Dólar belisca os R$ 5 e empilha valorização no mês e no ano — veja o que pode mexer com a moeda nos próximos dias
A divisa norte-americana terminou os últimos cinco dias com valorização de 0,34% — um movimento que segue os juros nos EUA
O dólar voltou a beliscar os R$ 5 na semana, um nível psicológico importante para o mercado de câmbio — e tudo por conta do Federal Reserve (Fed).
O banco central norte-americano tem sido o vilão de tudo o que acontece nos mercados aqui e lá fora e não é de hoje.
O gatilho da alta do dólar dessa vez foi a inflação, cujos dados divulgados nesta semana nos EUA fizeram os investidores recalibrarem as apostas sobre a queda nos juros por lá.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
Como foi a semana para o dólar
O dólar começou a semana tocando, na máxima do dia, o nível psicológico de R$ 5,00. Mas passou a cair em seguida com relatos de entrada de fluxo comercial, desmonte parcial de posições defensivas e movimentos pontuais de realização de lucros.
A moeda norte-americana ainda ameaçou zerar a queda após falas do presidente Lula sobre a Petrobras em entrevista ao SBT. O petista afirmou que a estatal “não deve apenas pensar nos acionistas e sim em investimento e nos 200 milhões de brasileiros".
Com mínima a R$ 4,9730, o dólar à vista fechou a sessão de segunda-feira (11), cotado a R$ 4,9784, em baixa de 0,05%.
Leia Também
Já a terça-feira (12) foi marcada por instabilidade e troca de sinais, fazendo com que a moeda norte-americana perdesse força em meio a novas máximas do Ibovespa e encerrasse a sessão em queda de 0,07%, a R$ 4,9748.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
A leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos EUA em fevereiro ratificou a percepção de que o Fed vai esperar até junho para iniciar o processo de corte de juros.
Na quarta-feira (13), o mercado de câmbio operou em marcha lenta. Com oscilação de pouco mais de dois centavos de real entre a mínima (R$ 4,9643) e a máxima (R$ 4,9880) e algumas trocas de sinal, o dólar terminou cotado a R$ 4,9762, em alta de 0,03%.
O resultado acima do esperado da inflação ao produtor nos EUA aumentou a probabilidade de um ciclo menor de queda de juros pelo Fed neste ano e levou a nova rodada de alta dos yields (rendimento) dos Treasurys, castigando divisas emergentes.
Com máxima a R$ 4,9940, o dólar à vista encerrou a sessão de quinta-feira (14) em alta de 0,22%, a R$ 4,9870.
Na sexta-feira (15), a moeda norte-americana beliscou os R$ 5,00 em um dia marcado pela valorização exterior e pelo avanço dos yields dos Treasurys. Além da série de indicadores de inflação nos EUA — que alimentaram uma postura defensiva — eventos no Brasil também alimentaram a busca por dólar.
O temor de que o governo Lula aumente gastos públicos para recuperar a popularidade e a questão dos dividendos da Petrobras acabaram aumentando a demanda por proteção na moeda norte-americana.
O que vem por aí
Na semana que vem, o mercado de câmbio deve continuar sendo determinado pelo futuro da política monetária nos EUA.
Isso porque que a próxima semana será marcada pela decisão de política monetária do Fed, na chamada Super Quarta — quando o BC brasileiro também anuncia sua decisão sobre os juros após o fechamento dos mercados.
Lá, a expectativa é de que o Fed mantenha a taxa de juros no patamar atual — de 5,25% a 5,50% ao ano. Por aqui, o Copom deve promover mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de Selic.
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil
Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovic, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias
Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas
Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.
CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são
Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros
Bolsa perdeu R$ 183 bilhões em um único dia; Itaú Unibanco (ITUB4) teve maiores perdas
Essa é a maior queda desde 22 de fevereiro de 2021, ainda período da pandemia, e veio depois que Flávio Bolsonaro foi confirmado como candidato à presidência pelo PL
Do céu ao inferno: Ibovespa tem a maior queda desde 2021; dólar e juros disparam sob “efeito Flávio Bolsonaro”
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à presidência
Pequenas e poderosas: Itaú BBA escolhe as ações small cap com potencial de saltar até 50% para carteira de dezembro
A Plano & Plano (PLP3) tem espaço para subir até 50,6%; já a Tenda (TEND3) pode ter valorização de 45,7%
Ibovespa sobe 1,65% e rompe os 164 mil pontos em forte sequência de recordes. Até onde o principal índice da bolsa pode chegar?
