Ação da Cosan (CSAN3) recua e Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa na esteira da renúncia de executivo
Saída de Ricardo Mussa da Cosan Investimentos intensifica a pressão sobre o grupo já abalado por prejuízos e desvalorização na bolsa
A passagem relâmpago de Ricardo Mussa como CEO na Cosan Investimentos acendeu o alerta para os investidores do conglomerado do empresário Rubens Ometto.
Na sessão seguinte ao anúncio de renúncia do executivo, as ações da Cosan (CSAN3) e da Raízen (RAIZ4) amargam forte queda. No caso da Raízen, a empresa chegou a figurar entre as maiores quedas do Ibovespa, com -4,55%, a R$ 2,52, por volta das 17h17.
A ação CSAN3 também operava em queda de 1,96%, a R$ 9,99. Enquanto isso, no mesmo horário, o Ibovespa caía 0,12%, aos 125.515,49 pontos.
Desde 2021, ano de abertura do capital da Raízen, os papéis da companhia perderam mais da metade do valor, com recuo de 59% Só neste ano, a desvalorização chega a 33%. Atualmente, a produtora de biocombustíveis vale aproximadamente R$ 27,28 bilhões.
Já CSAN3 acumula queda de 45,51% no ano. A companhia vale R$ 18,7 bilhões na bolsa.
- Dividendos extraordinários vêm aí? Analista recomenda ação de “bancão” que está barata e deve pagar proventos “gordos” aos acionistas
A renúncia do CEO da Cosan Investimentos
Na noite da última sexta-feira (29), Mussa renunciou ao cargo de diretor presidente na Cosan Investimentos, a subsidiária de capital fechado do grupo.
Leia Também
A saída do executivo seria uma entre tantas mudanças no comando nas empresas Brasil afora, não fosse por um detalhe: ele estava há apenas um mês no cargo. Mussa havia deixado o posto de CEO da Raízen para assumir o mesmo cargo na Cosan Investimentos.
Além da chefia da subsidiária, o executivo também deixou as cadeiras de membro do conselho de administração da Raízen e da holding Cosan, as quais assumiu em 21 de outubro. Ele também não é mais membro do Comitê de Sustentabilidade da Cosan.
A trajetória de Mussa no Grupo Cosan
Apesar de não ter iniciado a carreira em empresas do grupo, Mussa passou os últimos 17 anos na Cosan e era um dos verdadeiros executivos “prata da casa” da companhia.
Em meio ao sucesso nas empresas onde atuou, o executivo pavimentou seu caminho em direção à Raízen, ingressando na produtora de biocombustíveis em 2014.
Dois anos depois de sua chegada, ele foi promovido a vice-presidente de logística, distribuição e trading da companhia. Foi só há um mês que Mussa deixou o cargo de CEO da empresa de etanol, quando assumiu a chefia da Cosan Investimentos. No fim de outubro, também foi indicado como membro do conselho de administração da Raízen.
- LEIA TAMBÉM: A melhor ação do agro para se ter na carteira nesse momento, segundo os analistas entrevistados pelo Seu Dinheiro
Grupo Cosan e Raízen sob pressão
A saída de Mussa das cadeiras de conselheiro da Raízen e da Cosan acontece em um momento de forte pressão para o conglomerado — com destaque para a Raízen.
Nos últimos anos, a companhia esteve muito focada em crescimento com altos níveis de investimentos, o que explica parte dos problemas nos indicadores financeiros.
No terceiro trimestre de 2024, a Raízen teve um prejuízo milionário e ainda registrou forte desaceleração na geração de caixa no segundo trimestre da safra 2024/2025.
Não à toa, uma das principais cobranças do mercado é que a empresa se mantenha no curso da desalavancagem e contenção de gastos, a fim de melhorar a geração de caixa e a rentabilidade.
Tupy (TUPY3): por que a XP não enxerga oportunidade nas ações mesmo depois da queda de 45% no ano?
Após uma queda de 45% no ano, a XP cortou as estimativas para a Tupy, revelando desafios e oportunidades que podem impactar os próximos resultados da empresa
Prio (PRIO3) turbina capital em R$ 2 bilhões — mas sem um centavo de dinheiro novo; ações caem
Segundo a petroleira, a medida visa fortalecer a estrutura de capital, reforçando a posição de caixa
Nas trincheiras do varejo: o que esperar do Mercado Livre (MELI34) no 3T25 com a guerra cada vez mais escancarada no setor?
Entre frete grátis, cupons e margens espremidas, o Mercado Livre (MELI34) chega ao 3T25 no centro da guerra que redesenha o e-commerce brasileiro. Veja o que esperar dos resultados de hoje
Santander Brasil (SANB11) quer ROE acima de 20% mesmo com crescimento abaixo dos rivais — e reduz aposta na baixa renda e no agro, diz CEO
Mario Leão revela que o banco planeja uma expansão mais seletiva, com ampliação da carteira de crédito para alta renda e menos crédito novo para o agronegócio
Microsoft (MSFT) eleva fatia na OpenAI para 27%, e dona do ChatGPT finalmente passa a ter lucro como objetivo
Com a mudança, a dona do Windows passará a ter controle sobre 27% da empresa criadora do chatbot mais popular do planeta, ChatGPT, representando cerca de US$ 135 bilhões.
