Bugs, bolhas e tecnologia: Big techs azedam o clima nas bolsas em dia de PIB dos EUA e de IPCA-15
Ibovespa ainda tem que lidar com petróleo e minério de ferro em queda e dólar em alta com mercado à espera do balanço da Vale

Os mais jovens certamente não se lembram. Talvez tenham ouvido alguém contar sobre o “bug do milênio”. O evento poderia ter acontecido na passagem de 1999 para 2000.
Lá atrás, quando os primeiros computadores foram desenvolvidos, o ano 2000 pertencia a um futuro ainda distante.
Para economizar bits, as máquinas eram programadas para computar as datas somente com os dois últimos dígitos de cada ano: 24, por exemplo, era referência a 1924.
Nas décadas de 1980 e 1990 (os Anos 80 e 90 para quem as viveu), os computadores se popularizaram e eram raras as empresas sem sistemas informatizados.
Quando o ano 2000 começou a se aproximar, especialistas passaram a temer que os sistemas da época lessem equivocadamente a passagem de 99 para 00.
Uns acreditavam que a contagem voltaria um século, para 1900. Outros diziam que os computadores poderiam saltar para o ainda hoje distante ano de 19100.
Leia Também
O temor era que o defeito de programação afetasse as operações de redes de transporte, torres de controle de voos e serviços de fornecimento de água e luz. Adeptas de primeira hora da informatização, as bolsas de valores de todo o mundo também podiam derreter.
Mas essas consequências eram fichinha perto de quem alertava para a possibilidade de um desastre nuclear por conta de algum míssil disparado por engano pelos Estados Unidos, pela Rússia ou por qualquer outra potência atômica.
Programadores de todo o mundo trabalharam freneticamente na tentativa de evitar a catástrofe anunciada. Os programas passaram a ser remendados para contemplar anos com quatro dígitos. No fim, nada aconteceu na virada de 1999 para 2000.
Corta para 2024.
Se o “bug do milênio” esperado bugou, um bug inesperado assustou muita gente na semana passada. Na ocasião, um erro ocorrido durante uma atualização promovida pela CrowdStrike provocou uma pane em sistemas da Microsoft e desencadeou o pior apagão cibernético já registrado.
Volta para o ano 2000.
O fim do milênio passado foi marcado por uma bolha de tecnologia. Era o auge das empresas pontocom. Os sites e serviços de internet mais aleatórios do mundo abriram o capital, principalmente em Nova York. Não era sustentável, porém.
A bolha das pontocom estourou em 10 de março do ano 2000. Nos meses que se seguiram, mais de 500 empresas de tecnologia sumiram do mapa quase da noite para o dia.
Corta para 2024 de novo.
A inteligência artificial move os mercados de ações ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos, onde são listadas as mais badaladas big techs da atualidade. Cada vez mais gente acha, no entanto, que essas empresas já se valorizaram demais.
Hoje, os índices futuros de ambos amanheceram novamente no vermelho. O motivo por trás disso é uma liquidação das chamadas Sete Magníficas na esteira da decepção com os balanços da Alphabet (dona do Google) e da Tesla. A dúvida, no momento, é se a bolha estourou ou está apenas murchando.
Por aqui, o Ibovespa até segurou a onda ontem, recuando apenas 0,13%, mas o dólar deu aquela esticada e subiu a R$ 5,65.
Nesta quinta-feira, porém, as cotações do petróleo e do minério de ferro amanheceram em queda.
Tudo isso se mistura hoje com a divulgação do PIB dos EUA no segundo trimestre e com o IPCA-15 de julho.
Os investidores locais também se preparam para o balanço da Vale.
O que você precisa saber hoje
INVESTIMENTOS NO EXTERIOR
O mercado de ações dos EUA está caro, mas há oportunidades: veja as principais apostas da gestora do JP Morgan para o 2º semestre. Para Mariana Valentini, da JP Morgan Asset Management, é necessário diversificar a carteira de investimentos — e outros países além dos EUA podem ser uma boa pedida agora.
NOVO CRONOGRAMA
Americanas (AMER3) divulga data para aumento de capital e grupamento de ações – e dá mais um passo no processo de recuperação judicial. A varejista vai discutir a homologação do aumento de capital em reunião do conselho de administração convocada para hoje.
DEMOROU, MAS SAIU
Passagens de avião por até R$ 200: Confira tudo o que você precisa saber sobre o programa Voa Brasil — e quem poderá participar. Segundo cálculos do governo, cerca de 20 milhões de pessoas cumprem os requisitos para participar do programa.
+MILIONÁRIA
Depois de mais de 2 anos encalhada, a loteria mais difícil de todos os tempos sai pela primeira vez e paga um dos maiores prêmios da história. Abandonado numa caderneta de poupança, o segundo maior prêmio individual da história das loterias no Brasil renderia cerca de R$ 1,5 milhão por mês.
Uma boa quinta-feira para você!
A fome de aquisições de um FII que superou a crise da Americanas e tudo que mexe com o seu bolso nesta quarta (15)
A história e a estratégia de expansão do GGRC11, prestes a se tornar um dos cinco maiores FIIs da bolsa, são os destaques do dia; nos mercados, atenção para a guerra comercial, o Livro Bege e balanços nos EUA
Um atalho para a bolsa: os riscos dos IPOs reversos, da imprevisibilidade de Trump e do que mexe com o seu bolso hoje
Reportagem especial explora o caminho encontrado por algumas empresas para chegarem à bolsa com a janela de IPOs fechada; colunista Matheus Spiess explora o que está em jogo com a nova tarifa à China anunciada por Trump
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível