Itaú (ITUB4) deixa Bradesco e Santander para trás mais uma vez: lucro atinge R$ 8,74 bilhões no 2T23 e supera projeções
Lucro líquido do maior banco privado brasileiro aumentou 13,9% e rentabilidade atinge 20,9% no segundo trimestre de 2023; veja os números
Na corrida dos balanços, o Itaú Unibanco (ITUB4) parece correr em uma raia separada dos rivais. Enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) sofreram com resultados menores, o lucro líquido do maior banco privado brasileiro aumentou 13,9% no segundo trimestre de 2023 e alcançou R$ 8,742 bilhões.
O resultado ficou acima das projeções do mercado. A média das estimativas apontava para um lucro de R$ 8,62 bilhões.
Além do lucro bem maior, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido (ROAE) do Itaú superou de longe a dos concorrentes e atingiu 20,9% entre abril e junho deste ano.
“Nossos resultados no segundo trimestre refletem os avanços na agenda de transformação do banco e a consistência na nossa capacidade de entregar resultados sólidos e sustentáveis ao longo do tempo", afirmou em nota Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco.
Veja a seguir como ficou o resultado dos três maiores bancos privados brasileiros no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2022:
| Banco | Lucro líquido (R$ bilhões) | Rentabilidade (ROAE) |
| Itaú Unibanco | R$ 8,742 bilhões (↑13,9%) | 20,9% (↑0,1 pp) |
| Bradesco | R$ 4,518 bilhões (↓35,8%) | 11,1% (↓7 pp) |
| Santander Brasil | R$ 2,259 bilhões (↓44,7%) | 11,2% (↓9,6 pp) |
- ANÁLISES DE MERCADO E INSIGHTS DE INVESTIMENTOS DE GRAÇA: Clique aqui e se inscreva no nosso canal do YouTube para receber alertas sempre que publicarmos um conteúdo relevante para seu bolso por lá!
Itaú: crédito e inadimplência
Assim como os concorrentes, o Itaú também registrou um aumento na inadimplência no segundo trimestre. Mas em um nível bem mais controlado do que Bradesco e Santander.
Leia Também
O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco encerrou junho em 3%. Trata-se de um avanço de 0,1 ponto percentual no trimestre e de 0,3 pp em 12 meses.
Mas apesar do controle nos calotes, o Itaú também decidiu colocar um freio na concessão de novos financiamentos em meio à desaceleração da economia.
A carteira de crédito do banco alcançou R$ 1,152 trilhão no segundo trimestre, uma queda de 0,1% no trimestre. Na comparação com junho do ano passado, a carteira apresenta um crescimento de 6,2%.
Em um sinal de que o cenário econômico não está fácil para ninguém, o custo do crédito — ou seja, as despesas com provisões para perdas com calotes — aumentou 25,3% e atingiu R$ 9,4 bilhões.
A margem financeira do Itaú, que inclui as receitas com crédito menos os custos de captação, avançou 14,8%, para R$ 26 bilhões. Uma parte desse ganho veio da tesouraria, que entregou um resultado de quase R$ 1,1 bilhão — alta de 64,6% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
Tarifas vão crescer menos
Mas nem todas as linhas do balanço do Itaú vieram positivas para os acionistas. Isso porque as receitas de prestação de serviços e tarifas apresentaram queda de 1,3% e somaram R$ 10,4 bilhões no segundo trimestre.
O resultado das operações de seguros compensou uma parte desse efeito, com um avanço de 16,8%.
Mesmo assim, o Itaú decidiu revisar para baixo a projeção (guidance) para o crescimento das receitas de serviços e seguros neste ano.
Agora, a expectativa é de um avanço entre 5% e 7% — o guidance anterior era de um aumento de 7,5% a 10,5%. O banco manteve as demais projeções, exceto pela alíquota efetiva de imposto de renda.
Já as despesas operacionais do Itaú cresceram 7,3% na comparação com o segundo trimestre do ano passado e atingiram R$ 16,7 bilhões.
Confira a seguir as projeções (guidance) do Itaú para os números de 2023:

Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
