Alegria durou pouco: Conselho do Pão de Açúcar rejeita oferta de banqueiro bilionário pelo Éxito
As ações do GPA dispararam nesta quinta-feira (29), chegando a subir mais de 10%, embaladas pela proposta que tinha validade até 7 de julho
A alegria durou pouco. Depois que as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) subiram mais de 10% no pregão desta quinta-feira (29), embaladas pela proposta do banqueiro bilionário pela bandeira Éxito, veio o veredicto: o conselho de administração do grupo rejeitou a proposta.
Três dias depois da revelação do plano do Casino de colocar um fim à sua aventura nos trópicos, o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) recebeu uma proposta para vender a rede colombiana.
O bilionário colombiano Jaime Gilinski estava disposto a pagar US$ 836 milhões pela participação do Pão de Açúcar no Éxito. O valor equivale a pouco mais de R$ 4 bilhões na cotação atual.
O Éxito opera mais de 2 mil lojas na Colômbia, além de 96 no Uruguai e 33 na Argentina, segundo números consolidados ao fim de 2022.
E agora, GPA?
A notícia da oferta impulsionou hoje as ações do GPA: os papéis PCAR3 abriram a sessão com um salto de 14% para terminar o dia com ganho de 12,38%, a R$ 18,16.
É claro que a recusa da proposta não significa o fim da linha para a venda do Éxito. Mas para a XP, o anúncio é negativo para o GPA.
"Somos céticos em relação à realização do desinvestimento de Éxito nos patamares de valuation da expectativa da companhia, apesar de achar possível vermos uma contraoferta pelo ativo", escreveram os analistas da XP.
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Pão de Açúcar e a cisão do Éxito
A proposta de Gilinski era vinculante e, se fosse aceita, seria paga em dinheiro. Controlado pelo Casino, o Pão de Açúcar detém 96,52% do capital social do Éxito e, desde o início do ano, vem trabalhando na cisão dos negócios.
A rede de varejo francesa divulgou plano estratégico no qual projeta a venda do Éxito e do Pão de Açúcar até o fim de 2024 em uma tentativa de contornar as dificuldades financeiras.
A oferta de Gilinski pelo Éxito tinha validade até 7 de julho. Segundo o Pão de Açúcar, a proposta do bilionário não foi solicitada nem negociada previamente.
Se o negócio prosperasse, a aquisição se daria por meio de uma oferta pública de ações (OPA) que seria lançada pelo comprador.
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