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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

Camille Lima
Camille Lima
21 de novembro de 2024
13:19 - atualizado às 12:37
CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha
CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha - Imagem: Divulgação/Canva Pro/Montagem Seu Dinheiro

Depois de elevar a lucratividade e a rentabilidade no terceiro trimestre de 2024, o CEO do Bradesco (BBDC4), Marcelo Noronha, está focado em aumentar a competitividade diante das altas taxas de juros no país, mas ainda vê desafios no radar — a começar pelo ROE (retorno sobre o patrimônio líquido médio).

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“A gente está mexendo muitas coisas de uma vez só, e não é apenas para aumentar a rentabilidade”, disse o executivo, em entrevista à Bloomberg.

Os planos do Bradesco (BBDC4) para o ROE 

Na agenda do executivo, está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital.

Relembrando, o custo de capital representa o custo total para uma empresa ao financiar suas operações e crescimento por meio de diferentes fontes de capital, incluindo dívidas e capital próprio (equity).

Quando o ROE é superior ao custo de capital, significa que a companhia está gerando valor para os acionistas, uma vez que o retorno que recebem sobre os investimentos é maior do que o custo para a empresa ao levantar e utilizar esse dinheiro. 

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No terceiro trimestre, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido do Bradesco (BBDC4) ficou em 12,4%, um aumento de 1,1 ponto percentual (p.p) em relação ao mesmo período de 2023.

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Apesar da recomposição de rentabilidade, o indicador do Bradesco veio levemente abaixo do esperado pelas projeções compiladas pelo Seu Dinheiro, que apontavam para uma rentabilidade média de 12,8% entre julho e setembro, e também foi o menor ROE entre os principais nomes do setor bancário no período.

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, afirmou Noronha, durante o evento CEO Forum, realizado nesta semana pelo Bradesco BBI em Nova York. 

Ainda que não tenha “data nem hora para acontecer”, Noronha destaca que o quarto trimestre e os resultados sequenciais que estão por vir já devem trazer melhorias nos números do bancão.

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“Estamos trabalhando para entregar ROEs cada vez melhores. Estamos crescendo, mas temos os pés no chão.”

CEO quer crescer a carteira de crédito, mas com menor apetite a risco

Para Noronha, o portfólio de crédito no Brasil pode aumentar em torno de R$ 3 trilhões entre 2023 e 2028 — e o Bradesco poderia surfar o crescimento da carteira, se tornando responsável por pelo menos 15% dessa fatia.

“Isso pode gerar uma receita bruta adicional de até R$ 45 bilhões, dependendo do mix. Em 2023, essa receita foi de cerca de R$ 65 bilhões. É um mercado com muito potencial”, disse.

O Bradesco tem planos de ganhar espaço no mercado de crédito até 2028, período que mira o plano estratégico desenhado por Noronha para aumentar a rentabilidade do banco. 

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Essa estratégia de retomada do crescimento da carteira já faz parte do “core” do plano de “turnaround do Bradesco desde o início da gestão do CEO.

Vale lembrar que o executivo assumiu o comando no fim do ano passado, com um mandato de reestruturar o banco após uma sequência de resultados ruins desde 2022.

Na época, as finanças do Bradesco foram atingidas pelas provisões para perdas com empréstimos nas alturas depois que a maior oferta de crédito durante a pandemia se traduziu em atrasos nos pagamentos e recuperações judiciais se espalhando no mundo corporativo.

Apesar dos planos para a carteira, o objetivo do Bradesco é manter o conservadorismo na concessão de crédito, com apetite de risco mais rigoroso e foco em linhas de menor risco de inadimplência.

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Como o Banco Central deixou a porta aberta para novos apertos na Selic nas próximas reuniões, as instituições financeiras tendem, em geral, a ser mais conservadores para evitar outras rodadas de inadimplência elevada nos empréstimos. 

O próprio CEO do Bradesco afirma que não pretende “fazer maluquice com crédito para entregar resultado” — especialmente quando há a expectativa de que as taxas de juros no Brasil, atualmente em 11,25% ao ano, continuem a subir nos próximos meses.

É preciso destacar que a aposta em segmentos mais seguros, como empréstimos consignados, se traduzem em prêmios de risco de crédito menores — e, portanto, mais baixo retorno.

“Continuamos trabalhando com uma expansão de 9% em nossa carteira de crédito, mas temos um portfólio muito mais seguro, que nos dá tranquilidade para desacelerar um pouco o ritmo de crescimento em um cenário de maior estresse”, disse Noronha à Bloomberg. 

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*Com informações da Bloomberg e do Brazil Journal.

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