TSMC nas alturas: Gigante dos chips supera expectativas com lucro robusto no 3T24 — e reduz temores sobre crise dos semicondutores
O lucro líquido da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company subiu 54% frente ao terceiro trimestre de 2023, para US$ 10,1 bilhões
Os entusiastas de inteligência artificial amanheceram em festa nesta quinta-feira (17) — e tudo por causa de um balanço acima de todas as expectativas da gigante dos chips TSMC no terceiro trimestre de 2024.
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company registrou um aumento de 54% no lucro líquido no terceiro trimestre no comparativo anual, que chegou a 325,3 bilhões de dólares taiwaneses (US$ 10,1 bilhões) no fim de setembro.
- Guerra EUA x China pode mudar com as eleições? Mestre em economia avalia possibilidades para acionistas; assista aqui
Já a receita líquida chegou a US$ 23,5 bilhões, um aumento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por sua vez, a margem bruta da TSMC subiu para 57,8%, superando o guidance (projeção) da empresa, de 55,5%.
Segundo a empresa, no último trimestre, o negócio foi “apoiado pela forte demanda relacionada a smartphones e IA para nossas tecnologias líderes do setor”.
Vale lembrar que a TSMC é a maior produtora mundial de chips avançados, atendendo clientes como a Apple e a Nvidia.
Leia Também
Além dos números robustos no trimestre, a companhia ainda revisou para cima as perspectivas para o fim do ano, com novas previsões de crescimento anual da receita nos últimos três meses do ano.
Os ADRs (recibos de ações) da companhia listados em Wall Street subiam 11,48% às 13h53. No ano, a valorização dos papéis em Nova York supera a marca de 104%.
As novas projeções da TSMC
A TSMC também anunciou novas projeções para o faturamento: agora, a expectativa é de uma receita entre US$ 26,1 bilhões e US$ 26,9 bilhões no quarto trimestre.
“Com base na perspectiva atual de negócios, esperamos que nossa receita do quarto trimestre fique entre US$ 26,1 bilhões e US$ 26,9 bilhões, o que representa um aumento sequencial de 13% ou um aumento de 35% ano a ano”, disse o diretor financeiro (CFO) da TSMC, Wendell Huang, em teleconferência de resultados.
A fabricante de chips também espera que as vendas em dólar subam aproximadamente 30% neste ano, acima das projeções anteriores, de um aumento de cerca de 20%.
A gigante dos semicondutores agora prevê que suas despesas de capital para este ano aumentarão para um pouco mais de US$ 30 bilhões.
A empresa também projeta que espera que a receita dos processadores de servidores de IA mais do que triplique este ano, representando cerca de 15% do total de vendas em 2024.
Gigante dos chips alivia preocupações sobre uma potencial crise dos semicondutores
O resultado da TSMC acima das expectativas alivia parte das preocupações sobre a demanda global por chips e a real sustentabilidade do boom da inteligência artificial.
Os medos do mercado se intensificaram nesta semana, após a ASML Holding — parceira holandesa da Nvidia e da própria TSMC — divulgar uma previsão de vendas líquidas menor do que o esperado, fazendo com que as ações despencassem ontem.
A fabricante europeia reduziu o guidance (projeção) de vendas líquidas de 2025, agora entre US$ 32 bilhões e US$ 38 bilhões.
Alguns investidores ainda se questionam sobre a trajetória dos gastos globais com inteligência artificial — e se as gigantes da tecnologia como a Meta e a Alphabet, dona do Google, continuarão a gastar rios de dinheiro em chips e data centers.
Na noite de ontem, após a divulgação do balanço, o CEO da TSMC, CC Wei, tentou silenciar parte destas dúvidas. “A demanda é real e acredito que seja apenas o começo”, disse Wei.
Segundo o CEO, a empresa experimentou o “crescimento mais profundo e amplo de qualquer pessoa neste setor”. “Nós conversamos com nossos clientes o tempo todo, incluindo nossos clientes hyperscale que estão construindo seus próprios chips. E quase todos os inovadores de IA estão trabalhando com a TSMC.”
Na avaliação do Itaú BBA, a TSMC entregou "resultados excelentes em todos os aspectos". "Embora as receitas já fossem conhecidas antes do lançamento, as margens brutas foram muito fortes, com a TSM imprimindo 57,8%", afirmou o banco.
Já para Enzo Pacheco, analista da Empiricus, os números e as expectativas extremamente positivas da TMSC mostraram que o “AI trade” deve seguir firme e forte no curto prazo.
*Com informações da Bloomberg e CNBC.
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