A política monetária, com o início do ciclo de cortes da Selic, é um dos gatilhos para o Ibovespa manter o sprint em 2026, mas não é o único; calculamos até onde o índice pode chegar e explicamos o que o trouxe até aqui
Ibovespa vai dar um salto de 18% e atingir os 190 mil pontos com eleições e cortes na Selic, segundo o JP Morgan
Os estrategistas reconhecem que o Brasil é um dos poucos mercados emergentes com um nível descontado em relação à média histórica e com o múltiplo de preço sobre lucro muito mais baixo do que os pares emergentes
Empresas listadas já anunciaram R$ 68 bilhões em dividendos do quarto trimestre — e há muito mais por vir; BTG aposta em 8 nomes
Levantamento do banco mostra que 23 empresas já anunciaram valor ordinários e extraordinários antes da nova tributação
Pátria Malls (PMLL11) vai às compras, mas abre mão de parte de um shopping; entenda o impacto no bolso do cotista
Somando as duas transações, o fundo imobiliário deverá ficar com R$ 40,335 milhões em caixa
BTLG11 é destronado, e outros sete FIIs disputam a liderança; confira o ranking dos fundos imobiliários favoritos para dezembro
Os oito bancos e corretoras consultados pelo Seu Dinheiro indicaram três fundos de papel, dois fundos imobiliários multiestratégia e dois FIIs de tijolo
A bolsa não vai parar: Ibovespa sobe 0,41% e renova recorde pelo 2º dia seguido; dólar cai a R$ 5,3133
Vale e Braskem brilham, enquanto em Nova York, a Microsoft e a Nvidia tropeçam e terminam a sessão com perdas
Vai ter chuva de dividendos neste fim de ano? O que esperar das vacas leiteiras da bolsa diante da tributação dos proventos em 2026
Como o novo imposto deve impactar a distribuição de dividendos pelas empresas? O analista da Empiricus, Ruy Hungria, responde no episódio desta semana do Touros e Ursos
Previsão de chuva de proventos: ação favorita para dezembro tem dividendos extraordinários no radar; confira o ranking completo
Na avaliação do Santander, que indicou o papel, a companhia será beneficiada pelas necessidades de capacidade energética do país
Por que o BTG acha que RD Saúde (RADL3) é uma das maiores histórias de sucesso do varejo brasileiro em 20 anos — e o que esperar para 2026
Para os analistas, a RADL3 é o “compounder perfeito”; entenda como expansão, tecnologia e medicamentos GLP-1 devem fortalecer a empresa nos próximos anos
A virada dos fundos de ações e multimercados vem aí: Fitch projeta retomada do apetite por renda variável no próximo ano
Após anos de volatilidade e resgates, a agência de risco projeta retomada gradual, impulsionada por juros mais favorável e ajustes regulatórios
As 10 melhores small caps para investir ainda em 2025, segundo o BTG
Enquanto o Ibovespa disparou 32% no ano até novembro, o índice Small Caps (SMLL) saltou 35,5% no mesmo período
XP vê bolsa ir mais longe em 2026 e projeta Ibovespa aos 185 mil pontos — e cinco ações são escolhidas para navegar essa onda
Em meio à expectativa de queda da Selic e revisão de múltiplos das empresas, a corretora espera aumento do fluxo de investidores estrangeiros e locais
A fome do TRXF11 ataca novamente: FII abocanha dois shoppings em BH por mais de R$ 257 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo a gestora TRX, os imóveis estão localizados em polos consolidados da capital mineira, além de reunirem características fundamentais para o portfólio do FII
Veja para onde vai a mordida do Leão, qual a perspectiva da Kinea para 2026 e o que mais move o mercado hoje
Profissionais liberais e empresários de pequenas e médias empresas que ganham dividendos podem pagar mais IR a partir do ano que vem; confira análise completa do mercado hoje