🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

SD ENTREVISTA

TVRI11: Por que um dos fundos mais tradicionais da bolsa quer o aval dos cotistas para transformar a carteira bancária em renda urbana? O gestor explica

A gestora convocou uma assembleia geral para discutir mudanças nas características do portfólio e taxas cobradas pelo fundo

Larissa Vitória
Larissa Vitória
27 de novembro de 2024
6:14 - atualizado às 5:52
Casas e prédios de madeira com uma lupa representando a busca por um imóvel ou fundos imobiliários
Casas e prédios de madeira com uma lupa representando a busca por um imóvel ou fundos imobiliários - Imagem: Canva

Com mais de 68 mil cotistas e 12 anos de história, o Tivio Renda Imobiliária (TVRI11) é um dos fundos imobiliários mais tradicionais da bolsa brasileira. Se você acredita que não o conhece, pode se lembrar dele por seu nome antigo: o FII era chamado de BB Progressivo II e negociava com o código BBPO11 até o ano passado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O nome original refletia o foco do ativo, que nasceu ao final de 2012 para fazer a compra de agências bancárias e sedes administrativas do Banco do Brasil e locá-las de volta ao próprio banco, tipo de operação conhecido como sale and leaseback.

Mas, de lá para cá, o setor bancário sofreu uma transformação com o surgimento dos bancos digitais e a pandemia de covid-19. A popularização do oferecimento de serviços financeiros via aplicativos, sem a necessidade de agências, levou até mesmo os bancos tradicionais a enxugar as estruturas físicas.

De olho nessas mudanças, a Tivio Capital, casa independente fruto da parceria entre o Bradesco e o Banco BV, e que assumiu a gestão do TVRI11 no ano passado, já tem implementado mudanças no portfólio, incluindo a venda de agências.

Mas quer o aval dos cotistas para modernizar ainda mais o FII e transformar a carteira, antes completamente voltada para o segmento bancário, em um portfólio mais diversificado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A gestora convocou uma assembleia geral para discutir mudanças nas características do fundo, incluindo alterações no objetivo, política de investimento, definição dos ativos alvo e no capital autorizado.

Leia Também

A assembleia será realizada por meio de consulta formal e os cotistas têm até o dia 13 de dezembro para manifestarem-se. Veja aqui como votar e o detalhamento das propostas.

Gestora quer expandir o leque de opções do TVRI11

Atualmente, o portfólio do TVRI11 é formado por 61 imóveis divididos em 14 estados brasileiros. Adriano Mantesso, head de Real Estate da Tivio, conta que cerca de um terço deles tem uma estrutura de “agência bancária pura”, ou seja, propriedades pequenas e totalmente adaptadas para o modelo bancário tradicional.

Outro terço é formado por prédios mistos que combinam agências e sedes sub regionais do BB, enquanto a última parte da carteira é composta por lajes corporativas que abrigam os centros administrativos regionais do banco.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na época do IPO do fundo, os contratos eram atípicos — ou seja, com prazos longos e multas salgadas em caso de rescisão antecipada. Mas, com a transformação do segmento bancário, os acordos de locação mudaram para o modelo típico e o prazo de vencimento se aproxima, em 2027.

De olho no calendário, os investidores pediram uma alteração no regulamento para que os imóveis pudessem ser locados para outros inquilinos ou vendidos. Essa mudança já foi aprovada no ano passado, mas a Tivio quer expandir ainda mais o leque de opções.

“O segmento bancário ainda vai permanecer bastante relevante para o fundo e nós vemos oportunidades de sale and leaseback de alguns bancos que ainda tem muita carteira de agência. Mas a nossa ideia de modernização é que o fundo seja voltado para a renda urbana”, afirma Mantesso.

O gestor destaca que há uma série de possibilidades no segmento em ascensão, como imóveis para centros de conveniência, farmácias, pequenos e grandes mercados, centros de diagnósticos, escolas e mais. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Também visamos um mix de operações de risco menor, ou seja, que tenham um crédito bom e um contrato mais firme e longo. Hoje todos os contratos do fundo são típicos, então a ideia é colocar no portfólio mais contratos atípicos que possam dar mais resiliência ao portfólio como já tivemos no passado”, diz Mantesso.

Reciclagem deve destravar valor para os cotistas

Além de expandir a gama de ativos que podem ser adquiridos pelo fundo, outra estratégia da gestão é a reciclagem da carteira.

Desde que recebeu o aval dos cotistas para fazer um trabalho ativo com o portfólio — que anteriormente era passivo, ou seja, voltado apenas ao recebimento e repasse dos aluguéis e manutenção dos imóveis —, a Tivio já vendeu três agências.

