ClearSale (CLSA3): prejuízo dispara mais de 400% e receita cai no 2T24, mas CEO prevê virada até o fim do ano; confira os números do balanço
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Eduardo Mônaco afirmou que a estratégia de diversificação de mercados e produtos já começou a dar frutos — e deve continuar a impulsionar a receita daqui para frente
Ainda que a transição estratégica da ClearSale (CLSA3) não tenha sido capaz de tirar a companhia do vermelho até o segundo trimestre de 2024, o CEO Eduardo Mônaco afirma que não vai demorar muito mais até uma virada nos resultados.
A companhia de soluções antifraude registrou um prejuízo líquido de R$ 10,8 milhões entre abril e junho, uma piora de 476,7% em relação às perdas de R$ 1,9 milhão do mesmo período do ano anterior.
- Receba em primeira mão as análises dos balanços do 2T24. Clique aqui e acesse relatórios de investimentos gratuitos, feitos pelos profissionais da Empiricus Research.
Na mesma base de comparação, a receita líquida caiu 6,1%, para R$ 118,9 milhões. Apesar do recuo, o faturamento do segmento de “application fraud” subiu mais de 27% no período.
Em uma reestruturação iniciada em 2023, a companhia decidiu “sacrificar” temporariamente a receita para priorizar um aumento de margens, em um reposicionamento de soluções para negócios mais rentáveis no longo prazo.
“A expectativa é que, no terceiro e no quarto trimestres, a empresa siga uma melhoria contínua dos indicadores até que eles voltem a ser positivos, potencialmente ainda em 2024”, disse Mônaco, em entrevista ao Seu Dinheiro.
Nesse sentido, a ClearSale optou por reduzir a dependência das grandes varejistas e focar em clientes da “nova economia do e-commerce” — como pequenas e médias empresas do comércio digital e outros segmentos como farmácias e supermercados — em busca de rentabilidade e sustentabilidade financeira, de acordo com o CEO.
Leia Também
ClearSale (CLSA3) no vermelho
Junto com o prejuízo, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da ClearSale foi negativo em R$ 10,4 milhões, um aumento de 219,8% frente às perdas de R$ 3,3 milhões do segundo trimestre de 2023.
A empresa também voltou a registrar queima de caixa no segundo trimestre, com geração de caixa operacional negativa em R$ 7 milhões. Já no acumulado do ano, a cifra segue positiva em R$ 22,5 milhões.
O número foi impactado pelo pagamento do PLR (programa de participação nos lucros e resultados) de 2023, no montante de R$ 20,6 milhões, de acordo com a companhia.
Se desconsiderado o efeito do PLR — já que, em 2023, não houve pagamento do bônus —, a geração de caixa anual seria de R$ 43,1 milhões, aumento de R$ 11,5 milhões comparado com o mesmo período do ano anterior.
“Temos uma posição de caixa confortável e o nosso foco nesse momento é passar por essa transição estratégica sem grandes loucuras e investimentos adicionais ao longo dos próximos trimestres. Assim que passarmos a gerar caixa, isso nos abre opcionalidades de caminhos para investir em teses que aceleram o crescimento da empresa”, destacou o CEO.
Questionado sobre as negociações de venda para a Experian, dona da Serasa no Brasil, ou outros interessados, o diretor financeiro (CFO) da ClearSale, Alexandre Mafra, afirmou que não comentará sobre esse tipo de transação, mas ressaltou que a companhia mantém conversas estratégicas com vários players de mercado.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Os indicadores que deixam o CEO otimista com o futuro
Apesar das perdas no faturamento e números ainda pressionados no segundo trimestre, na avaliação do CEO da ClearSale (CLSA3), a diversificação de mercados e produtos já sinaliza um cenário positivo para a receita no futuro.
“O que nos anima muito e demonstra resiliência para o futuro é enxergar que a gente tem essa nova ClearSale de tecnologias e produtos novos com vendas muito fortes”, afirmou Mônaco.
“Como somos uma empresa de venda recorrente, nosso foco extremo tem sido fazer essas vendas novas, porque elas empilham para uma safra muito boa no ano que vem, com rentabilidade e produtos novos alinhados à estratégia do cliente, que deve contribuir para um crescimento ali na frente.”
A receita bruta de vendas novas, que contabiliza o faturamento com produtos vendidos no período, cresceu 61,8% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, para R$ 17,3 milhões.
As vendas recorrentes mensais subiram 38,7% no período, a R$ 12,1 milhões. Por sua vez, o indicador de vendas novas recorrência não mensal — sem previsibilidade mensal de consumo — disparou 162,3% no mesmo intervalo, para R$ 5,3 milhões.
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”
Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente
