Fantasma de investigação de cartel volta para assombrar a Tegma (TGMA3) após cinco anos e banco de investimentos rebaixa recomendação das ações; entenda
O mercado repercute a notícia de que o Cade instaurou um processo administrativo contra a companhia que é fruto de uma investigação de 2019
Um fantasma que assombrou as ações da Tegma (TGMA3) em 2019 retornou e volta a provocar problemas para os papéis da empresa de logística nesta sexta-feira (19). Por volta das 11h10, as ações TGMA3 operavam em queda de 3,8%, a R$ 24,28.
O mercado repercute a notícia de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) instaurou um processo administrativo contra a companhia e outras empresas do mercado de transporte de veículos.
O movimento do Cade também levou o BTG Pactual a rebaixar a recomendação dos papéis de compra para neutra.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Relembre o caso
O banco de investimentos relembra, em relatório divulgado mais cedo, que o processo do órgão deriva de uma investigação da Polícia Federal deflagrada em 2019 e chamada de Operação Pacto na qual a Tegma foi alvo de mandados de busca e apreensão.
A PF apurou denúncias sobre a formação de um cartel de "cegonheiros", como são chamados os veículos que transportam outros automóveis novos.
A Tegma e outras empresas teriam agido em conluio para segurar artificialmente o valor do frete no transporte de veículos importados, especialmente os fabricados pela montadora sul-coreana Kia.
Leia Também
Na época, a companhia alegou que a investigação da PF foi iniciada após um acordo de leniência firmado por uma concorrente.
"Esta não é a primeira vez que a mesma empresa concorrente tenta envolver o nome da Tegma em falaciosas acusações de infração à ordem econômica, sendo certo que em todas as outras oportunidades, os procedimentos iniciados por esta leniente que veiculavam a mesma espécie de acusações têm sido sistematicamente arquivados", dizia o fato relevante compartilhado na ocasião.
A Tegma destacou ainda que a operação com a Kia já havia sido encerrada em 2015 e representava um volume "irrisório" para os negócios.
- E-BOOK LIBERADO: o Seu Dinheiro consultou especialistas do mercado financeiro para descobrir onde estão as melhores oportunidades de investimento para o 2º semestre de 2024; baixe aqui
A situação atual da Tegma (TGMA3)
Agora, porém, o Cade decidiu instaurar um processo administrativo em face da empresa e de outras companhias do setor ainda com base na investigação de 2019.
De acordo com o comunicado enviado pela Tegma à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ontem, o tema deve tramitar com a apresentação de defesas e instrução probatória.
A companhia destaca que, em outras ocasiões, o Cade arquivou processos semelhantes iniciados por denúncias vindas da mesma fonte e confia que o desfecho do caso atual será o mesmo.
BTG Pactual acredita que processo vai afetar as ações TGMA3
Já o BTG Pactual relembra que as ações da TGMA3 foram duramente afetadas pelas investigações de 2019 e se recuperaram no início de 2020.
O banco de investimentos afirma que processos do tipo costumam ser demorados, o que deve impactar negativamente as ações da companhia.
"O fato de que o processo começou apenas hoje, apesar da investigação ter sido realizada anos atrás, sugere que ele pode demorar um pouco para terminar. Os investidores provavelmente esperarão por mais notícias antes de recuperar confiança nas ações.
Portanto, os analistas esperam que os papéis sejam negociados por valores aquém dos fundamentos enquanto houver "mais perguntas do que respostas" e optaram por rebaixar a recomendação para neutra, com preço-alvo de R$ 23.
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
