Ibovespa segue com a roda presa no fiscal e cai 0,51%, dólar fecha estável a R$ 5,6753; Wall Street comemora pelo 2° dia
Por lá, o presidente do BC dos EUA alimenta incertezas sobre a continuidade do ciclo de corte de juros em dezembro. Por aqui, as notícias de um pacote de corte de gastos mais modesto desanima os investidores.
					Wall Street seguiu embalada pela vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais e consolidou ganhos nesta quinta-feira (7) — um dia também marcado por mais uma decisão do Federal Reserve (Fed) sobre os juros. Por aqui, o Ibovespa não deslanchou, atado às incertezas fiscais.
O S&P 500 subiu 0,74%, aos 5.973,10 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 1,51%, aos 19.269,45 pontos. O Dow Jones ficou no zero a zero, aos 43.729,34 pontos — os três índices renovaram recordes durante a sessão.
O avanço de hoje em Nova York dá sequência aos ganhos de quarta-feira (6) após a vitória de Trump, incluindo um salto de 1.500 pontos do Dow Jones — algo que não era visto desde novembro de 2022.
Esse desempenho vigoroso se manteve mesmo com a decisão do Fed de hoje. O banco central norte-americano cortou os juros em 0,25 ponto percentual como era amplamente esperado, com a taxa agora entre 4,50% e 4,75% ao ano, mas colocou uma sombra sobre a perspectiva de novas reduções.
- TRUMP ELEITO, E AGORA? Saiba onde investir e entenda os possíveis desdobramentos econômicos a partir de agora
 
Falando na coletiva depois da decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que “enquanto nos aproximamos de juros neutros, poderemos reduzir o ritmo de cortes”.
De acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group, a curva futura ampliou a precificação de uma manutenção dos juros na próxima reunião. Ainda assim, a probabilidade de mais um corte de 0,25 pp segue como a mais provável.
Leia Também
Wall Street espera que o segundo governo Trump seja bom para ativos de risco como ações, graças, em parte, aos planejados cortes de impostos. No entanto, a perspectiva de grandes déficits federais contínuos e tarifas mais pesadas alimenta preocupações entre os investidores sobre a aceleração da inflação, e consequentemente, de juros mais altos nos EUA.
Ibovespa derrapa na questão fiscal e o freio do dólar
A questão fiscal não é só um ponto de atenção na maior economia do mundo — foi justamente esse tema que fez o Ibovespa derrapar hoje e terminar o dia no vermelho: -0,51%, aos 129.681,70 pontos.
Na tarde de hoje, a CNN Brasil reportou que o pacote de cortes de gastos do governo tende a ser bem modesto, na faixa de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões — bem abaixo da expectativa do mercado para a preservação do arcabouço fiscal, de pelo menos R$ 30 bilhões.
Segundo a emissora, um pacote de R$ 10 bilhões não atingiria áreas sociais do governo, enquanto o de R$ 15 bilhões alcançaria ministérios como a Saúde e o Desenvolvimento Social.
TRUMP ELEITO: Como ficam DÓLAR, JUROS e em quais AÇÕES INTERNACIONAIS apostar
Mais cedo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, reconheceu que a ansiedade do mercado com relação ao anúncio do pacote é compreensível e legítima, mas que só poderá comentar as iniciativas quando se tornarem públicas. Segundo Ceron, não há data para a divulgação do pacote.
Além da decisão do Fed, a questão fiscal também mexeu com o mercado de câmbio por aqui. Na manhã de hoje, o dólar à vista chegou a subir, atingindo a máxima do dia de R$ 5,7237, com o pacote fiscal no radar.
A moeda norte-americana, no entanto, perdeu força e terminou o dia no zero a zero, com leve queda de 0,01%, cotada a R$ 5,6753.
Maior queda do Ibovespa: o que explica as ações da Marcopolo (POMO4) terem desabado após o balanço do terceiro trimestre?
As ações POMO4 terminaram o dia com a maior queda do Ibovespa depois de um balanço que mostrou linhas abaixo do que os analistas esperavam; veja os destaques
A ‘brecha’ que pode gerar uma onda de dividendos extras aos acionistas destas 20 empresas, segundo o BTG
Com a iminência da aprovação do projeto de lei que taxa os dividendos, o BTG listou 20 empresas que podem antecipar pagamentos extraordinários para ‘fugir’ da nova regra
Faltou brilho? Bradesco (BBDC4) lucra mais no 3T25, mas ações tombam: por que o mercado não se animou com o balanço
Mesmo com alta no lucro e na rentabilidade, o Bradesco viu as ações caírem no exterior após o 3T25. Analistas explicam o que pesou sobre o resultado e o que esperar daqui pra frente.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado