Casas Bahia (BHIA3) passa em teste de fogo: credores aceitam não antecipar vencimento de CRIs, o que poderia acionar o pagamento de outras dívidas; entenda
Uma assembleia tinha sido marcada para negociar com credores, que tinham o direito de pedir uma antecipação do pagamento dos CRIs
A Casas Bahia (BHIA3) - antiga Via - já pode dizer que sobreviveu a um dia decisivo para a continuidade das operações e da reestruturação que vem fazendo.
Isso porque os donos de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da 20ª emissão da companhia - que são lastreados na 8ª emissão de debêntures - aceitaram não declarar o vencimento antecipado dos CRIs e das debêntures, de acordo com fato relevante divulgado há pouco pela varejista.
Uma assembleia tinha sido marcada nesta terça-feira (3) para negociar com credores, que tinham o direito de pedir uma antecipação do pagamento dos CRIs.
Caso a varejista tivesse que fazer o pagamento antecipado dos CRIs - que é superior a R$ 30 milhões - isso acionaria a antecipação também do pagamento das debêntures - levando a uma montante de aproximadamente R$ 3,2 bilhões que teria que ser pago imediatamente, de acordo com cálculos da Genial Investimentos.
O valor poderia comprometer o capital de giro da companhia e resultar até em uma recuperação judicial, já que é mais do que a Casas Bahia tem em caixa hoje. No segundo trimestre, a empresa tinha R$ 874 milhões em caixa e equivalentes e R$ 4,9 bilhões em contas a receber.
Vale lembrar que, em setembro, os ratings dessa emissão de CRIs e da emissão de debêntures (que lastreiam os CRIs) foram rebaixados pela agência de classificação de ratings S&P, saindo de “brAA-” para “brA-”, com perspectiva negativa.
Leia Também
Remuneração dos CRIs da Casas Bahia será maior
Em contrapartida à não declaração do vencimento pelos titulares dos CRIs, a remuneração de cada uma das séries dos CRI será acrescida de um spread complementar de 0,55% a partir da data de pagamento.
Além deste spread, a companhia terá que pagar um prêmio equivalente a 0,25%, que será multiplicado pelo prazo médio ponderado remanescente (duration) e é calculado sobre o saldo do valor nominal unitário dos CRI.
Mesmo tendo que pagar esse valor maior no futuro, os analistas da Genial Corretora avaliam que esse era o cenário de maior probabilidade e é a melhor solução tanto para a companhia quanto para seus acionistas.
“O impacto de despesas financeiras se torna maior do que o projetado anteriormente. Porém, a Casas Bahia consegue um alívio no curto prazo, de maneira a encaminhar o seu plano de reestruturação de volta aos eixos”, disseram os analistas em relatório.
Há ‘salvação’ para a Casas Bahia (BHIA3)? Analistas indicam outra ação do varejo que pode se beneficiar da derrocada de VIIA3. Confira:
Ações da Casas Bahia seguem em queda
Com a divulgação do fato relevante sobre a decisão em relação aos CRIs às 10h51, as ações da Casas Bahia (BHIA3) entraram em leilão, conforme regras da B3. No momento, a queda era de 1,59%, a R$ 0,62.
Mas por volta das 11h45, os papéis já tinham acelerado as perdas, com queda de 3,17%.
As ações da varejista vem sofrendo os reflexos da situação financeira complicada e acumulam perdas de mais de 80% no ano.
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem
MRV (MRVE3) entra no grupo de construtoras que vale a pena comprar, mas a preferida do JP Morgan é outra
Banco norte-americano vê espaço para uma valorização de até 60% nas ações do setor com juros menores e cenário político mais favorável em 2026
Ação acusa XP de falhas na venda de COEs como o da Ambipar (AMBP3) e pede R$ 100 milhões na Justiça
Após perdas bilionárias com COEs da Ambipar, associações acusam a corretora de erros recorrentes na venda de produtos ligados à dívida de grandes empresas no exterior
Ações da Oncoclínicas (ONCO3) na mão de Vorcaro vão parar no Banco de Brasília. O acordo para trocar os CDBs do Master subiu no telhado?
Com a transferência das cotas de fundos do Master para o BRB, investidores questionam o que acontece com o acordo da Oncoclínicas para recuperar o investimento em papéis do Master
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]