Debandada na AgroGalaxy (AGXY3): CEO e mais 5 conselheiros deixam a empresa em meio a queda acumulada de 68% nas ações e prejuízos nos resultados em 2024
Companhia do varejo de insumos agrícolas elegeu Eron Martins como presidente-executivo após renúncia de Axel Jorge Labourt
Os investidores da AgroGalaxy (AGXY3) foram surpreendidos nesta quarta-feira (18) com a notícia de renúncia do CEO, Axel Jorge Labourt, e mais cinco membros do conselho de administração da plataforma de varejo de insumos agrícolas voltados para o agronegócio.
Em comunicado enviado nesta manhã à CVM, a empresa comunicou sobre os cinco conselheiros que renunciaram aos cargos na companhia. São eles:
- Mauricio Luís Luchetti renunciou à posição de membro do Comitê de Auditoria Estatutário e de membro coordenador e efetivo do Comitê de Pessoas;
- Eduardo de Almeida Salles Terrare renunciou ao cargo de membro independente do Conselho de Administração;
- Benildo Carvalho Teles renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração;
- Welles Clovis Pascoal, deixou o cargo de membro do Conselho de Administração, renunciando também ao cargo de membro do Comitê de Sustentabilidade;
- Larissa Yastrebov Pomerantzeff renunciou ao cargo de membro do Conselho de Administração, deixando também os cargos de coordenadora e membro efetivo do Comitê de Sustentabilidade, membro efetivo do Comitê Financeiro e membro efetivo do Comitê de Pessoas.
- Nem PETR4, nem VALE3: analista recomenda outras 5 ações “fora do radar” para buscar dividendos; veja quais
Empresa anuncia novo CEO
Axel Jorge Labourt, que também era membro do comitê de sustentabilidade, do comitê de pessoas e do comitê financeiro, será substituído por Eron Martins, segundo a AgroGalaxy.
Atualmente, Eron ocupa o cargo de diretor financeiro e de relações com investidores na empresa. O executivo vai assumir a posição como CEO e continuar interinamente no comando das áreas atuais, informou a companhia em comunicado ao mercado.
Na companhia desde 2023, Eron Martins tem mais de 28 anos de carreira nas áreas financeira, tecnologia da informação, agronegócio, indústria e metalurgia.
Ele também já foi CFO da fabricante de vidros Nadir Figueiredo, Lavoro Agro, Adama, AGREX e da operação de embalagens de vidro do Grupo Saint-Gobain. O executivo também foi conselheiro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP)
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No comunicado, a AgroGalaxy informou que vai eleger novos membros para o conselho de administração da companhia e o comitê de auditoria estatutária da companhia.
“O AgroGalaxy agradece aos Srs. Axel Jorge Labourt, Mauricio Luis Luchetti, Eduardo de Almeida Salles Terra, Benildo Carvalho Teles, Welles Clovis Pascoal e à Sra. Larissa Yastrebov Pomerantzeff, por todo trabalho e contribuição dedicados à Companhia ao longo dos seus respectivos mandatos e deseja ao Sr. Eron Martins sucesso no seu novo cargo.”
Ações da AgroGalaxy (AGXY3) já tombaram 90% desde o IPO
No comunicado à CVM, a AgroGalaxy não informou os motivos da renúncia do CEO e de seus conselheiros.
Desde a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa na B3, em julho de 2021, os papéis da companhia que atua na comercialização de insumos agrícolas já tombaram quase 90%. No ano de 2024, as ações acumulam queda de 68%.
No pregão desta quarta-feira, as ações AGXY3 reagiram com leve queda ao anúncio da debandada de executivos. Por volta das 12h30, a ação caía 0,88%, a R$ 1,12.
Em 2024, a AgroGalaxy acumula uma sequência de prejuízo nos resultados. No primeiro trimestre, os resultados fracos refletiram um cenário difícil para o setor rural, principalmente com as margens menores dos produtores. O prejuízo líquido ajustado foi de R$ 249,7 milhões, ampliando em 158,3% as perdas registradas em igual período do ano anterior.
Já no segundo trimestre, a companhia controlada pelo Aqua Capital registrou mais um prejuízo. O resultado líquido ajustado entre abril e junho ficou negativo em R$ 362,4 milhões, ampliando o prejuízo de R$ 257,1 milhões registrado em igual intervalo de 2023.
Em um relatório de maio, o Citi já havia avisado que este seria um ano difícil para a companhia. Mesmo assim, manteve a recomendação de compra/alto risco — justificada pela pequena capitalização de mercado e baixa liquidez — para os papéis da AgroGalaxy.
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