Pegou gripe no último inverno? Entenda o que inverno mais quente em 2023 tem a ver com o tombo de 7% das ações da Hypera (HYPE3)
A Hypera (HYPE3) divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre e as ações reagem mal no pregão desta sexta-feira

Tente lembrar, você ficou gripado entre os meses de julho a setembro? Pois a Hypera (HYPE3) afirma que houve uma queda de 30% nos casos de gripe no período este ano.
Tudo indica que as temperaturas acima do normal durante o inverno brasileiro de 2023 amenizaram, ou postergaram, a onda de gripes e resfriados em algumas regiões do Brasil, que era mais comum durante a estação mais fria.
Segundo o Instituto Nacional de Meteriologia, esse foi o inverno mais quente em 60 anos.
Com menos pessoas gripadas no período, o desempenho nas categorias gripe, respiratória, dor e febre da Hypera foi pior e colaborou para resultados financeiros mais fracos.
“A temporada mais branda de gripe afetou o desempenho da Hypera em relação ao mercado geral, com a empresa apresentando um crescimento de sell-out [venda efetiva do produto ao consumidor] de 4,2% frente a 8,8% do mercado”, destacaram os analistas do Itaú BBA, em relatório.
Vale lembrar que as categorias representam 37% do total das vendas ao consumidor da companhia, mas apenas 12% das vendas da indústria como um todo.
Leia Também
Hypera revisou para baixo as metas de 2023
Com esse desempenho mais fraco das vendas, a Hypera cortou em 5% o guidance (meta) não só para a receita líquida, mas também para o ebitda e o lucro de 2023.
Na avaliação do Itaú BBA, investidores provavelmente já esperavam alguma revisão na receita diante da temporada mais branda de gripes.
Porém, não previam ajustes negativos nas metas de ebitda e do lucro, o que pode ser um gatilho para revisão de estimativas do mercado financeiro e explica a queda mais forte das ações nesta sexta-feira (27).
Por volta das 13h50, as ações da Hypera caíam 7,17%, a R$ 31,75, liderando as perdas do Ibovespa.
A empresa agora projeta crescimento da receita de 8% em 2023 frente ao ano passado, o que vai resultar em 95% da receita líquida, ebitda e lucro líquido inicialmente esperado para o ano.
Hypera: resultados fracos mais em linha
Apesar do desempenho fraco das vendas no terceiro trimestre e da notícia negativa de revisão de metas, o Itaú BBA afirma que alguns indicadores da Hypera vieram dentro do esperado por investidores.
A receita líquida foi de R$ 2,139 bilhões no terceiro trimestre e ainda registrou alta de 5% frente ao mesmo período do ano passado, ajudada pelo crescimento das vendas em drogarias, distribuidoras, comércio eletrônico, supermercados e ainda no segmento não varejista.
O BTG Pactual destacou que o crescimento do segmento institucional, que contribuiu com R$ 119 milhões em receita, com vendas não recorrentes de imunoglobulinas, por exemplo.
Vivo (VIVT3) pode pagar R$ 5 bi em dividendos a partir de 2024 e ter um dos yields mais altos da B3
Revisão de recomendações para as ações da Hypera?
Com as revisões para baixo do guidance da Hypera, o Itaú BBA deve atualizar suas estimativas para a companhia, mas até fazer isso, mantém a recomendação de compra.
A leitura é que a Hypera ainda pode ser uma ação considerada “defensiva” no longo prazo, além de ser uma campanhia com uma carteira diversificada e um bom posicionamento em uma setor rentável.
Entretanto, o ambiente de curto prazo está mais complicado e “desafiador” para a empresa.
Já os analistas do BTG Pactual destacam que a maior proporção de genéricos e as vendas de produtos sem controle nas farmácias (OTC) prejudicam o indicador LT (o tempo que cliente compra), com margens LT estruturalmente mais baixas do que a média histórica.
Para os analistas, esse fator foi parcialmente compensado pela otimização e redução dos investimentos em marketing no trimestre.
Porém, é preciso monitorar qual vai ser a tendência para o crescimento da Hypera nos próximos trimestres, para saber se a tendência de enfraquecimento vai se confirmar.
Por outro lado, o BTG acredita que há fatores estruturais que ainda sustentam a recomendação de compra do banco para as ações. Entre eles estão:
- o crescimento potencial proveniente das aquisições do Buscopan e Buscofem, portfólio de medicamentos isentos de prescrição e prescrição da Takeda e marcas Sanofi;
- um forte pipeline de inovação;
- a entrada no segmento institucional.
Duelo de rivais: Cade abre processo para investigar práticas anticompetitivas da B3 contra a CSD BR
O órgão antitruste concluiu que as condutas da B3 elevam artificialmente as barreiras à entrada e à expansão concorrencial
No andar do plano 60-30-30: CEO do Inter (INBR32) no Brasil indica a chave para construir 30% de rentabilidade até 2027
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Alexandre Riccio conta quais as alavancas para atingir o ambicioso plano financeiro nos próximos anos
Americanas (AMER3) tem novo chefe: saiba quem é Fernando Dias Soares, que chega para substituir Leonardo Coelho
A troca no comando da varejista acontece após o segundo trimestre de 2025 registrar um prejuízo líquido 94,7% menor em relação às perdas do segundo trimestre de 2024
Eletrobras (ELET3) pode pagar R$ 7 bilhões em dividendos em 2025; Bradesco BBI recomenda a compra
O pagamento bilionário de proventos aos acionistas mudou a percepção de valor da companhia de energia no curto prazo
Quando bilhões viram pó: as ex-gigantes que hoje negociam abaixo de R$ 1 na bolsa. Como elas viraram penny stock?
Oi, Azul, PDG Realty e outras empresas carregam hoje o título desonroso de Penny Stock, mas outrora foram enormes. Veja a lista completa e entenda o que aconteceu
Santander inicia cobertura da Aura Minerals (AURA33) e vê quatro motivos para investir nas ações agora
Segundo os analistas do banco, a companhia reúne uma combinação rara de crescimento, e ganhou um gatilho recente nos últimos meses em meio ao cenário geopolítico incerto
Anvisa fecha o cerco a versões manipuladas do Ozempic e acelera aprovação de ‘caneta emagrecedora’ genérica
A Agência veta manipulação de semaglutida e prioriza análise de registros que devem ganhar espaço após o fim da patente em 2026
Família Diniz avança no comando do Pão de Açúcar — mas não é aquela que você conhece; saiba quem são os Coelho Diniz
Os novos maiores acionistas do GPA são os Coelho Diniz, que pouco têm a ver com a família do antigo dono, Abilio Diniz, falecido no ano passado
Por que o BTG Pactual está cauteloso com as ações de varejo — e quais os nomes favoritos do banco
A primeira metade de 2025 apresentou resultados sólidos em diversos segmentos de consumo, mas a atenção agora se volta para os ventos desfavoráveis que podem afetar o setor
Petrobras (PETR4) e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Margem Equatorial; entenda por que isso importa
Apesar de ser vista como a nova fronteira de exploração de petróleo, a proximidade de ecossistemas sensíveis na Margem Equatorial gera preocupações
JBS (JBSS3) aprova distribuição de R$ 820 milhões em dividendos intercalares para a JBS NV
Os recursos serão direcionados para a holding que abriu capital nos Estados Unidos recentemente, segundo informa a própria companhia
Fundo imobiliário que integra o TRX Real Estate (TRXF11) vende mais um imóvel alugado pelo Assaí; entenda os impactos para os cotistas
No fim de maio, o fundo já havia anunciado a alienação de um outro ativo, que estava sendo alugado pela varejista, por R$ 69 milhões
BB Seguridade (BBSE3), Itaúsa (ITSA4) e mais: 8 empresas pagam dividendos e JCP nesta semana; confira
Oito companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas nesta última semana de agosto
Mudanças à vista no alto escalão do GPA (PCAR3): família Coelho Diniz eleva participação e pede eleição de novo conselho
O objetivo da família é tornar a representatividade no conselho proporcional à atual participação societária, segundo comunicado ao mercado
Com nova fábrica, marca de chocolates Dengo escala apoio a produtores de cacau da BA e caminha para o lucro
A empresa está investindo R$ 100 milhões na segunda unidade de produção em Itapecerica da Serra (SP) e vai quintuplicar a capacidade de abrir lojas a partir de 2026
BB denuncia vídeo de Eduardo Bolsonaro por fake news e pede ação da AGU contra corrida bancária
Segundo ofício encaminhado pelo banco, os ataques nas redes sociais começaram na última terça-feira (19)
Petrobras e Ibama testam capacidade de resposta a incidentes na Foz do Amazonas
Atividade é a última antes de concessão de licença ambiental para exploração de petróleo
Que fim levou o Kichute, a mistura de tênis e chuteira que marcou época nos pés dos brasileiros?
Símbolo da infância de gerações, o tênis da Alpargatas chegou a vender milhões de pares nos anos 1970, mas acabou perdendo espaço com a chegada das marcas internacionais
Banco do Brasil (BBAS3) quer ser o maior player no mercado de carbono no país, do projeto à certificação
Para o VP de Sustentabilidade do BB, José Ricardo Sasseron, a forte relação com o agronegócio, a capilaridade do banco e seus mais de 200 anos de história podem ajudar nessa empreitada
Intel tem semana para ninguém botar defeito: depois do Softbank, governo dos EUA confirma participação na companhia
O cenário de mercado, no entanto, tem sido desafiador para a gigante dos microprocessadores. Em 2024, as ações da Intel desabaram 60%