Pague Menos: ações da rede de farmácias sobem mais de 8% após lucro de R$ 53 milhões no 3T24 — mas é o suficiente incluir PGMN3 na carteira?
Rede cearense de farmácias reverteu o prejuízo registrado no mesmo período do ano passado após melhorias organizacionais e captura de sinergias com a Extrafarma
As ações das companhias que divulgaram resultados do terceiro trimestre repercutem com fortes ganhos ou baixas no pregão seguinte após balanço. Esse é o caso da rede de drogarias Pague Menos (PGMN3), cujos papéis disparam nesta terça-feira (5) em reação aos números do terceiro trimestre.
Por volta das 17h15, PGMN3 saltava 8,41% na B3, a R$ 3,35. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,05%, aos 130.576,67 pontos. No acumulado do ano, os papéis da rede caem 14%. A rede vale hoje aproximadamente R$ 2 bilhões na bolsa.
O impulso das ações da Pague Menos na B3 tomou força após a companhia registrar um desempenho histórico no terceiro trimestre de 2024, com recorde nos quatro principais indicadores, como lucro líquido, receita bruta, Ebitda ajustado e fluxo de caixa livre.
- GRÁTIS: Reportagens, análises e tudo o que você precisa saber sobre esta temporada de balanços para investir melhor; cadastre-se gratuitamente para acessar
Os números da Pague Menos no 3T24
A Pague Menos registrou um lucro líquido de R$ 53,9 milhões entre julho e setembro, revertendo o prejuízo de R$ 400 mil no mesmo período do ano passado. De acordo com a rede, o resultado foi influenciado por um conjunto de ajustes, incluindo um processo de reestruturação organizacional.
A receita líquida no terceiro trimestre foi de R$ 3,271 bilhões, representando um crescimento de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida chegou a 1,5% da receita bruta, uma alta de 1,5% em relação ao terceiro trimestre de 2023.
Já o Ebitda ajustado totalizou R$ 190,7 milhões, crescendo 32,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Com isso, a companhia alcançou margem Ebitda de 5,4%, recorde histórico de rentabilidade operacional para um terceiro trimestre do ano.
Leia Também
Segundo a companhia, os números do terceiro trimestre são resultado da evolução operacional e captura acelerada das sinergias com a rede Extrafarma, que impactaram de forma positiva na rentabilidade e na geração de caixa da Pague Menos no período.
Vale lembrar que a Pague Menos, rede cearense de farmácias e a segunda maior do país, comprou a Extrafarma em agosto de 2022 por R$ 737 milhões, ampliando a rede em 382 lojas.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Chegou a hora de comprar PGMN3?
Para os analistas do BB Investimentos (BB-BI), a Pague Menos divulgou um resultado muito positivo. Os analistas destacaram o aumento expressivo de receita e de “vendas mesmas lojas” — ou seja, em bases comparáveis —, além da diluição de despesas com melhoria da margem Ebitda. O BB-BI também ressaltou a queda no nível de endividamento e a sinergia com a Extrafarma.
Apesar da empresa apresentar estabilidade na margem bruta e um endividamento ainda elevado, mas em queda, os indicadores gerais indicam um cenário positivo para o futuro.
Por ora, no entanto, o BB-BI mantém recomendação neutra para os papéis da Pague Menos, com um preço-alvo de R$ 3,95 para o final de 2024, “até que os números do 3T24 sejam incorporados em nosso valuation”, afirmam os analistas. O valor representa uma alta de 28% em relação ao preço no fechamento anterior da ação.
Na visão dos analistas do JP Morgan, os números da Pague Menos mostraram melhorias operacionais, apesar da pressão contínua de despesas financeiras altas. “De modo geral, esperamos uma reação positiva do preço das ações aos resultados, dadas as tendências operacionais em melhoria e o ganho de participação de mercado em todas as regiões do Brasil, devido ao crescimento acima da inflação nas vendas em lojas maduras”.
No entanto, o JP Morgan ainda classifica as ações PGMN3 como “underweight”, equivalente à venda.
O Itaú BBA, por sua vez, considerou os resultados sólidos do balanço da Pague Menos. Para os analistas, os ganhos de produtividade após a sinergia com a Extrafarma resultaram em aumentos de participação de mercado da Pague Menos em todas as regiões, apesar do plano de expansão mais lento, o que é visto como uma notícia positiva.
Os analistas mantêm recomendação “market perform” para as ações da rede, equivalente a neutro. O preço-alvo é de R$ 4,20 para 2024, alta de 36% sobre o fechamento anterior.
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados
Dividendos e recompra de ações: a saída bilionária da Lojas Renner (LREN3) para dar mais retorno aos acionistas
A varejista apresentou um plano de proventos até 2030, mas nesta segunda-feira (8) divulgou uma distribuição para os acionistas; confira os prazos
Vale (VALE3) é a ação preferida dos investidores de commodities. Por que a mineradora não é mais a principal escolha do UBS BB?
Enquanto o banco suíço prefere outro papel no setor de mineração, Itaú BBA e BB-BI reafirmam a recomendação de compra para a Vale; entenda os motivos de cada um
Cemig (CMIG4) ganha sinal verde da Justiça de Minas para a venda de usinas
A decisão de primeira instância havia travado inclusive o contrato decorrente do leilão realizado em 5 de dezembro de 2024
Nubank (NU/ROXO34) pode subir cerca de 20% em 2026, diz BB Investimentos: veja por que banco está mais otimista com a ação
“Em nossa visão o Nubank combina crescimento acelerado com rentabilidade robusta, algo raro no setor, com diversificação de receitas, expansão geográfica promissora e a capacidade de escalar com custos mínimos sustentando nossa visão positiva”, escreve o BB Investimentos.
“Selic em 15% não tem cabimento”, diz Luiza Trajano. Presidente e CEO do Magazine Luiza (MGLU3) criticam travas ao varejo com juros nas alturas
Em evento com jornalistas nesta segunda-feira (8), a empresária Luiza Trajano voltou a pressionar pela queda da Selic, enquanto o CEO Frederico Trajano revelou as perspectivas para os juros e para a economia em 2026
IRB (IRBR3) dispara na bolsa após JP Morgan indicar as ações como favoritas; confira
Os analistas da instituição também revisaram o preço-alvo para 2026, de R$ 54 para R$ 64 por ação, sugerindo potencial de alta de cerca de 33%
SpaceX, de Elon Musk, pode retomar posto de startup mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 800 bilhões em nova rodada de investimentos, diz WSJ
A nova negociação, se concretizada, dobraria o valuation da empresa de Musk em poucos meses
Localiza (RENT3) propõe emitir ações preferenciais e aumento de capital
A Localiza, que tem uma frota de 600.000 carros, disse que as novas ações também seriam conversíveis em ações ordinárias
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
