Os fundos imobiliários “à prova” de Campos Neto e Galípolo em meio ao risco de alta da Selic
Juro alto pode beneficiar algumas classes de fundos imobiliários, como os chamados “FIIs de papel”; veja duas recomendações para investir
O risco de o Banco Central comandado por Roberto Campos Neto subir novamente a taxa básica de juros (Selic) colocou os fundos imobiliários (FIIs) na berlinda. Afinal, juro alto não costuma combinar bem com investimento em imóveis.
De fato, um possível aperto monetário representa um risco para o setor, de acordo com de Caio Nabuco de Araujo, analista da Empiricus especializado em fundos imobiliários. Isso porque o juro maior costuma atrair recursos para as aplicações mais conservadoras de renda fixa.
Mas uma alta da Selic, pelo menos da forma como o mercado projeta hoje, não necessariamente será negativa para os FIIs.
"Há uma narrativa de que o juro deve subir agora para conter a inflação e depois ter uma nova queda", afirmou, em participação no podcast Touros e Ursos.
Um sinal de que o mercado encara o eventual ciclo de aperto monetário como temporário é o fato de o IFIX, o principal índice de fundos imobiliários da B3, acumular alta no mês.
Além disso, a alta da Selic pode beneficiar algumas classes de fundos imobiliários, como os chamados "FIIs de papel", de acordo com o analista. Eles investem em títulos de crédito, sendo que vários deles possuem rendimento atrelado à variação do CDI, que acompanha os juros.
Leia Também
Assista à íntegra do episódio no Spotify ou a seguir:
Os fundos imobiliários "à prova" de Campos Neto
Mesmo em um cenário de alta de juros, é possível encontrar boas oportunidades além dos fundos imobiliários de papel, segundo Araujo, que também é colunista do Seu Dinheiro.
Entre os chamados "fundos de tijolo", que compram participações diretas em imóveis como escritórios e shoppings, a dica é buscar portfólios de qualidade.
Isso significa ir atrás de fundos com resiliência de proventos, baixa vacância e histórico e histórico de aluguel por metro quadrado crescente.
O cuidado maior neste momento é em que tipo de segmento ficar exposto, de acordo com o analista. "Escritórios, por exemplo, sofreram um pouco mais nos últimos dois meses. Ali é um pouco mais difícil de filtrar, o WeWork machucou alguns fundos do setor", disse Araujo, em referência ao calote da empresa de locação de espaços para coworking.
Mesmo entre os fundos de papel, o analista recomenda maior cautela, com preferência pelos FIIs "high grade". Ou seja, aqueles que investem em títulos com baixo risco de crédito.
Nesse cenário, ele indicou dois FIIs para atravessar um cenário mais restritivo de juros. Ou, em outras palavras, "à prova" das decisões de Campos Neto e do próximo presidente do BC, Gabriel Galípolo, sobre a Selic.
O primeiro é o fundo de crédito Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11). Entre os fundos de papel, a pedida do analista é o Alianza Trust Renda Imobiliaria (ALZR11).
Para saber mais sobre os fundos indicados e também conferir as escolhas dos Touros e Ursos da semana, assista à íntegra do programa:
As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa
Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora
Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?
Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante
Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614
Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe
Itaú (ITUB4) continua o “relógio suíço” da bolsa: lucro cresce, ROE segue firme e o mercado pergunta: é hora de comprar?
Lucro em alta, rentabilidade de 23% e gestão previsível mantêm o Itaú no topo dos grandes bancos. Veja o que dizem os analistas sobre o balanço do 3T25
Depois de salto de 50% no lucro líquido no 3T25, CFO da Pague Menos (PGMN3) fala como a rede de farmácias pode mais
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da Pague Menos, Luiz Novais, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 e o que a empresa enxerga para o futuro
FII VGHF11 volta a reduzir dividendos e anuncia o menor pagamento em quase 5 anos; cotas apanham na bolsa
Desde a primeira distribuição, em abril de 2021, os dividendos anunciados neste mês estão entre os menores já pagos pelo FII
Itaú (ITUB4) perde a majestade e seis ações ganham destaque em novembro; confira o ranking das recomendações dos analistas
Após voltar ao topo do pódio da série Ação do Mês em outubro, os papéis do banco foram empurrados para o fundo do baú e, por pouco, não ficaram de fora da disputa
Petrobras (PETR4) perde o trono de empresa mais valiosa da B3. Quem é o banco que ‘roubou’ a liderança?
Pela primeira vez desde 2020, essa companhia listada na B3 assumiu a liderança do ranking de empresas com maior valor de mercado da bolsa brasileira; veja qual é
Fundo imobiliário GARE11 vende 10 imóveis, locados ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), por R$ 485 milhões
A venda envolve propriedades locadas ao Grupo Mateus (GMAT3) e ao Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que pertenciam ao FII Artemis 2022
Ibovespa atinge marca inédita ao fechar acima dos 150 mil pontos; dólar cai a R$ 5,3574
Na expectativa pela decisão do Copom, o principal índice de ações da B3 segue avançando, com potencial de chegar aos 170 mil pontos, segundo a XP
A última dança de Warren Buffett: ‘Oráculo de Omaha’ vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
Lucro operacional da Berkshire Hathaway saltou 34% em relação ao ano anterior; Warren Buffett se absteve de recomprar ações do conglomerado.
Ibovespa alcança o 5º recorde seguido, fecha na marca histórica de 149 mil pontos e acumula ganho de 2,26% no mês; dólar cai a R$ 5,3803
O combo de juros menores nos EUA e bons desempenhos trimestrais das empresas pavimenta o caminho para o principal índice da bolsa brasileira superar os 150 mil pontos até o final do ano, como apontam as previsões
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal