Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) vão de Americanas? O que esperar das varejistas após resultados de 2022 e más notícias sobre governança
No podcast Touros e Ursos desta semana, comentamos os balanços das duas varejistas e a divulgação de comunicados que abalaram o mercado

Quando querem dizer que algo ou alguém morreu/ faliu/ desapareceu/ se deu mal — enfim, “foi pro saco” — os usuários das redes sociais frequentemente dizem que o tal sujeito “foi de comes e bebes”, “foi de arrasta pra cima”, “virou camiseta de saudades eternas” ou algum outro termo engraçadinho e de gosto duvidoso.
E como todo mundo sabe que Deus perdoa, mas a internet não, não demorou para que a expressão “foi de Americanas” fosse incorporada a essa infame lista de eufemismos.
Mas no caso do varejo brasileiro, o medo de que as empresas realmente acabem “indo de Americanas” é bem real entre os investidores.
Logo após a divulgação do escândalo de uma possível fraude no balanço da companhia, não se descartou que as más práticas contábeis da empresa fossem comuns no mercado.
O temor foi logo afastado pelas próprias varejistas, que se apressaram em negar a existência do mesmo problema em seus balanços.
Mas tem mais: a situação das Americanas, agora em recuperação judicial, se complica em um ambiente macroeconômico duro para setores que dependem muito de crédito, como o varejo, sobretudo para aqueles negócios que agora precisam de dinheiro para não desaparecer.
Leia Também
- Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.
Foi ruim, mas foi bom
Estamos falando de um cenário de juros elevados e sem perspectiva de queda no curto prazo, que também vêm pesando sobre os números das demais varejistas brasileiras, como mostraram os balanços divulgados por Magazine Luiza e Via na última semana.
As ações das duas empresas caíram forte após a publicação dos números, mas não tanto pelos resultados. De fato, apesar dos prejuízos registrados, ambas superaram as expectativas dos analistas.
O problema foram os comunicados divulgados junto com os balanços, que trouxeram más notícias relacionadas à governança das companhias. E, no caso do Magalu, estamos falando de uma denúncia de irregularidades envolvendo fornecedores, o suficiente para provocar um frio na espinha de investidores escaldados.
Mas e se “ir de Americanas” pudesse significar algo positivo para as varejistas? Afinal, com a recuperação judicial da empresa, existe a possibilidade de que suas concorrentes a substituam no gosto dos consumidores brasileiros e acabem abocanhando uma fatia do seu mercado.
Os resultados de Magazine Luiza e Via, os comunicados que deixaram os investidores pessimistas e as possibilidades para o futuro das varejistas foram os temas que eu e Victor Aguiar discutimos no podcast Touros e Ursos desta semana. Para ouvir o comentário na íntegra, junto com as nossas escolhas de touros e ursos, basta acessar este link ou dar o play no tocador abaixo:
Shein ainda é a varejista de moda mais barata no Brasil, mas diferença diminui, diz BTG Pactual
Análise do banco apontou que plataforma chinesa ainda mantém preços mais baixos que C&A, Renner e Riachuelo; do outro lado da vitrine, a Zara é a mais cara
Santander (SANB11), Weg (WEGE3), Kepler Weber (KEPL3) e mais 6 empresas divulgam resultados do 1T25 nesta semana – veja o que esperar, segundo o BTG Pactual
De olho na temporada de balanços do 1º trimestre, o BTG Pactual preparou um guia com suas expectativas para mais de 125 empresas listadas na bolsa; confira
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Valendo mais: Safra eleva preço-alvo de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3). É hora de comprar?
Cenário mais turbulento para as empresas não passou despercebido pelo banco, que não alterou as recomendações para os papéis
Mercado Livre (MELI34) é a ação favorita do Safra para tempos difíceis: veja os três motivos para essa escolha
O banco é otimista em relação ao desempenho da gigante do comércio eletrônico, apesar do impacto das “dores de crescimento” nos resultados de curto prazo
Weg (WEGE3), Azul (AZUL4) e Embraer (EMBR3): quem “bombou” e quem “moscou” no primeiro trimestre do ano? BTG responde
Com base em dados das prévias operacionais, analistas indicam o que esperam dos setores de transporte e bens de capital
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Hypera (HYPE3): quando a incerteza joga a favor e rende um lucro de mais de 200% — e esse não é o único caso
A parte boa de trabalhar com opções é que não precisamos esperar maior clareza dos resultados para investir. Na verdade, quanto mais incerteza melhor, porque é justamente nesses casos em que podemos ter surpresas agradáveis.
Vale (VALE3) volta ao azul no primeiro trimestre de 2025, mas tem lucro 17% menor na comparação anual; confira os números da mineradora
A mineradora explica que os maiores volumes de vendas e custos menores, combinados com o melhor desempenho da Vale Base Metals, compensaram parcialmente o impacto dos preços mais baixos de minério e níquel
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
Boeing tem prejuízo menor do que o esperado no primeiro trimestre e ações sobem forte em NY
A fabricante de aeronaves vem enfrentando problemas desde 2018, quando entregou o último lucro anual. Em 2025, Trump é a nova pedra no sapato da companhia.
Mil e uma contas a pagar: Bombril entrega plano de recuperação judicial para reestruturar dívida de mais de R$ 2 bilhões
Companhia famosa por seus produtos de limpeza entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro, alegando dívidas tributárias inconciliáveis