Carrefour tem “BIG” prejuízo no 1T23, e ações levam tombo na B3; veja a reação ao balanço
Resultado negativo foi o primeiro do grupo francês desde que abriu o capital na B3
Quando o Carrefour Brasil anunciou que iria comprar o Grupo BIG, no ano passado, houve entusiasmo da parte dos investidores devido ao potencial ganho de mercado que a rede francesa obteria. Mas os desafios eram tão grandes quanto o nome da adquirida e isso está se revelando nos resultados do Carrefour.
A rede de supermercados reportou números aquém do esperado para o primeiro trimestre deste ano, o que levou a ação na B3 a anotar a maior queda do Ibovespa nesta quarta-feira (3), acima de 9%.
O grupo registrou seu primeiro prejuízo líquido, de R$ 113 milhões, desde que abriu capital na bolsa brasileira. No cálculo ajustado, que deduz receitas e despesas não recorrentes, o prejuízo foi ainda maior, de R$ 375 milhões.
Além disso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), uma medida relevante para verificar a saúde da operação, caiu 16,8% na comparação anual, somando R$ 1,04 bilhão. Porém, removendo o BIG, o Ebitda ajustado foi de R$ 1,25 bilhão, o que representa alta de 0,6% em relação ao ano anterior.
“Nossa opinião é que o Carrefour Brasil apresentou resultados decepcionantes devido ao doloroso e demorado processo de integração com o Grupo Big”, escreveram analistas do Bradesco BBI. Para eles, tirando o Atacadão, todo o restante da operação do Carrefour teve resultados aquém do esperado.
O BTG Pactual também considerou os números fracos e chamou atenção para a tendência de desaceleração do preço dos alimentos, o que deve continuar afetando os resultados do Carrefour nos próximos trimestres.
Leia Também
Os números fizeram o Itaú BBA cortar o preço-alvo para as ações da rede de supermercados de R$ 17 para R$ 13,50, mas a casa manteve a recomendação de compra dos papéis.
Banco Carrefour pressionado
Ao mesmo tempo em que os resultados operacionais do varejo de alimentos não foi dos melhores, o Banco Carrefour apresentou quase lucro zero no primeiro trimestre. A queda foi de 96% em relação ao mesmo período de 2022, chegando a R$ 3 milhões.
Associado a uma diminuição da rentabilidade, o Banco Carrefour também sofre com a alta da inadimplência, que atingiu 13,2% no primeiro trimestre.
A continuidade das taxas de juros altas no Brasil, aliada ao aumento dos devedores, são riscos que podem levar a uma revisão para baixo das estimativas calculadas para a operação do Carrefour pelo BTG Pactual. O banco prometeu revisá-las em breve.
A compra do BIG pelo Carrefour
A decisão de comprar a operação do Grupo BIG foi anunciada pelo Carrefour em 2021, mas a conclusão só aconteceu em junho do ano passado.
No total, o grupo francês pagou R$ 7,5 bilhões, mas, no mês passado, houve uma redução de R$ 1 bilhão. O abatimento veio de negociações entre compradores e vendedores após as análises feitas por auditores, sem que houvesse qualquer tipo de litígio político entre as partes.
Na dúvida se deve comprar ações do Carrefour? Confira as recomendações das casas às quais o Seu Dinheiro teve acesso:
| ANALISTA | RECOMENDAÇÃO | PREÇO-ALVO |
| BTG PACTUAL | COMPRA | R$ 21 |
| SANTANDER | COMPRA | R$ 20 |
| BRADESCO BBI | COMPRA | R$ 19 |
| ITAÚ BBA | NEUTRA | R$ 13,50 |
| UBS BB | NEUTRA | R$ 13 |
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk