Inadimplência assombra o Bradesco (BBDC4), mas lucro acima do esperado sustenta as ações na B3
Tom da administração do Bradesco é levemente otimista com o futuro próximo, mas inadimplência ainda não chegou no pico
O Bradesco (BBDC4) apresentou um resultado sem muito brilho, mas nem de todo ruim no primeiro trimestre de 2023, desempenho que está se refletindo nas ações do banco nesta sexta-feira (5). Apesar do lucro ter vindo melhor do que o esperado pelo mercado, a qualidade das métricas de crédito mostrou uma piora relevante.
Logo após a abertura da bolsa, os papéis chegaram a ficar entre as cinco maiores altas do Ibovespa, mas perderam fôlego já na primeira hora de negociação e viraram para o negativo.
Ainda que o tom da administração tenha sido levemente otimista com o futuro próximo, uma frase do CEO, Octavio de Lazari Junior, dita na coletiva de imprensa chamou atenção: "estamos próximos do pico de inadimplência".
Segundo Lazari, as dívidas de clientes vencidas há mais de 90 dias deve subir ainda no segundo trimestre e, talvez, se estender um pouco para o terceiro trimestre.
No final do ano passado, o CEO já havia avisado que a inadimplência iria piorar antes de melhorar e estimava que ela atingiria o pico entre o primeiro e o segundo trimestres de 2023.
Entre janeiro e março, o Bradesco registrou nova disparada da inadimplência, que saltou para 5,1%, de 4,3% no 4T22, nas dívidas vencidas há mais de 90 dias. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 1,9 ponto percentual.
Leia Também
De acordo com Lazari, a alta da inadimplência vem de safras de clientes antigas e também pelo fato do Bradesco não ter vendido carteiras ativas.
Além disso, o encolhimento da carteira de crédito provocou um efeito denominador - se a carteira tivesse se mantido nos patamares anteriores, o Bradesco calcula que a inadimplência teria crescido menos, cerca de 0,5 ponto percentual.
Para os próximos trimestres, o Bradesco enxerga sinais positivos de uma inadimplência mais controlada, pois as novas safras seriam 95% formadas por clientes de melhor rating.

O que esperar do resto de 2023
De acordo com analistas do BTG Pactual, a piora da inadimplência e a redução do apetite ao risco devem manter os resultados do Bradesco pressionados nos próximos trimestres.
"Embora alguém possa argumentar que o pior para o banco provavelmente já passou, os resultados do primeiro trimestre reforçam nossa visão de que uma grande recuperação da lucratividade ainda está muito longe, o que não acreditamos que esteja refletido nas estimativas de consenso", afirmou o BTG em relatório.
Para o Itaú BBA, o lucro melhor que o esperado não é motivo de comemoração e os resultados trazem risco negativo para as estimativas da operação do Bradesco em 2023.
"Os poucos pontos positivos foram uma menor perda nos resultados de tesouraria e despesas operacionais bem contidas", disse o banco.
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
