Casas Bahia (BHIA3) – antiga Via – perde mais de 45% do valor na B3 desde a oferta de ações e intensifica queda nos últimos pregões
As ações da Casas Bahia têm refletido a situação financeira complicada da varejista e uma reestruturação que não vem mostrando resultados
Não é de hoje que a situação financeira delicada da Casas Bahia (BHIA3) - ex-Via - pesa sobre as ações na B3. Mas o tamanho do tombo impressiona, com uma aceleração das perdas principalmente nos últimos sete pregões.
O maior catalisador da derrocada dos papéis da companhia neste período foi o resultado da oferta de ações encerrada em 13 de setembro. Do dia 14 de setembro até a sessão desta segunda-feira (25), as ações já despencaram 45,95%.
Vale lembrar que a oferta saiu com um desconto muito maior que o previsto e levantou menos capital do que o esperado pela empresa.
Com um preço de R$ 0,80 por ação — cerca de 28% abaixo da cotação no fechamento anterior à definição do preço — e a emissão de 78.649.283 novos papéis, a oferta movimentou R$ 623 milhões. Inicialmente, a Casas Bahia pretendia levantar quase R$ 1 bilhão com a operação.
Casas Bahia: queda mesmo com corte da Selic
Só nos dois últimos pregões - hoje e sexta-feira (22) - as ações BHIA3 despencam 21,05%, ficando entre as maiores perdas do Ibovespa. No ano, os papéis acumulam queda de 75%.
A desvalorização indica que analistas e investidores seguem reprecificando o papel, ainda desconfiados da situação financeira e da capacidade da empresa de dar a volta por cima.
Leia Também
Mesmo a confirmação da queda da taxa básica de juros do Brasil - a Selic - na última quarta-feira (20), que pode refletir em um aumento do consumo no futuro, não está ajudando o papel e também os de outras varejistas.
As ações do Magazine Luiza (MGLU3) também ficaram entre as maiores perdas do Ibovespa nas duas últimas sessões, mas acumulam queda menor, de 8,51%.
No mesmo dia do corte da Selic, as ações da Casas Bahia passaram a ser negociadas com o ticker BHIA3 na bolsa brasileira, substituindo VIIA3.
A mudança faz parte de uma estratégia de revitalização da marca e do grupo, que também mudou de nome corporativo (de Via para Casas Bahia), e até recuperou seu antigo slogan: “Dedicação total a você”.
Segundo Renato Franklin, CEO do grupo Casas Bahia, a ideia foi “alavancar diferenciais competitivos da marca”, “resgatando o antigo histórico de bons resultados das categorias core [essenciais] da companhia”.
A empresa ainda afirmou, na época, que o foco segue na estabilização da operação, por meio de geração de caixa e rentabilidade. Entre as estratégias está a priorização de categorias de produtos e canais de venda mais rentáveis, além da redução de custos e despesas.
- Quer receber recomendações de trading de graça? Entre para o grupo gratuito da Empiricus Investimentos e veja como você pode buscar ganhos médios de R$ 71 por dia fazendo as operações certas na bolsa. [PARTICIPE CLICANDO AQUI]
Casas Bahia: ações de centavos até quando?
As ações da Casas Bahia ainda passaram a ser negociadas abaixo de R$ 1 recentemente: já fazem oito pregões consecutivos que fecham com preço na casa dos centavos.
Hoje, a queda foi de 11,76%, a um preço de R$ 0,60.
Ações ou cotas de fundos negociados por centavos na bolsa são apelidados de penny stocks ou ações de centavos, em português.
De acordo com regras da B3, ativos que permaneçam nessa condição por mais de 30 pregões seguidos precisam ser agrupados em um prazo máximo de seis meses, para que seu preço unitário seja elevado.
A medida visa a reduzir a volatilidade desses ativos, uma vez que pequenas oscilações de preços de penny stocks correspondem a enormes variações percentuais.
VEJA TAMBÉM — “Sofri um golpe no Tinder e perdi R$ 15 mil”: como recuperar o dinheiro? Veja o novo episódio de A Dinheirista!
Reestruturação da Casas Bahia já dura mais de dois anos
Há pelo menos dois anos, a recém-nomeada Casas Bahia tenta reorganizar as contas.
As preocupações com o endividamento da companhia ganharam força com os sucessivos aumentos na taxa Selic, entre março de 2021 e agosto de 2022, para conter a alta da inflação.
No período, a taxa básica de juros saltou de 2% até 13,75% ao ano. O que refletiu rapidamente no desempenho das ações. Vale lembrar que os juros em níveis mais altos por mais tempo limitam o acesso ao crédito, e consequentemente, reduzem os investimentos – inclusive nas bolsas de valores.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo