Na Gafisa (GFSA3), veículo de Nelson Tanure chega a 20% do capital; gestora Esh pede que “poison pill” seja acionada
A MAM Asset Managment, gestora do Banco Master, aumentou para 20,54% sua participação na empresa às vésperas da AGE que discutirá um possível ação de responsabilidade contra Tanure.
Esta segunda-feira (9) pode marcar uma derrota ou uma vitória importante para a Gafisa (GFSA3) na batalha contra a Esh Capital, uma de suas acionistas. E os controladores da construtora afiaram ainda mais as suas armas para o embate: a MAM Asset Management, gestora do Banco Master e veículo de investimentos de Nelson Tanure, aumentou para 20,54% sua participação na empresa.
O crescimento na fatia ocorre às vésperas do início da assembleia geral extraordinária que discutirá hoje uma possível ação de responsabilidade contra o empresário, membros do conselho fiscal e outros administradores, bem como a destituição desses integrantes e a eleição de substitutos por quebra de deveres fiduciários.
Os acionistas também avaliarão a legalidade de um aumento de capital no valor de R$ 78 milhões homologado na semana passada. A operação chegou a ser suspensa pela Justiça a pedido da Esh, mas a Gafisa recorreu da decisão e conseguiu derrubar a liminar sobre o tema.
Vale destacar que a gestora detinha — por meio do fundo Esh Theta — uma posição de pouco mais de 15,1% na companhia, mas esse percentual foi reduzido após a operação. A Esh alega, em nota, que o aumento de capital "se deu de forma ilegal" e optou por não subscrever novas ações.
A movimentação acionária e a expectativa para a assembleia pressionam os papéis da Gafisa. Ainda assim, por volta das 12h15, as ações GFSA3 operavam em alta de 2,78%, a R$ 23,64; em um mês, acumulam um salto de mais de 286%.
Esh pede que "poison pill" seja acionada
Segundo a gestora, a mais recente movimentação acionária de Tanure e do grupo Master, dono da MAM, tem como objetivo "se defender da votação" de hoje. "O grupo Master comprou ações de forma que, mesmo que o aumento de capital da companhia fosse discutido na assembleia, a Esh não conseguiria prevalecer."
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Com isso, a Esh solicitou a convocação de uma nova assembleia para suspender os direitos políticos até que uma oferta pública de aquisição (OPA) seja realizada com base na poison pill — ou pílula de veneno. O dispositivo está presente no estatuto das empresas que buscam manter o equilíbrio e resguardar os acionistas minoritários.
Vale lembrar que a poison pill é utilizada para dificultar a tomada de controle de uma empresa com capital pulverizado na bolsa, quando um acionista pode, em muitos casos, dar as cartas mesmo sem alcançar mais de 50% de participação.
No caso da Gafisa, o estatuto social determina que qualquer investidor que atingir 30% do capital precisa lançar uma oferta pública de aquisição das ações dos demais acionistas a preços iguais ou superiores ao pago pelos investidores nos seis meses anteriores.
Ou seja: o argumento da Esh é o de que, por mais que a MAM não tenha ultrapassado a linha dos 30%, a fatia detida pela asset, somada a eventuais participações detidas por Tanure e outros veículos ligados a ele, ficaria acima da marca que dispararia a poison pill, exigindo, portanto, a realização de uma OPA.
Já a Gafisa declarou, em nota enviada ao Seu Dinheiro, que "a atuação da Esh tem como único propósito desinformar o mercado e satisfazer os seus próprios interesses".
"A Companhia reafirma a sua governança e conformidade legal e ratifica as medidas que já adotou e continuará a adotar para preservar os interesses de todos os seus mais de 39 mil acionistas."
Gafisa, Esh Capital e uma história mais que repetida
As rusgas entre o fundo e a construtora não começaram neste caso. A Esh também questiona ainda a 17ª emissão de debêntures da companhia.
Os ativos foram alvo do primeiro embate jurídico entre gestora e construtora, que terminou com a Esh obtendo uma liminar que impediu a conversão das debêntures em ações.
A Gafisa afirma que essa liminar trará prejuízo. Isso porque a decisão limita a capacidade de prosseguir com o desenvolvimento de projetos estratégicos em imóveis adquiridos com os R$ 245,5 milhões levantados pela operação.
Em nota enviada à imprensa no último domingo (08), a Gafisa afirma que “o foco da gestão do novo CEO, Henrique Blecher, está na geração de caixa; desalavancagem da companhia”.
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