Guerra nuclear bate à porta: EUA admitem pela primeira vez na história que podem entrar em conflito atômico com China e Rússia
O porta-voz dessa mensagem alarmista foi o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, o principal general do país — ele falou nesta quarta-feira (29) a um comitê da Câmara

Se o presidente russo, Vladimir Putin, foi o primeiro a colocar as armas nucleares sobre a mesa depois de invadir a Ucrânia, agora são os EUA que dão um segundo passo nessa direção — e pela primeira vez na história admitem que um conflito atômico com Rússia e China pode bater à porta do planeta.
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"Tanto a China quanto a Rússia têm meios para ameaçar a segurança nacional dos EUA. Mas a história não é determinista, e a guerra com eles não é nem inevitável, nem iminente", disse o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, Mark Milley, o principal general do país.
Falando para o Comitê dos Serviços Armados da Câmara dos Deputados, Milley traçou todos os elementos de risco em curso. Ele disse, por exemplo, que a Rússia fez um dos maiores exercícios com mísseis intercontinentais da história recente, com 3.000 homens no centro do país. E chamou atenção para o fato de Putin "usar retórica e postura nucleares irresponsáveis".
De fato, desde 24 de fevereiro de 2022 — data da invasão russa — Putin faz questão de reforçar o poderio nuclear do país, classificado pelo general norte-americano como "o maior e mais moderno" do mundo.
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A China na guerra nuclear
De acordo com dados do governo norte-americano, Rússia e EUA detêm cerca de 90% das 13 mil ogivas espalhadas pelo mundo — desse total, 1.600 estão prontas para uso a qualquer momento por ambos os lados.
A China aparece em terceiro, com 410, enquanto aliados ocidentais como França e Reino Unido têm, respectivamente, 290 e 225.
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"O potencial para conflito armado está crescendo. A China permanece como nosso desafio de segurança geoestratégica de longo prazo número 1", disse Milley, acrescentando que Pequim tem milhares de mísseis de alcance local nos seus arsenais, que seriam de difícil contenção pelos EUA com seu inventário atual.
O general também não deixou passar a visita do líder chinês, Xi Jinping, a Putin na semana passada, que reforçou uma aliança selada bem antes da guerra na Ucrânia começar.
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O que está por trás da constatação dos EUA
A admissão histórica de Milley não foi à toa — e muito menos por conta de uma guerra nuclear iminente.
O general norte-americano e o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, foram ouvidos pelo Comitê dos Serviços Armados da Câmara para pedir a aprovação do maior orçamento de Defesa da história norte-americana.
O governo de Joe Biden quer autorização do Congresso dos EUA para gastar US$ 824 bilhões (R$ 4,3 trilhões) nessa área.
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