de ferro e o temor envolvendo uma desaceleração econômica na China pesam.
Entre abril e junho, a economia chinesa registrou o pior ritmo de expansão em cinco trimestres. Varejo fraco, uma prolongada crise no setor imobiliário e a insegurança no emprego prejudicaram a recuperação do país.
O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda maior economia do mundo cresceu 4,7% no segundo trimestre do ano, de acordo com dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas (NBS).
Esse foi o ritmo mais lento desde o primeiro trimestre de 2023 e abaixo da previsão de 5,1% em uma pesquisa da Bloomberg. Também houve uma desaceleração em relação à expansão de 5,3% do trimestre anterior.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem o portfólio atual
Um combo explosivo: Vale, China e o minério de ferro
As preocupações com o crescimento da China pesaram hoje no minério de ferro — a commodity caiu -0,96% em Dalian e -1,55% em Cingapura e acabou pesando sobre a maior parte do setor de mineração e siderurgia da bolsa brasileira.
Leia Também
A Vale chegou a cair mais de 2% na manhã de hoje, figurando como a segunda maior queda do Ibovespa. Por volta de 15h, as ações VALE3 recuavam 1,52%, cotadas a R$ 62,03.
No mesmo horário, CSN (CSNA3) caía 2,53%, a R$ 13,12, enquanto a CSN Mineração (CMIN3) baixava 2,17%, a R$ 5,42. Usiminas (USIM5) tinha queda de 1,22%, a R$ 8,07.
A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) e a Gerdau (GGBR3) eram as únicas a ir na contramão do setor, subindo 0,45% e 1,26%, respectivamente.
AÇÕES PAGADORAS DE DIVIDENDOS ESTÃO IMUNE DE QUEDA DA BOLSA?
O que esperar da produção e das vendas da Vale?
A ação com maior peso no Ibovespa, a Vale tem no radar o relatório de produção e vendas do segundo trimestre, que será divulgado após o fechamento dos mercados.
O analista da Empiricus, Ruy Hungria, diz que não é só a cautela com os dados operacionais que pesam sobre a Vale hoje.
“O mercado está com a luz de alerta ligada para a Vale por conta da desaceleração da China, que acaba pesando sobre a demanda por minério de ferro. A gente também tem que lembrar que o setor imobiliário é um problema para a China e os efeitos na economia estão sendo acompanhados de perto pelos investidores”, afirma.
Nas contas do Santander, os preços médios do minério de ferro diminuíram 6% no segundo trimestre de 2024 na comparação com o trimestre anterior e, ainda assim, a Vale pode apresentar boa performance.
O banco espera que os preços mais fortes do níquel e do cobre mais do que compensem os custos mais elevados e preços mais baixos do minério.
Já a Genial Investimentos estima um lucro líquido de US$ 2,1 bilhões para a Vale no segundo trimestre, mas aponta que os overhangs (pressões de baixa), como a situação de Mariana, ainda existem e geram desconfiança nos investidores em relação à mineradora.
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída
Concessão da Enel em risco: MP pede suspensão da renovação, e empresa promete normalizar fornecimento até o fim do dia
O MPTCU defende a divisão da concessão da Enel em partes menores, o que também foi recomendado pelo governador de São Paulo
Cemig (CMIG4) promete investir cifra bilionária nos próximos anos, mas não anima analistas
Os analistas do Safra cortaram o preço-alvo das ações da empresa de R$ 13,20 para R$ 12,50, indicando um potencial de alta de 13% no próximo ano
Casas Bahia (BHIA3) avança em mudança de estrutura de capital e anuncia emissão de R$ 3,9 bilhões em debêntures
Segundo o documento, os recursos obtidos também serão destinados para reperfilamento do passivo de outras emissões de debêntures ou para reforço de caixa
Azul (AZUL4) avança no Chapter 11 com sinal verde da Justiça dos EUA, e CEO se pronuncia: ‘dívida está baixando 60%’
Com o plano aprovado, grande parte da dívida pré-existente será revertida em ações, permitindo que a empresa levante recursos
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista