Goldman Sachs eleva ação do Inter para compra, mas ainda prefere o Nubank; saiba por quê
O banco norte-americano estabeleceu o preço-alvo de US$ 4,20 para os papéis INTR negociados em Nova York, o que implica em um potencial de valorização de 70%; e de US$ 9,00 para o NU, o que representa alta de 105%
Se o Goldman Sachs fosse escolher a cor da próxima temporada, diria que o tom do momento não é o laranja-Inter, mas sim o roxo-Nubank. A instituição norte-americana elevou a recomendação para as ações INTR negociadas em Nova York, de neutro para compra; ainda assim, continua preferindo os ativos NU quando o assunto é banco digital brasileiro.
O Goldman estabeleceu o preço-alvo de US$ 4,20 para os papéis do Inter, o que implica em um potencial de valorização de 70% — e a ação deve ser negociada a 16,1x preço/lucro (P/L) em 2024. Para o Nubank, o preço-alvo é de US$ 9,00, o que representa um potencial de alta de 105% e 40,4x P/L em 2024.
De acordo com o banco norte-americano, com o foco no controle de custos e a manutenção do crescimento acima da média, tanto o Inter como o Nubank devem se manter lucrativos este ano.
O Goldman calcula um ROE (retorno sobre o patrimônio) de 4,0% para o Inter e de 5,6% para o Nubank e diz que, embora modestos, existem vantagens no longo prazo, já que os dois bancos digitais têm balanços patrimoniais relativamente subalavancados, vantagens de custo em relação aos bancos estabelecidos e muito espaço para ganhar participação.
“Esperamos que os ROEs melhorem ainda mais em 2024 e achamos que as avaliações começam a parecer atraentes em 9,4x P/L para INTR e 19,8x para NU, dadas as fortes perspectivas de crescimento esperadas para cada um”, diz o Goldman Sachs em relatório.
Por que o Nubank leva vantagem?
Ainda que as projeções indiquem um futuro positivo tanto para o Inter como para o Nubank, o Goldman elegeu o NU como seu favorito dadas as vantagens competitivas com uma sólida experiência do usuário, grande base de clientes ativos e primários e escala já significativa em cartões de crédito.
Leia Também
O banco lembra que o Nubank tem 70 milhões de usuários no total e construiu uma das maiores operações de cartão de crédito do Brasil — com 8% de participação de mercado em empréstimos no segmento e já é o terceiro emissor líder com 12% de market share da TPV.
“Acreditamos que o Nubank pode continuar a ganhar participação em empréstimos de cartão de crédito (14% até 2027), ao mesmo tempo em que abocanha uma parcela considerável de lucros no setor bancário do Brasil, como consignado e empréstimos pessoais”, diz o Goldman Sachs em relatório.
Além disso, o banco norte-americano espera que a trajetória de crescimento do Nubank persista, que haja economias significativas nos custos de captação e tenha melhor eficiência.
- 11 ações para buscar lucros neste ano: conheça a lista de empresas consideradas as melhores ‘apostas’ para 2023, segundo especialistas do mercado ouvidos pelo Seu Dinheiro. ACESSE AQUI
Inter é compra
A postura mais construtiva do Goldman Sachs em relação ao Inter se baseia em:
- Maior foco na lucratividade, com uma abordagem mais prudente de crescimento e precificação, bem como esforços para melhorar a eficiência;
- Plataforma digital completa, que combina serviços bancários, investimentos, e-commerce, entre outros;
- Crédito como alavanca de crescimento;
- Risco-recompensa assimétrico.
As diferenças entre Nubank e Inter
O Goldman Sachs listou cinco diferenças nos fundamentos dos bancos digitais. São elas:
1) A base de clientes do Nubank é aproximadamente 3x maior que a do Inter, e essa escala maior deve persistir até 2027;
2) O Nubank tem uma taxa de ativação superior ao Inter (82% x 51%);
3) O crédito de escala deve permitir que ambas as empresas melhorem a lucratividade e a receita média por cliente ativo (ARPAC), com Nubank atingindo US$ 17,7 e o Inter, US$ 12,4 por mês até 2027;
4) Embora haja otimismo com a expansão do Nubank no México e na Colômbia, dadas as semelhanças com o Brasil, em última análise, o NU precisará desempenhar um papel mais sólido nesses países, enquanto a expansão do Inter nos EUA é mais uma opção do que necessidade;
5) O Nubank deve atingir lucratividade estável antes do Inter, em 2024 contra 2027.
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]