Bradesco (BBDC4) tem mais um trimestre para esquecer: lucro cai 36% e inadimplência dá novo salto no 2T23
Junto com o balanço, o Bradesco anunciou a redução na estimativa de crescimento do crédito e na margem financeira em 2023; veja os números
No ano em que completa 80 anos, os acionistas do Bradesco (BBDC4) têm pouco a comemorar até o momento, pelo menos no que diz respeito aos balanços. O segundo maior banco privado brasileiro registrou lucro líquido de R$ 4,518 bilhões no segundo trimestre.
O resultado representa uma queda de 35,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas ficou um pouco acima do esperado pelo mercado, que projetava um lucro de R$ 4,473 bilhões.
Com o lucro menor, a rentabilidade (ROAE, na sigla em inglês) do Bradesco foi de apenas 11,1%, bem abaixo dos níveis históricos do banco.
Foi um "empate técnico" com o retorno de 11,2% do Santander Brasil, que divulgou o balanço do segundo trimestre no dia 26 de julho. Itaú e Banco do Brasil completam o pelotão dos resultados dos bancões na próxima semana.
Junto com o balanço, o Bradesco anunciou uma revisão das projeções (guidance) para os resultados no ano. Isso inclui uma redução na estimativa de crescimento do crédito e na margem financeira.
Em compensação, o banco espera agora um maior resultado com seguros e um avanço menor nas despesas.
Leia Também
- ANÁLISES DE MERCADO E INSIGHTS DE INVESTIMENTOS DE GRAÇA. Clique aqui e se inscreva no nosso canal do YouTube para receber alertas sempre que publicarmos um conteúdo relevante para seu bolso por lá!
Bradesco: inadimplência dá novo salto
O aumento dos calotes no crédito em meio às condições mais duras da economia com a taxa básica de juros (Selic) alta segue pesando no Bradesco.
O índice de inadimplência acima de 90 dias na carteira do banco atingiu 5,9%, um salto de 0,8 ponto percentual no trimestre e bem acima dos 3,5% de junho do ano passado.
Com a alta dos calotes, as despesas com provisões para perdas no crédito (PDD) aumentaram 94,2% no segundo trimestre, para R$ 10,3 bilhões.
"A inadimplência acima de 90 dias já começou a demonstrar sinais de desaceleração no ritmo de crescimento, quando observamos os meses do segundo trimestre", escreveu o banco, no relatório que acompanha o balanço.
Seja como for, o Bradesco resolveu pisar no freio. A carteira de financiamentos do banco encerrou junho em R$ 869 bilhões, o que representa uma queda de 1,2% no trimestre e um avanço de 1,6% nos últimos 12 meses.
Como consequência, a margem financeira, que inclui as receitas do banco com crédito menos os custos de captação, subiu apenas 1,2% em relação ao segundo trimestre do ano passado.
O destaque positivo do resultado foi mais uma vez o negócio de seguros, cujo resultado cresceu 30,6% e somou R$ 4,8 bilhões.
Foi um brilho praticamente isolado, já que a receita com prestação de serviços e tarifas também decepcionou com uma queda de 2,5% na comparação com o segundo trimestre de 2022.
Já as despesas operacionais aumentaram 13,4%, para R$ 13 bilhões.
- LEIA TAMBÉM: Santander Brasil (SANB11) vê lucro encolher 45% no 2T23, a R$ 2,26 bilhões, e fica abaixo das expectativas do mercado
Revisão das projeções para o ano
O ano para o Bradesco não começou bom e provavelmente não terminará muito melhor. E quem espera isso é o próprio banco.
A instituição revisou a estimativa (guidance) para várias linhas do balanço em 2023. Confira a seguir:
- Carteira de crédito expandida: de 6,5% a 9,5% para 1% a 5%;
- Margem financeira total: de 7% a 11% para 2% a 6%;
- Receitas de prestação de serviços: 2% a 6% (mantido);
- Despesas operacionais: de 9% a 13% para 7% a 11%;
- Resultado das operações de seguros, previdência e capitalização: de 6% a 10% para 21% a 25%;
- PDD expandida: R$ 36,5 bilhões a R$ 39,5 bilhões (mantido).
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
B3 (B3SA3) e Mills (MILS3) pagam mais de R$ 2 bilhões em dividendos e JCP; confira prazos e condições
Dona da bolsa brasileira anunciou R$ 415 milhões em JCP e R$ 1,5 bilhão em dividendos complementares, enquanto a Mills aprovou dividendos extraordinários de R$ 150 milhões
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
