Magazine Luiza (MGLU3) supera previsões com lucro no 1T24, aumento de margem e caixa estável; confira os números da varejista
As vendas nas lojas físicas cresceram 8% entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto o marketplace avançou 6%
Depois que a Casas Bahia (BHIA3) apresentou resultados pressionados, mas melhores do que o esperado no primeiro trimestre, o desempenho do Magazine Luiza (MGLU3) no período estava sendo bastante aguardado pelos investidores, que tentam medir a temperatura do varejo brasileiro — e o Magalu superou as projeções.
Nesta quinta-feira (9), a companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 29,8 milhões entre janeiro e março, revertendo um prejuízo líquido ajustado de R$ 309,4 milhões na comparação com o mesmo período do ano anterior. Sem ajustes, o lucro líquido do período somou R$ 27,9 milhões, uma reversão de R$ 391,2 milhões em perdas de um ano antes. O resultado veio bem melhor que a projeção de prejuízo líquido de R$ 6,52 milhões, de acordo com dados da Bloomberg.
A receita líquida do Magazine Luiza totalizou R$ 9,2 bilhões no primeiro trimestre, o que representa uma alta de 1,9% em relação ao mesmo período de 2023. O mercado esperava R$ 9,43 bilhões em receitas.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), por sua vez, foi de R$ 684,9 milhões no trimestre, um resultado 111,3% maior em termos anuais e acima também da estimativa da Bloomberg de R$ 679,7 milhões para o período. O Ebitda ajustado somou R$ 687,8 milhões, alta de 53,5% na comparação ano a ano.
A margem Ebitda do Magazine Luiza subiu 3,8 pontos percentuais (pp), para 7,4%, enquanto a margem Ebitda ajustado subiu 2,5 pp, para os mesmos 7,4%.
Já a geração de caixa operacional nos últimos 12 meses foi de R$ 2,7 bilhões, influenciada pela evolução no resultado operacional e no capital de giro. Entre janeiro e março, o capital de giro foi R$ 2,1 bilhões melhor do que no mesmo período do ano anterior.
Leia Também
O Magalu encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido ajustado de R$ 2,4 bilhões, um aumento de R$ 2,5 bilhões na comparação anual, e uma posição de caixa total de R$ 9 bilhões, estável comparada ao quarto trimestre de 2023.
A dívida líquida, por sua vez, totalizou R$ 4,3 bilhões ante projeção de R$ 8,11 bilhões segundo a Bloomberg.
- Os balanços do 1T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Mercado Livre: uma ameaça ao Magazine Luiza?
O Mercado Livre (MELI34) é uma das grandes preocupações para o e-commerce brasileiro, especialmente após os resultados robustos divulgados na semana passada — além de ver o lucro disparar 71% no primeiro trimestre, o volume de vendas (GMV) do Meli aumentou 36% no Brasil em relação ao mesmo período de 2023.
E um dos riscos para o Magazine Luiza (MGLU3) é justamente o aumento da competição no mercado de marketplace 3P — quando a varejista realiza todo o processo de venda e entrega.
O e-commerce do Magalu atingiu R$ 11 bilhões em vendas no período, crescendo 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. As vendas do marketplace atingiram R$ 5 bilhões, uma alta de 6% em base anual, consolidando-se como o segundo maior canal de vendas e representando mais de 40% das vendas on-line.
Nas lojas físicas, as vendas do Magazine Luiza atingiram R$ 5 bilhões no trimestre, um aumento de 8% em comparação com o mesmo período de 2023. No critério mesmas lojas, o crescimento atingiu 9%. Com isso, o Magalu expandiu sua participação de mercado em 0,7 pp entre janeiro e março.
Leia também:
- Magazine Luiza (MGLU3): antigos donos do KaBuM! pedem assembleia para responsabilizar Fred Trajano por erro no balanço da varejista
- Magazine Luiza (MGLU3) deixa o vermelho e quita R$ 2,1 bilhões em dívidas — logo após rival entrar em recuperação extrajudicial
O desempenho do MagaluPay
O volume total de transações processadas (TPV) da fintech do Magazine Luiza atingiu R$ 24,9 bilhões entre janeiro e março, uma alta de 6% em base anual. Um dos destaques foi o crescimento de 14% no volume de pagamentos para sellers e nas contas digitais MagaluPay.
Em cartão de crédito, o faturamento atingiu mais de R$ 14,1 bilhões no trimestre, aumento de 3% em base anual — com 7 milhões de cartões de crédito emitidos e R$ 20 bilhões em carteira de crédito.
Destaque para a queda sequencial nas taxas de inadimplência — 3,4% e 9,4% no curto e longo prazos, respectivamente — e o lucro líquido da Luizacred (R$ 13 milhões).
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]