Alpargatas (ALPA4) no chinelo: dona da Havaianas reporta prejuízo bilionário no 4T23; ação acumula queda de mais de 20% em 2024
Segundo a administração da empresa, o último ano marcou o início de uma “jornada de recuperação”, mas ainda há desafios a enfrentar; confira os números
Os resultados financeiros da Alpargatas (ALPA4) mais uma vez deixaram a dona da Havaianas no chinelo.
Isso porque a companhia reportou mais um prejuízo no balanço do quarto trimestre de 2023, com as perdas líquidas chegando a R$ 1,6 bilhão entre outubro e dezembro — uma piora de 7.604% no comparativo anual e abaixo das expectativas dos analistas.
A companhia afirma que o resultado foi reflexo do impacto de baixas contábeis no valor das marcas Rothy’s e Ioasys, de R$ 1,08 bilhão e R$ 111 milhões, respectivamente.
Se desconsiderado o efeito dos “itens extraordinários” líquidos de imposto de renda, o lucro líquido normalizado seria de R$ 4,8 milhões.
Segundo a administração da empresa, o último ano marcou o início de uma “jornada de recuperação”, mas ainda há desafios a enfrentar, como a retomada de geração de caixa e controle da trajetória de elevação da alavancagem.
As ações ALPA4 abriram em alta no pregão desta quinta-feira, com recuo de 2,58% por volta das 10h40, a R$ 7,92. No ano, os papéis acumulam baixa de 21%.
Leia Também
O JP Morgan mantém uma visão neutra para a dona da Havaianas, sem preço-alvo estipulado para os papéis.
Para os analistas, apesar da reação negativa das ações na bolsa hoje, o desempenho é aliviado pela geração de fluxo de caixa positivo no último período e pelos comentários da administração de normalização dos estoques dos canais.
- 4T23: Interpretar os números do balanço de uma empresa não é tarefa fácil. Por isso, os analistas da Empiricus vão “traduzir” todos aqueles dados para que você invista melhor e monte uma carteira mais rentável. Clique aqui para receber as análises do 4T23 em primeira mão GRATUITAMENTE.
Outros números do balanço da Alpargatas (ALPA4)
A receita líquida da Alpargatas (ALPA4) chegou a R$ 1 bilhão entre outubro e dezembro de 2023, equivalente a uma queda de 8,5% em relação ao mesmo período do ano anterior e 6% abaixo das expectativas do JP Morgan.
Segundo a empresa, a receita menor foi o resultado do menor volume de vendas no período. No ano, o montante atingiu R$ 3,7 bilhões, recuo de 11% na base ano a ano.
Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, em português) desabou 2.645% frente a igual intervalo de 2022, para uma perda de R$ 1,19 bilhão no quarto trimestre do ano passado.
“Neste trimestre, apesar dos esforços da companhia em otimização operacional, simplificação de estruturas e contenção de despesas, o Ebitda consolidado foi severamente impactado pelos resultados operacionais da divisão internacional da Havaianas, além do impacto de write-off [baixa contábil]”, escreveu a Alpargatas.
VEJA TAMBÉM: ONDE INVESTIR EM FEVEREIRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS, BDRS E CRIPTOMOEDAS - MELHORES INVESTIMENTOS
Nova estratégia da Alpargatas (ALPA4)
As despesas operacionais da Alpargatas (ALPA4) cresceram 293,6% na base anual, para R$ 1,6 bilhão, reflexo do aumento de “itens extraordinários”, como os impairments dos investimentos feitos em Rothy’s e Ioasys e a baixa de intangível relacionada a sistemas.
Enquanto isso, a dívida líquida da companhia recuou 10% ante o quarto trimestre de 2022, para R$ 551,2 milhões.
Com isso, a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado, ficou em 2,6 vezes, um avanço de 1,7 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022.
Segundo a Alpargatas, ainda que o indicador esteja acima do padrão histórico da companhia, “ficou bem longe do cenário que teríamos” se a empresa não tivesse reajustado a estratégia para um foco em geração de caixa, com a suspensão de investimentos não essenciais, redução da produção e compra de matéria-prima e corte de despesas.
Em relação aos estoques, a dona da Havaianas atingiu o menor patamar desde o terceiro trimestre de 2021, em cerca de R$ 1 bilhão, enquanto reduziu o nível de investimento para um Capex de R$ 57 milhões.
“É fácil estimar, em uma conta simples, que a não implantação dessas três medidas combinadas poderia ter nos levado a um nível de alavancagem próximo a 6x.”
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