Marisa (AMAR3) ganha tempo em impasse sobre balanços; entenda o imbróglio da varejista com a CVM
No início do mês, a autarquia havia determinado que a varejista de moda constituísse provisões sobre processos tributários envolvendo a M Serviços, controlada indireta da Marisa
Bradesco (BBDC4) tem fome de rentabilidade, mas o ‘step by step’ vai continuar no 3T25? Analistas revelam o que esperar para o balanço
O Bradesco vai continuar a dar “um passo de cada vez” na trajetória de recuperação ou algo pode sair do esperado no terceiro trimestre? Veja as expectativas do mercado
Santander Brasil (SANB11) supera expectativas com lucro de R$ 4 bilhões e ROE de 17,5% no 3T25; confira os destaques do balanço
O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) encerrou o trimestre em 17,5%, também acima das projeções; veja os destaques
Como o Nubank (ROXO34) conseguiu destronar a Petrobras (PETR4) como a empresa mais valiosa do Brasil?
O Nubank superou a Petrobras no ranking das maiores empresas da América Latina, impulsionado pelo crescimento no México e pela aposta em inteligência artificial, enquanto a estatal enfrenta um cenário desafiador com a queda do petróleo e tensões políticas
O que a Sabesp (SBSP3) tem de especial para o Santander recomendar a compra das ações mesmo diante de uma nova crise hídrica
O banco tem preço-alvo de R$ 122,02 para os papéis da companhia; no pregão desta terça-feira (28), as ações fecharam em queda de 0,15%, cotadas a R$ 131,84
Rumo à privatização, Copasa (CSMG3) conclui emissão de debêntures e reforça caixa com R$ 600 milhões
A estatal mineira de saneamento conclui a 21ª emissão de debêntures e reforça seus planos de investimento, com a privatização cada vez mais próxima, segundo analistas do BTG Pactual
Crise no Banco Master pode gerar risco sistêmico? Campos Neto diz que não — e revela qual o real perigo
A crise do Banco Master gerou temores no mercado financeiro, mas segundo Roberto Campos Neto, o episódio não representa um risco sistêmico; entenda
ChatGPT Go: versão de assinatura mais barata da ferramenta chega ao Brasil com opção gratuita para clientes Nubank
A OpenAI lança no Brasil o ChatGPT Go, uma versão mais acessível da ferramenta de inteligência artificial, com preços 65% mais baixos que o plano Plus. Em parceria com o Nubank, a novidade oferece assinaturas gratuitas de até 1 ano para clientes do banco
MBRF e os sauditas: um negócio promissor e uma ação que dispara 20% — o que fazer com MBRF3 agora?
Pelo segundo dia seguido, as ações da MBRF subiram forte na bolsa na esteira do anúncio da joint venture com a HPDC, subsidiária integral do fundo soberano da Arábia Saudita
Amazon quer cortar 14 mil cargos na área corporativa — e as demissões podem estar só começando na big tech
Com a inteligência artificial e robôs ganhando espaço, a Amazon inicia um plano de reestruturação que pode transformar a forma como a empresa opera — e afeta milhares de empregos.
Por que o mercado já não espera muito do balanço do Santander Brasil (SANB11) no 3T25? Veja as apostas dos analistas
Primeiro grande banco a abrir os números do 3T25, o Santander deve mostrar melhora gradual — mas com riscos persistentes. Veja as apostas do mercado
Se tudo der certo para a Petrobras (PETR4), Margem Equatorial pode acrescentar quase R$ 420 bilhões ao PIB do Brasil, diz gerente da estatal
Após anos de disputa por licença ambiental, estatal aposta no potencial da região para impulsionar o desenvolvimento e garantir autossuficiência energética
Brasil depende demais do agro, diz CEO da JBS (JBSS32) — que alerta para os riscos implícitos
O CEO da JBS, Gilberto Tomazoni, defendeu a diversificação da economia brasileira e alertou para um cenário global cada vez mais fragmentado
Em meio a possível venda à J&F, Eletronuclear vê risco de ‘colapso financeiro’ e pede ajuda de R$ 1,4 bilhão ao governo Lula, diz jornal
O alerta da estatal é o mais recente de uma série de pedidos de socorro feitos ao longo dos últimos meses
Dividendos gordos? Petrobras (PETR4) pode pagar nova bolada aos acionistas — e bancos já calculam quanto vem por aí
Com avanço na produção do terceiro trimestre, mercado reacende apostas em dividendos fartos na petroleira. Veja as projeções