Por que este gestor colocou a Copel (CPLE6) como a maior posição do fundo após a privatização da empresa de energia paranaense
No episódio #70 do Market Makers, o CEO da AlphaKey, Christian Keleti, revela por que aposta nas ações da empresa de energia após a privatização
A Copel (CPLE6) tornou-se uma tese conhecida dos investidores e ganhou os holofotes do mercado em agosto deste ano após a oferta secundária de ações (follow-on) multibilionária que tirou o governo do Paraná do controle da companhia de energia.
Ao mesmo tempo, o sentimento de euforia que marca as privatizações no mercado também provocou desconfiança em parte dos investidores devido ao “risco Eletrobras”. O temor é o de que a Copel esteja fadada a percorrer o mesmo caminho da ex-estatal federal com resistências do governo após a desestatização.
Acontece que um trimestre se passou desde a privatização da companhia — e nenhum desses medos se concretizou até então. Pelo contrário, aliás: as decisões da Copel nos últimos meses apenas elevaram o otimismo dos investidores com a empresa.
Ou seja, a tese que fez as ações da Copel triplicarem de valor nos últimos cinco anos com a expectativa da privatização permanece de pé. A dúvida que fica é: depois de todo esse otimismo, ainda há espaço para a ação da Copel subir? Há algum gatilho para destravar valor de CPLE6?
No episódio #70 do Market Makers, o CEO da AlphaKey, Christian Keleti, revela por que aposta nas ações da empresa de energia.
Keleti trabalhou por mais de uma década na Hedging-Griffo, corretora que deu origem ao lendário fundo Verde, e outros sete anos no Credit Suisse no Brasil até criar a AlphaKey, uma gestora de recursos independente de fundos que atualmente administra quase R$ 300 milhões em ativos.
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Para escutar o podcast completo, é só dar play aqui.
A tese de investimentos em Copel (CPLE6)
A história da AlphaKey com a Copel (CPLE6) começou há quatro anos — logo que Daniel Slaviero era indicado para o cargo de CEO da companhia paranaense de energia, conta Christian Keleti.
Segundo o gestor, o primeiro encontro com Slaviero aconteceu na primeira semana de 2019, através do atual governador do Paraná, Ratinho Jr.
“Ele me contou dos projetos, do respaldo do governador para mudar a empresa, que tinha feito péssima alocação de capital nos governos antigos. Ela era eternamente barata porque tinha sempre histórias ruins para contar”, contou Keleti, em conversa com os apresentadores Thiago Salomão e Matheus Soares.
“A partir do momento em que Daniel chegou, ele começou a fazer mudanças e mexer nos custos. Ele era um forasteiro sem amarras na empresa e com respaldo do governador.”
Em nove meses, Slaviero não só transformou a Copel em uma referência de companhia estatal, como também fez com que a empresa virasse a grande vaca leiteira do Governo do Estado do Paraná.
“Nós [AlphaKey] pegamos essa história quase inteira por dois anos, até 2021. Depois, achamos que a ação estava no preço justo.”
Levou cerca de dois anos até que houvesse “uma nova história para contar” na Copel: a privatização que tirou o governo do Estado do Paraná do controle.
Na visão do CEO da AlphaKey, a Copel ganhou ainda mais eficiência após o follow-on — e CPLE6 se tornou a maior posição da carteira de investimentos da gestora, representando aproximadamente 10% do fundo.
Um dos exemplos disso é a redução de custos da companhia, com um programa de demissão voluntária (PDV) que pode economizar até R$ 438 milhões por ano à Copel. Confira aqui toda a estratégia de alocação de capital da empresa após a desestatização.
“Com a privatização, ela pode fazer mais coisas que estavam amarradas, como vender sua empresa de gás, vender a [usina] térmica de Araucária e focar na operação de distribuição, geração e transmissão”, afirma Keleti.
Confira o episódio #70 do Market Makers na íntegra:
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