A alienação dos empreendimentos rendeu um lucro de R$ 32 milhões, ou cerca de R$ 2,05 por cota, e foi realizada a cifras 43% acima da cota patrimonial do fundo — uma medida de valor justo do portfólio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A gestão já conta com duas outras negociações em fase avançada. Mantesso ressalta que, pela maior parte do portfólio ser formada por ativos pequenos, os cheques exigidos são menores, o que desperta o interesse de pessoas físicas e facilita o processo de venda.

“A ideia é que façamos mais dessas reciclagens, destravando o ganho de capital e aumentando a distribuição mensal, o que beneficia os investidores”.

Vale relembrar que, por lei, os fundos imobiliários devem pagar semestralmente 95% dos rendimentos apurados no regime de caixa. E essa distribuição é isenta de Imposto de Renda para os cotistas.

O custo das novidades

Se o trabalho ativo da gestão — que, além da reciclagem, inclui ainda o monitoramento e iniciativas de modernização no extenso portfólio — tem o potencial de aumentar os dividendos, por outro lado, ele pode custar mais caro para os cotistas do TVRI11.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Isso porque a Tivio também propõe uma mudança nas taxas de administração e de gestão. Atualmente, os investidores pagam um percentual unificado de cerca de 0,28%. 

A gestora pede que os valores sejam separados em uma taxa de administração de 0,10% ao ano e uma taxa de gestão de 0,5% ao ano, elevando o total para 0,6%. Além disso, propõe a criação de uma taxa de performance semestral que equivale a 20% do desempenho que superar IPCA+ 6% ao ano.

Vale destacar que, caso seja aprovada a mudança e durante os primeiros 18 meses após o fim da consulta formal, só serão cobradas após o fundo alcançar o patamar de distribuição de R$ 1,02 por cota ou mais. O último provento foi de R$ 0,98 por cota.

“O valor cobrado hoje é de uma gestão passiva que já não é a mais a realidade do fundo, mas tomamos o cuidado de fazer um alinhamento no qual tenhamos que buscar uma receita bem superior à que temos hoje antes que a taxa suba”, indica Mantesso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O gestor destaca ainda que, mesmo quando alcance o novo patamar, a cobrança ainda será inferior à média do mercado e a menor taxa entre os pares comparáveis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
REAÇÃO AO RESULTADO

Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?

29 de outubro de 2025 - 10:38

Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?

NA GANGORRA

Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir

29 de outubro de 2025 - 6:05

Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal

FECHAMENTO DOS MERCADOS

IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597

28 de outubro de 2025 - 17:25

Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.

GIGANTE LOGÍSTICO

‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo

28 de outubro de 2025 - 11:23

Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas

OS QUERIDINHOS DOS GRINGOS

Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’

27 de outubro de 2025 - 18:43

Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina

AINDA HÁ ESPAÇO NA FESTA?

Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”

27 de outubro de 2025 - 15:52

Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial

BALANÇO SEMANAL

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana

25 de outubro de 2025 - 16:11

Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%

DE OLHO NO GRINGO

Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai

24 de outubro de 2025 - 19:15

Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM

DEMOGRAFIA VIRANDO DINHEIRO

Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa

24 de outubro de 2025 - 18:56

Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade

ESQUECERAM DE MIM?

Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde

24 de outubro de 2025 - 15:02

Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva

MERCADOS HOJE

Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?

24 de outubro de 2025 - 12:39

O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui

VEJA DETALHES

Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas

23 de outubro de 2025 - 13:40

O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio

FII EXPERIENCE 2025

Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta

23 de outubro de 2025 - 11:00

Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras

FII EXPERIENCE 2025

FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator

23 de outubro de 2025 - 7:02

Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado

HORA DE VENDER

JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa

22 de outubro de 2025 - 17:31

Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)

FII EXPERIENCE 2025

“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners

22 de outubro de 2025 - 16:55

Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam

CHEGOU AO TOPO?

Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso

21 de outubro de 2025 - 18:30

É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA

VAMOS...PULAR!

Por que o mercado ficou tão feliz com a prévia da Vamos (VAMO3) — ação chegou a subir 10%

21 de outubro de 2025 - 15:04

Após divulgar resultados operacionais fortes e reforçar o guidance para 2025, os papéis disparam na B3 com investidores embalados pelo ritmo de crescimento da locadora de caminhões e máquinas

MUDANÇAS NO ALTO ESCALÃO

Brava Energia (BRAV3) enxuga diretoria em meio a reestruturação interna e ações têm a maior queda do Ibovespa

21 de outubro de 2025 - 12:10

Companhia simplifica estrutura, une áreas estratégicas e passa por mudanças no alto escalão enquanto lida com interdição da ANP

BOLSA DOURADA

Inspirada pela corrida pelo ouro, B3 lança Índice Futuro de Ouro (IFGOLD B3), 12° novo indicador do ano

21 de outubro de 2025 - 9:03

Novo indicador reflete a crescente demanda pelo ouro, com cálculos diários baseados no valor de fechamento do contrato futuro negociado na B3

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar