Bolsa da Argentina cai mais de 11%, dólar dispara e renova máximas históricas após Massa e Milei confirmarem segundo turno
No mesmo horário, a bolsa brasileira caía 0,13%, aos 113.060 pontos, com o dólar também em queda de 0,46%, cotado a R$ 5,00

Os investidores da Argentina vivem um dia de caos após o primeiro turno das eleições no último domingo (22). Uma nova disputa entre Sergio Massa e Javier Milei foi confirmada para 19 de novembro, sendo que o candidato de centro-esquerda obteve um desempenho melhor do que as estimativas.
Porém, o queridinho do mercado é sem dúvidas Milei. Após sua vitória nas PASO, as primárias argentinas, a bolsa disparou — e o contrário não poderia ser diferente.
Apuradas as urnas, Massa obteve 36,68% dos votos, enquanto Milei, até então o favorito, teve 29,98%.
A plataforma do atual ministro da Economia e herdeiro do atual presidente Alberto Fernández não é das mais austeras, o que preocupa os investidores sobre a situação das já precárias contas públicas.
Assim, nesta segunda-feira (23), a ressaca veio. O índice Merval, o equivalente ao Ibovespa argentino, chegou a recuar mais de 11% após a abertura, enquanto o dólar blue, a cotação paralela e mais próxima da real, passou a subir mais de 16%, sendo negociado a 1.075 pesos por dólar na venda, renovando as máximas históricas do país.
No mesmo horário, a bolsa brasileira passava a cair 0,13%, aos 113.060 pontos, com o dólar também em queda de 0,46%, cotado a R$ 5,00.
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Bolsa e dólar na Argentina
Os ativos de risco tendem a ser bastantes sensíveis ao noticiário — e podemos dizer que os hermanos foram pegos no pé contrário.
Isso porque boa parte das pesquisas apontava para um cenário de segundo turno, sim, mas com Milei na dianteira.
Sua proposta de dolarização da economia, supressão do peso e teorias ultraliberais de redução do Estado soam como música para o mercado financeiro.
Do outro lado, Massa é herdeiro do governo de Alberto Fernández, quando as já pequenas reservas internacionais ficaram ainda menores. Além disso, ele deixará uma inflação da ordem de 140% em 12 meses — ou mais, de acordo com as projeções.
Só culpa da eleição? Não é bem assim…
É preciso dizer que nem tudo é culpa do pleito local. Os mercados globais amanheceram em queda com a disparada dos retornos dos Treasurys, os títulos do Tesouro norte-americano.
O juro do T-note de 10 anos, um dos ativos mais seguros e negociados do planeta, passou do patamar psicológico de 5%, o que injetou ainda mais aversão ao risco nas bolsas internacionais e retirou recursos dos mercados.
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