Passando o facão: JP Morgan corta recomendação da Vale (VALE3) e da Gerdau (GGBR4) após rali motivado pela China
Para os analistas do banco, as ações da Vale (VALE3) e da Gerdau (GGBR4) ainda possuem bons fundamentos, mas haverá outras oportunidades de compra
Em uma corrida de Fórmula 1, mesmo quando um carro está na liderança, é preciso parar no pit stop para fazer ajustes antes da próxima volta. É com essa metáfora que o JP Morgan explica por que decidiu cortar a recomendação das ações da Vale (VALE3) e da Gerdau (GGBR4) de compra para neutra.
O banco também estipulou um preço-alvo de R$ 93,00 para a mineradora para o fim desse ano — potencial de 4,82% de ganhos se considerado o fechamento de quarta-feira (8).
Já a siderúrgica ficou com um preço-alvo de R$ 32,50 para dezembro deste ano — o que implica uma valorização de 4,36% para os papéis.
As mudanças foram feitas de olho no que pode ser classificado como um excesso de otimismo com o setor de mineração e siderurgia após a reabertura da China. As duas empresas ainda vão se beneficiar deste evento, não há dúvidas, mas a leitura é de que o rali recente para ambas já foi longe demais e não justificam compra neste momento.
Para exemplo, a ação da Vale subiu 21,82% nos últimos três meses, enquanto as da Gerdau avançaram 9,73% no mesmo período.
Os ativos acumulam alta de 40% e 35%, respectivamente, desde as últimas mínimas, informa o relatório do JP Morgan.
Leia Também
Na avaliação dos analistas do banco, tanto Vale quanto Gerdau terão outras oportunidades de entrada ao longo deste ano, conforme a reabertura da China comece a ter efeitos de fato nessas companhias.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
Alguns analistas de mercado já fazem uma análise semelhante, uma vez que, conforme já visto em outras economias, o setor mais beneficiado imediatamente após a reabertura econômica é o de serviços, o mais represado durante o período de fechamento.
A indústria e o setor de infraestrutura, que mais demandam de commodities metálicas, acabam surfando essa onda um pouco mais tarde. Portanto, os efeitos para Vale e Gerdau não surgirão agora.
Hoje, a demanda por minério de ferro na China é bem fraca e espera-se que ela caia ainda mais, o que faz o JP Morgan acreditar que o otimismo com a reabertura superou os fundamentos da commodity.
Por outro lado, a oferta da matéria-prima deve se recuperar, afetando o equilíbrio desta equação e também os preços praticados.
No caso específico da Gerdau, a equipe vê normalização nos resultados e múltiplos esticados de 4,8 vezes o Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), acima da média histórica. Há também uma preocupação com os resultados da companhia e seu fluxo de caixa diante dos investimentos mais recentes.
Gerdau (GGBR4) também está na mira do Goldman Sachs
A Gerdau (GGBR4) também entrou na lista de cortes de recomendação do Goldman Sachs nesta semana, passando de compra para neutro. Na avaliação do banco, a ação também se valorizou suficientemente desde quando entrou na lista de compra dos analistas em dezembro de 2021. Agora, a equipe vê uma relação risco/retorno mais equilibrada e poucos catalisadores positivos pela frente.
O preço-alvo para os próximos 12 meses ficou em R$ 31 — potencial de queda de apenas 0,44%.
Para eles, a Gerdau terá lucros menores nos próximos meses enquanto ainda precisa desembolsar um bom dinheiro em seus investimentos e reformas, limitando sua capacidade de retorno aos acionistas.
O Goldman Sachs reforça que enxerga bons diferenciais de mercado para a companhia, algo que deve favorecê-la no longo prazo, mas que o potencial de valorização limitado os deixa cautelosos por enquanto.
Entre os pontos positivos da empresa estão a diversificação regional, a qualidade de ativos e a forte posição do balanço.
A reação dos papéis da Vale e Gerdau na B3
No pregão desta quinta-feira (9), as ações da Gerdau (GGBR4) operavam em forte queda de 6,55% às 13h17, cotadas a R$ 29,10.

Já a reação de VALE3 é mais tímida, com um recuo de 0,24% no mesmo horário, cotada a R$ 88,51.

BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
Lucro da Moura Dubeux (MDNE3) salta 32,1% e vem acompanhado de dividendos; diretor diz que distribuição deve engordar
A construtora também está de olho no endividamento — encerrou o terceiro trimestre com o índice dívida líquida/patrimônio líquido em 13,6%, patamar “muito saudável” na visão do executivo Diogo Barral
